Di Cavalcanti - "Candangos"

Emiliano Di Cavalcanti, "Candangos", 1960

Emiliano Di Cavalcanti

Candangos, 1960

Óleo sobre tela / Oil on canvas

283 x 881 cm

Acervo Câmara dos Deputados / Chamber of Deputies Collection

 

O painel foi executado por Di Cavalcanti para ser destinado ao Palácio do Congresso. A obra não estava assinada quando foi entregue, porém o autor esclareceu que poderia fazê-lo na primeira oportunidade, que nunca se concretizou, tendo permanecido a obra sem assinatura.

 

Emiliano Di Cavalcanti

★1897, Rio de Janeiro, RJ – †1976, Rio de Janeiro, RJ

Pintor, desenhista e gravador. Emiliano Di Cavalcanti foi um dos pioneiros da arte moderna no Brasil, tendo sido um dos idealizadores e organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1914, inicia sua carreira artística na revista carioca Fon-fon. Em 1916, expõe pela primeira vez no Salão dos Humoristas do Liceu de Artes e Ofícios do Rio De Janeiro. Em 1917, transfere-se para São Paulo, onde frequenta aulas de Direito no Largo São Francisco e o ateliê do pintor impressionista Georg Fisher Elpons. Em 1918, integra o grupo de artistas e intelectuais modernistas, juntamente com Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, entre outros. Foi diretor artístico da revista Panóplia, em São Paulo, e ilustrou a revista Guanabara, em 1920, sob o pseudônimo Urbano. De 1923 a 1925, viveu em Paris, período em que trabalhou como correspondente do jornal Correio da Manhã. Em Paris, estabeleceu ateliê em Montparnasse e frequentou a Academia Ranson, quando, também, conheceu Picasso, Cocteau, Blaise Cendrars, Matisse. Retornou ao Rio de Janeiro em 1925, e, no ano seguinte, fez a decoração do foyer do Teatro João Caetano. Em 1932, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, fundou o Clube dos Artistas Modernos. Em 1937, recebe medalha de ouro na Exposição de Arte Técnica em Paris. Em 1953, foi premiado como o melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo. Em 1971 publicou o livro de memórias Viagem da Minha Vida. Executou painéis murais para o Fórum Lafaiete, Belo Horizonte; Câmara dos Deputados, Brasília; Banco do Estado da Guanabara, entre outros. Em 1971, o Museu de Arte Moderna de São Paulo realizou retrospectiva de sua obra. Em 1973, recebeu, em Salvador, o título de doutor honoris causa da Universidade Federal da Bahia.