Câmara recebe a exposição Realismo Fantástico

A Câmara dos Deputados convida para abertura da exposição Realismo Fantástico - Pinturas de Vasconcellos, que será realizada amanhã, dia 2 de agosto, às 17 horas, na galeria de exposições do Espaço Cultural (prédio principal). A mostra acontece entre 2 e 31 de agosto, inclusive finais de semana. A programação também contempla o recital da pianista Valéria Zanini na quarta-feira, 3 de agosto, às 21 horas, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional.

A arte de José Vasconcellos, artista plástico mineiro radicado na Dinamarca, é essencialmente figurativa. As obras, trabalhadas em óleo resina vegetal sobre tela ou madeira, têm como tema a história do homem e de seus símbolos. Nessa exposição, os retratos, bonecas, famílias e ambientes representados correspondem aos sonhos de pessoas comuns. “Muitas das telas agora apresentadas resultam de um novo mergulho no universo mágico do consciente coletivo, apontando aqui e ali certos arquétipos comuns a todos nós e resgatando os fantasmas adormecidos no canto da memória de cada um”, explica Vasconcellos.  Alguns trabalhos remetem a releituras de obras famosas, como a tela “As meninas”, pintada em 1656 pelo pintor espanhol Velásquez.

Biografia
Nascido em Passos, Minas Gerais, José Vasconcellos começou sua carreira com o desenho, rico em símbolos e em detalhes, de traço preciso e meticuloso. Frequentou a Escola Nacional de Belas Artes e a Escola Guignard, em Belo Horizonte. Foi professor de História da Arte na Universidade Católica de Minas Gerais, na Escola de Cinema da Universidade Gama Filho e no Instituto Villa Lobos, no Rio de Janeiro.

Cerceado em sua liberdade de expressão e perseguido pelo regime militar, mudou-se em 1973 para Santiago do Chile, onde lecionou na Academia de Arte. Em 1974, o pintor refugiou-se na Dinamarca, onde permanece trabalhando até hoje, como artista premiado e bastante celebrado. Expõe frequentemente em galerias e museus do Brasil e de vários países da Europa e do Oriente.

Vasconcellos foi por duas vezes agraciado com o prêmio Legat Dronnings Ingrid Fond, em 1988 e 1990, e com o Prêmio Legat, do Jyllands Post Fond. Tem dois livros escritos sobre sua obra por um dos grandes críticos dinamarqueses, Olé Lindboe, e traduzidos para o inglês. Integrou, de 1979 a 1987, o famoso Grupo Passepartout, que reunia artistas dedicados ao movimento estético conhecido como Realismo Fantástico. Atualmente, integra o Grupo da Galerie Gerly, também vinculado ao mesmo movimento.