José Carlos Araújo defende que o Conselho apure denúncias que chegarem ao colegiado
Ao abrir a reunião desta terça-feira (18), no Conselho de Ética, o presidente José Carlos Araújo (PSD-BA) defendeu o posicionamento do colegiado para aprofundar as investigações dos processos que chegam ao órgão.
“Vamos dar uma chance para as investigações, a fim de que haja um julgamento consciente, que efetivamente se faça justiça. Por que, então, negar ao Conselho a necessidade de também assim proceder, de cumprir o papel para o qual foi criado?” Destacou o presidente.
Araújo enfatizou ainda que é importante dar uma resposta clara à sociedade com relação às representações que são encaminhadas ao Colegiado e que não se trata de tomar partido de um lado ou outro, e sim a oportunidade de o parlamentar esclarecer qualquer denúncia veiculada na imprensa.
“Arquivar sumariamente as representações sem procedermos às devidas apurações, quando presente os requisitos de admissibilidade, isso é ruim para o próprio representado. As suspeitas levantadas no processo sobre culpabilidade ou não permanecerão da Representação permanecerão em suspenso porque não foi objeto de apuração e relatório conclusivo.”
O apelo de José Carlos Araújo se deu por conta de uma matéria veiculada no jornal O Globo, do dia 18 de setembro, na qual dizia que os membros do Colegiado fizeram uma espécie de “acordão” para livrar os deputados baianos João Carlos Bacelar (PR) e Marcos Medrado (PDT), investigados no Conselho de Ética.
Esse acordo seria feito em troca de absolvição dos deputados que poderão ser condenados no julgamento do STF (ação penal 470, conhecida como Mensalão), que serão submetidos a um processo na Câmara no qual pode resultar na perda de seus mandatos.