EXPOSIÇÃO COLETIVA - Possível Utopia

A Exposição Coletiva “Possível Utopia” reúne 50 obras de 19 artistas com diferentes tipos de técnicas que convidam ao olhar e à memória. As representações artísticas são marcadas por traços, gestos, cores, formas, contornos e, principalmente, sutilezas de uma experiência traduzida por artistas.. São colagens, desenhos, objetos com assemblage, pintura e grafitti, além de objeto com tecido e uma instalação. Dos expositores, alguns são ganhadores de prêmios no Brasil e no exterior, como Gê Orthof, Elyeser Szturm e Bia Medeiros. Outros estão, no máximo, em sua terceira exposição. O objetivo da mostra é juntar todos eles em torno de um tema que é recorrente em seus trabalhos: a memória em sentido amplo.

 

Gê Orthof é formado pela Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro. Como bolsista da Fullbright, especializou-se em ilustração na School of Visual Arts em Nova Iorque. Ainda naquela cidade, obteve os graus de mestre e doutor em Artes Visuais pela Columbia University. Ilustrou diversos livros para crianças e recebeu o prêmio "Melhor Ilustrador de Livro Infantil" pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Atualmente, é professor no Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília. Nesta exposição, ele apresenta a instalação “Moradas do íntimo: bunny's motel” , de 2012.

Elyeser Szturm, trabalha em películas de silicone. Ele as espalha sobre superfícies porosas, como cupinzeiros, paredes velhas, muros de adobe ou terra batida. No começo Elyeser chamava suas obras de “Pele da Terra”, depois, “Túnicas de Nessus” e, hoje, são pinturas sem pincel, por tato.

Bia medeiros começou sua carreira como gravadora: litografia, gravura em metal e serigrafia, que se tornaram intervenção urbana e, aos poucos, performance. Seu mais conhecido grupo, com o qual atua desde 1992, chama-se "Corpos Informáticos". São aquarelas com café, chá, romã, pitaya, e, às vezes, lápis de cor. Nas obras, é possível ver o traço da formação em gravura.

 

Também se apresentam nesta exposição coletiva os artistas: Luciana Bastos, Santhiago Selon, Marcio Mota, Raquel Pellicano, Janaína Miranda, Maria Paula Duarte, Julio Lapagess,  Camila Soato, Clarissa Paiva, Moises Crivelaro, Felipe Olalquiaga, Ana Claudia Volpe, Fernando Aquino, Isabella Veloso, Renato Rios e Dani Cureau.

 

“Acreditar na possível utopia contemporânea é acreditar na realização do sonho, do desejo e do desafio dessa exposição, que marca, na memória e na concretização da imagem, a grandiosidade de fazer arte. Isso ocorre, especialmente, em um momento de extremo imperativo do cultivo da memória como forma singular de perpetuar a lembrança mais íntima  o desejo mais ardente e, sem dúvida alguma, a experiência mais espetacular, traduzida particularmente por cada um dos artistas presentes nesta exposição.

 

                Que aporte, então, a possível utopia contemporânea...”

 

Luiz Carlos Pinheiro Ferreira

Doutorando em Arte e Cultura Visual/UFG/PPGACV

Professor no Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília