ACERVO DO MUSEU DE ARTE DE BRASÍLIA - MAB

acervo de obras do MAB - conviteQuarenta obras de onze artistas consagrados estão expostas no Gabinete de Arte da presidência da Câmara dos Deputados. As obras são de um grupo de gravadores que utilizaram a geometria como ideia primordial. A exposição reúne o passado e o presente da gravura brasileira com trabalhos que utilizam técnicas de gravura em metal sobre papel, gravura em metal, água-tinta, além de relevo e ponta seca sobre papel. Também foram utilizadas serigrafia sobre papel, serigrafia e litogravura sobre papel.

 

A exposição é fruto de cooperação cultural entre a Câmara dos Deputados e o Museu Nacional. Fundado em 1985, o MAB está fechado há cinco anos por determinação do Ministério Público, devido à falta de condições do prédio em garantir a conservação e segurança do seu acervo. Parte significativa da história da arte sobre papel no Brasil, a partir dos anos 50, encontra-se em seu acervo, um dos mais relevantes do país, que foi construído por meio de prêmios nacionais e doações de artistas e de instituições. Um exemplo são as obras da Sala Brasília, dedicada ao Museu, antes mesmo de sua criação, pela XIII Bienal Internacional de São Paulo de 1976.

 

Artistas em exposição:

 

Amilcar de Castro (MG) - Escultor, gravador, desenhista, diagramador, cenógrafo e professor. Sua primeira escultura construtiva foi exposta na Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Resistente ao excesso de racionalismo, suas dobras tornam a geometria maleável e mais humana.

Athos Bulcão (RJ, 1918) - Pintor, escultor e arquiteto. Sua obra, inscrita em alguns dos principais edifícios modernos brasileiros, notabiliza-se pelo equilíbrio encontrado nas relações entre arte e arquitetura.

Eduardo Sued (RJ, 1925) - Pintor, gravador, ilustrador, desenhista, vitralista e professor. Sua linguagem abstrata tem origem construtiva. Realizou importante produção de gravuras e participou de mostras como a Bienal de San Juan de Gravura Latino-Americana e da Bienal Internacional de Gravura na Polônia, ambas em 1970.

Emanoel Araújo (BA, 1940) - Escultor, desenhista, figurinista, gravador, cenógrafo, pintor, curador e museólogo. Interessado no universo da arte africana, enfatiza em suas gravuras, relevos e esculturas as formas geométricas aliadas a contrastes e cores fortes.

Isabel Pons (Barcelona, Espanha, 1912) - Gravadora, desenhista, ilustradora, pintora, professora e figurinista. Suas pesquisas ampliaram o campo das técnicas da gravação. Incorporou às técnicas já dominadas outras, que surgem com o andamento do processo investigativo: acrescentam-se ao seu repertório de técnicas os acidentes do ácido e os relevos produzidos por recortes.

Luiz Sacilotto (SP, 1924) - Pintor, escultor e desenhista. Sua pintura explora fenômenos ópticos, um dos precursores da op art no país.

Maria Bonomi (Meina, Itália, 1935) - Gravadora, escultora, pintora, muralista, curadora, figurinista, cenógrafa e professora. Mora em São Paulo desde 1946. A artista é presença importante no cenário da gravura brasileira. Vitalidade, veemência, paixão, ousadia formal são as características da obra gráfica da artista.

Marília Rodrigues (MG, 1937) - Gravadora, desenhista e professora. A artista evidencia o interesse pela conjunção de técnicas diversas, deslizando na fronteira da figuração e da abstração.

Massuo Nakakubo (SP- 1938). É gravador, pintor e desenhista. Foi professor nas Faculdades de Desenho Industrial, Comunicação e Artes do Instituto Mackenzie de São Paulo.

Odetto Guersoni (SP, 1924) - Gravador, pintor, desenhista, ilustrador e escultor. O artista trabalha com poucas matrizes que, organizadas em retângulos, quadrados ou círculos, se tornam módulos a serem combinados, reduzidos a formas estilizadas, geométricas.

Rubem Valentim (BA, 1922) - Escultor, pintor, gravador e professor. Tem como referência o universo religioso, principalmente aquele relacionado ao candomblé ou à umbanda, com suas ferramentas de culto, estruturas dos altares e símbolos dos deuses. Esses signos ou emblemas são originalmente geométricos.

 

“Ao longo dos seus 27 anos de existência, o MAB acumulou um valioso e diversificado conjunto de peças onde é possível se perceber uma linha do tempo, com diferenças e correlações da gravura geométrica. A partir de artistas escolhidos no acervo, propõe-se uma visão ampla da tendência geométrica na arte brasileira.”

 

                                                                                                                 Wagner Barja

                                                                                                                    Curador

 

 

O MAB é guardião da memória de Brasília

              

                                                                                                                                                                                                            Ana Taveira

Diretora do Museu de Arte de Brasília

 

SERVIÇO

 

Exposição do acervo do Museu de Arte de Brasília.

Local: Gabinete de Arte da Presidência da Câmara dos Deputados.

Período: 02 de outubro à 02 de dezembro.

Visitação: Sábados, domingos e feriados, das 09 às 17 horas.

Entrada franca.