REVOLUÇÃO ACREANA - Jorge Rivasplata

 

revolução acreanaPintor, escultor, caricaturista, entalhador, ceramista, desenhista, professor de artes plásticas em sua própria Escola de Artes Rivasplata, em Rio Branco, o multifacetado artista peruano Jorge Rivasplata, há mais de vinte anos radicado no Estado do Acre, é considerado um amazônida das artes.

Não apenas pela prodigiosa qualidade de sua obra, o que ajudou a elevar o Acre à condição de Estado produtor de cultura plástica genuinamente regional, amazônica, cabocla e eclética. O que ressalta na obra do artista é sua condição de homem universal, cidadão do mundo; na condição de andino, adentrou com profundidade a alma acreana. Um homem que não apenas defende, mas vive, de fato, a integração, antevendo o futuro irmanado que deverá marcar o futuro do continente latino-americano.

De família humilde, ainda jovem despertou para a pintura, tendo recebido um prêmio aos 14 anos, mas somente aos 47 conseguiu abraçar definitivamente as artes plásticas. Anos depois conheceu o Acre, se apaixonou e os acreanos o recebeu de braços abertos, motivo do seu eterno entusiasmo, de sua trepidante atividade.

Rivas é, definitivamente, um homem apaixonado pela terra de Galvez e Plácido de Castro, ambos sobejamente retratados pelo mestre, talvez a sua melhor especialidade.

Sua formação acadêmica sofreu influência americana, peruana, boliviana e brasileira.

O artista já participou de mais de uma centena de exposições individuais e coletivas, em vários países; fundou, juntamente com outros artistas, associações de artistas plásticos em Rio Branco, Trinidad, Cobija e Riberalta, tendo possibilitado, através da associação, a outorga de bolsas para estudantes em artes plásticas na Universidade de Cuzco.

Recebeu varias condecorações, diplomas de honra ao mérito e certificados de várias instituições, em reconhecimento pelos inestimáveis serviços prestados à cultura regional.

 

A exposição Imagens da Revolução Acreana retrata parte da história do conflito armado entre Brasil e Bolívia, no início do século passado, pelo domínio de terras que hoje pertencem ao Acre. São 20 obras em óleo sobre tela que integram a coleção dos principais fatos e personagens da história do Acre. As obras originais são emolduradas em madeira de lei, entalhadas a mão, com dimensão de um metro e quarenta e cinco por um metro e noventa e cinco.

Todo o projeto é uma espécie de multimídia que traz 20 telas com imagens representativas da Revolução Acreana, publicação de um álbum iconográfico em duas versões: uma destinada aos estudantes de ensino de 1° e 2° graus tanto do sistema público como o privado e ao público interessado e a outra versão direcionada às autoridades locais, nacionais e internacionais. O objetivo do projeto é o de divulgar a história do Acre, por meio de fatos relevantes onde a repercussão da história contribuirá para reforçar a identidade do povo acreano.