Parlamento Jovem 2011 chega ao fim com oito propostas aprovadas

07/02/2017 09h57

Seg, 03 de Outubro de 2011

Palestras, debates, votações. A oitava edição do Parlamento Jovem Brasileiro 2011 (PJB), que chegou ao fim nessa sexta-feira (30), envolveu muito mais do que o “fazer política”. Com lições sobre o funcionamento da Câmara dos Deputados, o processo legislativo e o protagonismo juvenil, os participantes tiveram que dedicar horas de estudos e trabalhos para elaborar e apresentar projetos de lei. Ao final do programa, levam na bagagem, além de novas amizades, uma experiência única de cultura, política e cidadania.

Após os cinco dias da legislatura do Parlamento Jovem Brasileiro, a oitava edição chegou ao fim com a deliberação de proposições aprovadas pelas Comissões. Na oportunidade, os parlamentares jovens, agindo em conformidade com as normas regimentais vigentes na Câmara dos Deputados, votaram e aprovaram oito propostas. Os temas desses projetos foram variados e partiram de sugestões para melhorar o acesso ao mercado de trabalho até a proteção do meio ambiente, passando por medidas para tratamento e recuperação de dependentes químicos.

Encerrada a Sessão Plenária, por volta de meio dia, os jovens parlamentares saíram para almoçar. Às 13h, iniciou-se outra etapa importante do programa: a Avaliação do Evento. Na ocasião, os deputados preencheram um questionário, pontuando altos e baixos da programação e sugerindo eventuais mudanças.

Aprovadas as propostas e avaliado o evento, chegou a hora da despedida. Cada parlamentar jovem foi diplomado e, posteriormente, teve a oportunidade de fazer suas observações finais e dar o seu agradecimento. O parlamentar jovem Rafael Marques Armini, de Machadinho D’Oeste - RO, disse ter tido uma experiência inesquecível com o programa. Exaltando a estrutura do projeto e o trabalho dos servidores da Câmara, afirmou que leva de Brasília, além de tudo que aprendeu sobre a política, muitos amigos. “ Foi muito interessante debater propostas com pessoas dos mais diferentes lugares do país. Um intercâmbio político e cultural”, disse.

“Com todo o trabalho dos últimos dias, estamos tendo uma oportunidade de derrubar estereótipos da política brasileira, como o de que político não trabalha”. Já com outra visão sobre a política brasileira, Artur Alves, de Senhor do Bonfim - BA, sentiu na pele a rotina e as obrigações de um parlamentar.“Nossa, realmente, eles devem ter muito trabalho”, confessou. Analisando a participação dele no programa, disse estar muito feliz de “poder participar da votação de projetos que poderão beneficiar todo o País”.

André Correa, coordenador dos trabalhos legislativos do Parlamento Jovem 2011, explicou que o esforço dos estudantes foi recompensado com a oportunidade de legislar como os deputados fazem diariamente: “As propostas aprovadas pelos parlamentares jovens serão apresentadas à Comissão de Legislação Participativa. Lá, elas serão aperfeiçoadas, se tornarão projetos de lei que tramitam na Câmara e têm a chance real de se tornarem leis de verdade.”

Conheça aqui os oito projetos elaborados e aprovados pelos participantes do Parlamento Jovem 2011: PL No. 4, de Artur Alves (BA): torna obrigatório o uso de papel reciclado nas escolas públicas. PL No. 15, de Sarah Ricarte (ES): proíbe exigência prévia de experiência profissional a jovens no ingresso ao mercado de trabalho. PL No. 23, de João Max (MG): proíbe a fabricação, comercialização e uso de sacolas plásticas feitas de materiais não-biodegradáveis. PL No. 32, de Brendam Silva (PA): oferece assistência psicológica e estabelece punição para alunos que forem comprovadamente praticantes de bullying. Também estabelece medidas de prevenção e campanhas educativas contra o bullying. PL No. 44, de Amadeu Castiglioni (PR): estabelecetreinamento permanente e avaliação obrigatória e periódica dos profissionais da Educação. PL No. 51, de Gabriel Borges (RJ): descriminaliza o consumo de drogas ilícitas e proporciona tratamento para recuperação dependentes químicos. PL No. 52, de Maicon Alves (RJ): estabelece o número máximo de alunos por classe no ensino público: 25 alunos por classe de ensino fundamental e 30 alunos por classe do ensino médio. PL No. 69, de Cassiano Gimenes (SP): institui a Olimpíada Brasileira de Conhecimentos da Educação Básica para escolas públicas, e possibilita que os resultados sejam premiados por instituições de ensino superior.