Transgressão da matéria
O artista Guilherme Moreira expõe, na Câmara dos Deputados, séries de esculturas-relevo e fotografias em fine art — trabalhos que utilizam o papel como matéria plástica e poética, desafiando possibilidades visuais entre o bi e o tridimensional.
Em sua escultura em papel de alta alvura intitulada Alvo (... ou como, no Brasil, corpos NEGROS são mais alvos do que ALVOS corpos), por exemplo, um buraco se projeta do centro, irradiando em sobreposição de camadas que perturbam e provocam o espectador sobre quem ou o que é alvo. Já na série de fotografias Dádiva da Carne, é a madeira que irrompe no papel, explorando as possibilidades do uso desses materiais na construção da imagem.
Como escreveram os curadores da exposição, Ana Paula Barbosa e Sormani Vasconcelos, nas obras da mostra Transgressão da matéria, “o artista imerge na substância, no íntimo, e se depara com inquietações que resultam em irrupções espaciais. A matéria, a que pode tomar todas as formas, é transgressora e transgredida”.
Mestre e doutorando em Artes Visuais pela Universidade de Brasilia (2019) e bacharel em Teoria, Crítica e História da Arte também pela UnB (2016), Guilherme Moreira é artista, professor, designer e pesquisador. Desde 2015, expõe regularmente em salões, mostras coletivas e individuais, tanto em Brasília quanto em outros Estados brasileiros.
A pesquisa visual do artista foca no trânsito simbólico e plástico entre o bidimensional e o tridimensional, atuando nas zonas de litígio e nas fronteiras que destacam ambas as grandezas nas artes visuais, em especial no âmbito da arte minimalista. Nesse sentido, a partir das qualidades dos diversos materiais, ele cria pinturas, esculturas, fotografias, instalações e objetos.
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Confira aqui o catálogo virtual da mostra. |
Exposição "Transgressão da matéria", de Guilherme Moreira
Visitação: de 30 de março a 12 de maio de 2022, segunda a sexta, das 9h às 17h
Local: Galeria Décimo | Anexo IV, 10º andar | Câmara dos Deputados
Registro fotográfico da exposição
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