O objetivo principal do trabalho foi explorar graficamente a percepção e interação entre o corpo, o olhar e os recortes espaciais criados pela arquitetura do Juquery, relacionando seu uso histórico de confinamento social com o desejo de ressignificá-lo no presente, dado seu atual processo de desocupação física.

O ato de desenhar foi feito com os olhos fechados, em uma tentativa de desprendimento de possíveis realidades discursivas e de acesso a diferentes sentidos para explorar relações espaço corporais: entre o dentro e o fora e entre a memória desses espaços e sua forma de ocupação e uso no presente.

Biografia
Isabel Bei nasceu em São Paulo, cidade em que vive e trabalha. É bacharel em Artes Visuais (2010) pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Participou de exposições coletivas em diferentes regiões do Brasil, como no Salão de Artes Plásticas de Suzano (SP), em 2011, onde recebeu o prêmio de menção honrosa do júri. Em 2018, foi uma das artistas selecionadas para a residência artística do 1º Festival Soy Loco Por Ti Juquery, realizado no Complexo Hospitalar do Juquery. 

Isabel Bei faz parte do coletivo artístico Organicidades, contemplado neste ano com o Proac Municípios em Franco da Rocha. Possui obras em acervos públicos como da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu Lasar Segall (SP) e da Biblioteca de Arte de Brasília (DF). Desde março de 2019, orienta atividades de desenho aos atuais pacientes psiquiátricos do Hospital de Retaguarda e Reabilitação do Juquery.

Atualmente, seu trabalho parte da investigação de relações entre corpo e espaço, em que explora as linguagens do desenho, gravura, performance e vídeo.

Confira aqui o catálogo virtual da exposição.

Do lado de cá, olhares através do Juquery

Visitação: de 1º a 31 de julho de 2019, das 9h às 17h
Local: Galeria Décimo – 10º andar do Anexo IV da Câmara
Entrada franca

Fotos: Pablo Valadares / Acervo Câmara dos Deputados