Colagens de tempos

Centro Cultural apresenta coletiva "Colagens de tempos". Obras de Akimi Watanabe, João Ferré e Rafael Guerra entram em exposição na Câmara em 27 de setembro.
24/09/2024 10h05

A nova mostra da Galeria Décimo traz um conjunto de trabalhos resultantes da renovação da técnica de colagem por meio de processos digitais.

A série "Silenciamentos indomáveis", da brasiliense Akimi Watanabe, contém 25 colagens digitais impressas em papel que questionam a percepção do isolamento, dos impedimentos e silenciamentos femininos orientais e a não adaptabilidade das mulheres a certos ambientes. João Ferré expõe a série "Identidade ancestral brasileira: heróis e heroínas da nação", com 8 colagens digitais que celebram figuras históricas cujas vidas e legados são testemunhos da resistência e coragem do povo afro-brasileiro, como Tereza de Benguela, Zumbi e Dandara dos Palmares. Já Rafael Guerra traz 10 obras de colagens digitais inspiradas em clássicos da História da Arte a partir de fotos de cenas capturadas na cidade de São Paulo.

Filha de imigrantes japoneses, Akimi Watanabe nasceu e trabalha em Brasília. Por meio de linguagens diversas, como fotografia, colagem digital, escultura, desenho e pintura, relativiza parâmetros tradicionais de comportamento na interseção de genótipo e fenótipo. É pós-graduada em Artes Visuais: Cultura e Criação pelo Senac, Brasília/DF (2008), com graduação em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília (1989). Participou de exposições individuais e coletivas em Brasília, São Paulo e Florença. Foi premiada em salões de arte nacionais, como a 1ª Bienal de Arte Contemporânea do SESC-DF (2016).

João Ferré, 25 anos, é formado em licenciatura em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), apaixonado por arte e especializado em colagens virtuais. Participou do MICBR 2023, em Belém/PA, e foi selecionado no concurso Antonieta de Barros e na exposição "Favela é Giro", organizada pelo Museu das Favelas. É criador e proprietário do projeto Mídia Resist, que promove a comunicação voltada para as lutas dos povos indígenas, questões relacionadas ao povo negro e ao meio ambiente, numa combinação de  ativismo e arte.

Nascido em São Paulo em 1991, Rafael Guerra vem de uma família que valoriza as artes. Durante o período de quarentena, como fotógrafo e editor de áudio, voltou o olhar para a criação de colagens com fotos da cidade que sempre adorou capturar. Participou, em 2020, do Salão de Artes de Vinhedo, destacando-se como artista convidado. Em 2024, suas obras integraram a "Exposição do Metrô de São Paulo", em comemoração aos 470 anos da cidade.

 

Exposição “Colagens de tempos”

Visitação: de 27 de setembro a 24 de outubro de 2024, segunda a sexta, das 9h às 17h

Local: Galeria Décimo / 10º andar do Anexo IV — Câmara dos Deputados
Entrada franca

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