Presidente pretende votar limite de gastos da União ainda em 2016

Rodrigo Maia se reunirá amanhã com ministro da Fazenda para tratar do assunto. Renegociação das dívidas dos estados também será discutida
26/07/2016 16h45

Luiz Macedo

Presidente pretende votar limite de gastos da União ainda em 2016

“Todos temos responsabilidade com a superação da crise”, declarou Maia. “ou você vai cobrir a despesa que é crescente ou vai reformar o estado para que essas despesas diminuam"

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, reiterou, nesta terça-feira (26), que pretende votar até o final do ano a proposta de emenda à Constituição que limita as despesas primárias da União aos gastos do ano anterior corrigidos pela inflação oficial (IPCA).
Segundo Maia, é possível votar o texto da PEC (241/16) na comissão especial em outubro, concluindo sua tramitação no Plenário da Câmara até o fim do ano. De acordo com a proposta, em 2017 o limite de gastos será a despesa primária federal de 2016, incluindo os restos a pagar, reajustada pelo IPCA de 2016. A partir de 2018, será usado o teto do ano anterior acrescido da inflação.
“Todos temos responsabilidade com a superação da crise no Brasil”, declarou Maia. “Ou aumentamos impostos, o que eu acho que não resolve, pois a sociedade está muito endividada – as famílias e as empresas –, ou vamos reformar o estado. Temos que escolher o caminho, não tem milagre: ou você vai cobrir a despesa que é crescente ou vai reformar o estado para que essas despesas diminuam”, acrescentou.
Ele anunciou que deverá debater o assunto amanhã com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Outro assunto do encontro será o projeto de renegociação das dívidas dos estados. “Representantes de algumas áreas de alguns estados estão procurando para tratar do mérito da matéria, e quero aproveitar para discutir o assunto com o governo”. Maia declarou, por exemplo, que alguns advogados alertaram para “dúvidas sobre o projeto de repatriação”.
O projeto de lei complementar que estabelece novas regras para o refinanciamento das dívidas dos estados com a União (PLP 257/16), do Executivo, é resultado de um acordo entre os governos estaduais e federal e prevê mais 20 anos de prazo para os estados pagarem suas dívidas com a União e mais 10 anos para o pagamento das dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A previsão é que, se todos aderirem, cerca de R$ 45,5 bilhões deixarão de ir para os cofres do governo federal nos próximos anos.

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