Presidente da Câmara propõe revisão de reajuste do FGTS

Em anúncio feito em ato da Força Sindical, Cunha defendeu correção do fundo pelo mesmo índice da poupança para os novos depósitos
04/05/2015 10h20

Geraldo Gurgel

Presidente da Câmara propõe revisão de reajuste do FGTS

Eduardo Cunha vai propor aos líderes que proposta tramite em regime de urgência

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciou que defenderá um projeto de lei para reajustar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a partir do índice da caderneta de poupança.

O anúncio foi feito durante ato promovido pela Força Sindical, na sexta-feira, em comemoração ao Dia do Trabalho.  Em seu discurso, Cunha declarou que vai propor aos líderes da Casa que uma proposta nesse sentido tramite em regime de urgência.

Segundo o presidente da Câmara, caso aprovada, a mudança valerá somente para depósitos feitos partir de janeiro de 2016 e não prejudicará as operações atuais. "Somente os novos depósitos sofrerão reajuste. É um projeto que vamos tramitar e votar em regime de urgência. Será apresentado na semana que vem, quando terá o trancamento da pauta devido à votação do ajuste fiscal. Vamos ver ainda a data em que ele será votado", disse.

Atualmente, a correção do saldo dos trabalhadores nas contas do FGTS é feita com base na taxa referencial, que atualmente está em torno de 0,10% ao mês, mais juros de 3% ao ano. Se o projeto for aprovado, o fundo será reajustado mensalmente pelo mesmo índice da poupança que, atualmente, gira em torno de 0,5% ao mês.

Cada trabalhador com carteira assinada tem uma conta do FGTS, composta de 8% do salário que é depositado mensalmente pelo empregador. O dinheiro pode ser sacado em caso de demissão sem justa causa ou aposentadoria, entre outras situações.

Além do presidente da Câmara, também participaram do ato político o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Arthur Maia (SD-BA), Roberto freire (PPS-SP), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, entre outras autoridades e lideranças sindicais.