Luís Eduardo, 20 anos depois
A mostra fotográfica “Luís Eduardo, 20 anos depois” resgata um capítulo da história recente, ao evocar a trajetória do ex-deputado federal Luís Eduardo Magalhães, que morreu em 1998, aos 43 anos de idade, quando era líder do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) na Câmara.
Filho do ex-senador Antônio Carlos Magalhães, o deputado constituinte Luís Eduardo adquiriu desde cedo uma forma particular de fazer política, aliando tolerância e persistência, empatia e abertura ao diálogo. Trabalhou para consolidar a transição democrática e alcançou prestígio político mesmo entre parlamentares de ideias antagônicas às dele.
Tendo cumprido três mandatos consecutivos na Câmara, Luís Eduardo Magalhães presidiu esta Casa de fevereiro de 1995 a fevereiro de 1997 e ainda hoje é lembrado por homens públicos contemporâneos como figura de grande poder de articulação política.
A exposição, que lembra a trajetória parlamentar de Luís Eduardo Magalhães, foi possível com a colaboração da família Magalhães, do acervo fotográfico dos jornais Correio da Bahia, A Tarde, O Globo, da Câmara dos Deputados e da Editora Abril.
Vida e legado
1955 – Nasce no dia 16 de março em Salvador, Bahia, filho do senador Antônio Carlos Magalhães e de dona Arlete.
1973 – Nomeado aos 18 anos como oficial de gabinete do governo da Bahia, quando o pai foi governador da Bahia pela primeira vez. Exerceu essa função até 1975.
1975 – Assume a chefia de gabinete do primeiro secretário da Assembleia Legislativa da Bahia, cargo que ocupa até 1979.
1977 - Casa-se com Michelle Marie Pimentel, com quem teve três filhos: Paula, Carolina e Luís Eduardo Filho.
1979 – Eleito deputado estadual pela primeira vez, pela ARENA – Aliança Renovadora Nacional. Foi reeleito pelo Partido Democrático Social (PDS), exercendo novo mandato de 1983 a 1987.
1981 – Forma-se em Direito na Universidade Federal da Bahia.
1983 – Torna-se presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia, mandato de 1983 a 1985.
1987 – Eleito deputado federal constituinte pelo Partido da Frente Liberal (PFL), e reeleito para outros dois mandatos consecutivos até sua morte. Em seu último mandato foi o candidato mais votado da Bahia, com 138 mil votos.
1995 – Eleito presidente da Câmara dos Deputados, cargo exercido até 1997.
1995 – Por duas vezes assume a Presidência da República na ausência do presidente FHC e de seu vice, Marco Maciel, em 17 de outubro e de 5 a 8 de novembro de 1995.
1998 – Morre no dia 21 de abril, após infarto.