A artista Paula Calderón expõe na Câmara dos Deputados 24 obras em tinta acrílica sobre tela que enaltecem o Cerrado. Plantas típicas do segundo maior bioma brasileiro — como o chuveirinho (também conhecido como sempre-viva ou paepalanthus do Cerrado), a caliandra, o embiruçu rosa e o buriti —, além de paisagens naturais nos tempos de chuva e de seca, são representadas em tons de cores terciárias da paleta concebida pela artista.

Calderón se propôs a capturar a vastidão e aparente simplicidade do Cerrado, explorando o diálogo entre o visível e o invisível, entre a força resiliente da vegetação e a leveza das flores nas planícies. Ao exibir as nuances presentes nas texturas, formas e detalhes da vegetação, a artista ressalta a beleza e a diversidade da savana brasileira. A exposição também convida o público a refletir sobre a importância de preservar o bioma, que é considerado a “caixa d’água do Brasil” por abrigar nascentes de importantes rios e bacias hidrográficas.

Paula Calderón nasceu em 1992 em Brasília, onde mora atualmente. Viveu muitos anos no estado do Rio, entre Rio de Janeiro e Niterói, onde se formou em Engenharia Mecânica. No campo da pintura, faz uma pesquisa profunda de cores e, por meio delas, procura mostrar o comum com olhos de extraordinário. Suas obras buscam expressar a ancestralidade e a essência, tanto coletiva como particular. Realizou exposição individual em São Paulo e coletivas em Brasília e São Paulo. Em 2024, fez residência artística e cursos para aperfeiçoar a linguagem visual. Atualmente, faz acompanhamento de processos com o artista Ralph Gehre.

Serviço

Exposição “Raízes do Invisível, Retratos do Cerrado”, da artista Paula Calderón
Visitação: de 18 de setembro a 25 de outubro, segunda a sexta, das 9h às 17h
Local: Espaço do Servidor / Anexo II da Câmara dos Deputados, Brasília - DF

Entrada franca