O presidente da Câmara, Michel Temer, recebeu do senador Adelmir Santana (DEM-DF)   e de representantes do setor produtivo do Distrito Federal, pedido de apoio ao movimento que procura evitar a intervenção federal na administração da capital da república. O senador defendeu o respeito à linha sucessória prevista no ordenamento jurídico do DF, caso se confirme o afastamento definitivo do governador licenciado, José Roberto Arruda.

Michel Temer reafirmou que uma “solução institucional para a questão” seria o melhor caminho, destacando, porém, que é uma posição política. O presidente acrescentou que, do ponto de vista constitucional, caso ocorra a intervenção, a medida será submetida ao Congresso e certamente "será examinada com toda atenção".

O senador disse que o governo do DF está funcionando dentro da normalidade, apesar de alguns impactos. Quanto à Câmara Legislativa, ressalvou que “em um colegiado de 24 distritais e 24 suplentes diplomados, não é possível que todos os 48 estejam contaminados. Temos de lutar pela autonomia política do DF.”

O pedido de intervenção federal nos poderes Executivo e Legislativo do DF foi apresentado ao Supremo, no último dia 11, pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, após denúncias sobre um suposto esquema de distribuição de propina a aliados do governador afastado, José Roberto Arruda. Se o pedido de intervenção for acatado pelo STF, antes de ser encaminhado ao presidente da República deve ser aprovado pelas duas Casas do Congresso Nacional .