GRAFITE DIGITAL - Darlan Rosa

01/06/2010 16h57

 

Darlan Rosa, do metal à pintura digital

 

O Espaço Cultural Zumbi dos Palmares homanageia o pintor e escultor Darlan Rosa na exposição "Grafite Digital", composta de 20 telas pintadas por meio eletrônico. A nova técnica desenvolvida pelo artista que há mais de 40 anos atua em Brasília nasceu de suas experiências com a publicidade e as ferramentas tecnológicas computacionais. A exposição, inédita em Brasília, está aberta ao público de 18 a 27 de maio, no Corredor de acesso ao Plenário, na Câmara dos Deputados.

Segundo a curadora da mostra, Célia Rosa, os novos trabalhos de Darlan são impressos com pigmentos altamente resistentes a ação da luz, sobre telas 100% de algodão que elevam a vida de uma obra impressa de 150 a 200 anos. No tema desta série Darlan resgata a memória das moradas onde viveu, ou que contemplou ou sonhou estar.

Darlan Rosa foi selecionado pelo Espaço Cultural da Câmara dos Deputados no projeto "Um artista de Brasília", mas há muito ele ultrapassou as fronteiras da cidade para ganhar galerias mundo afora, até mesmo pela rede mundial de computadores. Sua obra se enquadra no conceito de "fine arts", que reforça o processo criativo com o melhor que a tecnologia gráfica pode oferecer a uma obra de arte. É uma relação que ele experimenta desde os bancos escolares, no interior de Minas Gerais. "Aos 18 anos de idade, quando inauguraram a TV na minha cidade e eu entrei para a equipe, tive meu primeiro contato com a combinação de arte e tecnologia", conta o artista.

E foi esse contato que o trouxe para Brasília, onde manteve sua relação com o processo criativo em um estúdio de televisão. "Minha experiência na televisão durou mais de 10 anos, com atuação em várias áreas de produção: direção, cinegrafia, fotografia, programação visual, animação convencional e computação gráfica. Mesmo depois que saí da televisão, continuei a produzir programas, comerciais e executar peças publicitárias e cenários".

Mas, antes de se tornar um artista reconhecido internacionalmente, Darlan lembra que também deve seu talento ao tempo em que trabalhou na marmoraria da família. "Minha vocação artística me levou desde cedo a trabalhar com o meu pai na sua marmoraria, esculpindo anjos barrocos, capitéis em mármore carrara e ornatos para enfeitar altares e túmulos".

O resultado foi a criação de uma série de esferas em aço que, em conjunto com a luz e os recortes, desafia o espaço e o tempo. Algo impreciso que exige uma interpretação, uma leitura, uma interação.

Mas Darlan tem um orgulho especial de ter sido o criador do boneco Zé Gotinha, símbolo de uma campanha que erradicou a pólio no Brasil. Recentemente criou uma campanha e personagem que está erradicando a pólio em Angola.

Sua trajetória artística inclui 25 exposições individuais em Brasília e nas principais capitais brasileiras, onde a arte pública tem vários instalados atualmente. Entre outros, ele apresentou sua obra em exposições de renome, como a Bienal Internacional de São Paulo de 1976. Fora do Brasil, seu trabalho foi exibido várias vezes em países como a França, El Salvador e Jordânia. Além disso, Rosa ensinou arte na Universidade Centro Unificado de Brasília (Ceub) e na Universidade de Brasília (UnB).

 

Serviço:

Exposição "Grafite Digital".

Abertura: 18 de maio, às 17h30, no Hall da Taquigrafia , Anexo II.
Visitação:
19 a 27 de maio de 2010, de segunda à sexta-feira, das 9h às 18h30.
Local: Corredor de acesso ao Plenário, Anexo II, da Câmara dos Deputados - Brasília, DF.

Entrada franca.

Livre para todas as idades.

Realização: Espaço Cultural da Câmara dos Deputados.