Presidente da Câmara reitera que votação da reforma política será por assunto

Segundo Eduardo Cunha, medida se deve ao fato de proposta ser muito abrangente e alguns assuntos dependerem de outros para serem viabilizados
19/05/2015 10h05

J Batista

Presidente da Câmara reitera que votação da reforma política será por assunto

Eduardo Cunha também defende que deputados não tratem de temas relativos ao mandato dos senadores

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, confirmou, nesta segunda-feira (18), que a proposta da reforma política será votada em Plenário na próxima semana. Na avaliação de Cunha, questões polêmicas, como o fim da reeleição e a alteração do tempo de mandato de senadores para cinco ou 10 anos, levam à necessidade de estabelecer uma ordem de votação dos temas da reforma.

"Eu vou tentar botar ordem na Casa e estabelecer uma ordem de votar. Primeiro, temos que votar o sistema eleitoral, se vai haver ou não reeleição. Se mantiver a reeleição, não tem que discutir isso nada [o mandato dos senadores]”, observou.

“Não há dúvida de que vai se votar fatiado. Não há a menor possibilidade de votar uma PEC inteira, qualquer que seja ela, porque jamais você vai conseguir que as pessoas apoiem o conjunto inteiro”, destacou. “Porque eu concordo com o distritão, eu discordo dos 10 anos. Eu concordo com a cláusula de barreira, o outro não concorda com o fim da coligação. Cada hora haverá uma rejeição", observou. "Então, é preciso separar, até para definir por etapas, e se vai descartando umas. Essa, por exemplo, do mandato de 10 anos ou cinco anos fica descartada se passar a manutenção da reeleição.”

Decisão do Senado
Eduardo Cunha diz que até concorda com o fim da reeleição, mas ressalta que o mandato dos senadores deve ser decidido no próprio Senado.

"Não tem de mexer com o Senado. Quando os deputados falam em alterar o mandato de senador ou diminuí-lo, é quase uma agressão. Até porque a gente já sabe que não vai passar lá. É falta de perspicácia política impor o mandato ao Senado. É até falta de inteligência política", ressaltou.