Ter, 09 de Abril de 2013

A exposição Arte na Capital – Brasília 53 anos é uma mostra coletiva de arte visual contemporânea, com telas e fotografias tiradas por telefone celular. Ressalta a importância histórica e cultural de Brasília e sua relevância internacional como patrimônio cultural da humanidade. Busca alertar o público, principalmente as novas gerações, para a necessidade de preservação desse patrimônio, contribuindo desta forma, também, com a preservação da memória coletiva do povo de Brasília. Três artistas participarão desta mostra: os artistas plásticos Janduy Malta e Júlia dos Santos Baptista, e o fotógrafo Jimmy Christian.

Janduy Malta

Janduy Malta é pernambucano e, aos 16 anos, já era letrista e decorador de clubes em sua cidade e em cidades vizinhas, onde ficou conhecido e onde até hoje permanecem alguns de seus trabalhos pintados em paredes. Mas o artista não se conformava em pintar em paredes, pois logo os ambientes eram reformados ou danificados com pichações. Depois de ver tantos trabalhos perdidos, passou a acreditar que pintura em parede é arte jogada fora. Artista plástico autodidata, aos 17 anos parou de pintar em paredes e começou a utilizar telas que mostram a história das cidades do Nordeste.

Em 1986, ao completar 18 anos, mudou-se para Brasília e, encantado com as formas geométricas da capital, passou a estudar sua história e definiu a cidade como “uma linda mulher”, retratando-a em símbolos, cores e formas geométricas. Segundo o artista, é impossível estar em Brasília e não perceber a presença equilátera de três personagens de sua história em seus monumentos de formas curvas: Lucio Costa, Athos Bulcão e, principalmente, Oscar Niemayer. A união de retas, curvas e arte é a contribuição destes três personagens para a formação da história de Brasília e a base para a criação das telas do artista plástico.

As telas apresentadas nesta coletiva fazem parte de uma nova série chamada Brasília Filha do Brasil, onde interpreta as obras de arte em aço e concreto de Oscar Niemayer , bem como as curvas do urbanismo de Lucio Costa e as cerâmicas de Athos Bulcão.