Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
A partir de 9 de fevereiro, o Clube de Leitura da Câmara dos Deputados vai abordar o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Haverá duas turmas: uma às quintas-feiras das 12h30 às 13h30, com o professor Marco Antunes; e outra às sextas-feiras das 13h30 às 14h30, com o professor Wellington Brandão. Serão abertas 15 vagas para cada turma. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: nucleodeliteratura@camara.leg.br (com a opção de turma).
A turma de quinta-feira (Turma 1) começa no dia 09/02, e a turma de sexta (Turma 2), no dia 10/02.
A obra
Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, foi desenvolvido em princípio como folhetim, de março a dezembro de 1880, na Revista Brasileira, para, no ano seguinte, ser publicado como livro. Essa publicação de 1881 é considerada pela crítica literária como a pedra fundamental do Realismo (escola literária) no Brasil. No entanto, há quem considere a obra, na verdade, o primeiro marco do próprio Modernismo no Brasil. De fato, parece inadequado falar-se em Realismo com uma obra que tem por narrador um defunto. O fato é que, apesar do caráter extraordinário desse foco narrativo, a obra atende a diversas características do movimento que abrigou grande parte da obra de Eça de Queirós e Gustave Flaubert, dentre outros grandes nomes como Dostoievski, Stendhal, Balzac e Tolstoi.
Escrita com a “pena da galhofa e a tinta da melancolia”, segundo seu narrador, a obra é marcada pela fina ironia machadiana, já a partir de sua dedicatória: “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.” Capítulos surpreendentes como “O Eterno Diálogo de Adão e Eva”, “De como não fui ministro” e “O Delírio” fazem a fama dessa obra que mergulha na vida com raro senso crítico e humor.
Obra fundamental em qualquer programa de formação de leitores, Memórias Póstumas de Brás Cubas é a obra escolhida para a segunda edição do projeto Clube de Leitura, promovido pelo Centro Cultural e pelo Centro de Documentação e Informação da Câmara dos Deputados.