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Entrevista Célio Borja

 

Entrevistadores: Ana Maria Lopes de Almeida, Tarcísio Holanda, Ivan Santos.

 

Início -

Nasceu no Rio de Janeiro, mas seu pai é nordestino, o qual estudou em Portugal.

Comenta da trajetória de seus pais e como foi criado.

 

TC. 00:05:36

Vida política começou cedo. Na Ação Católica para chamar a atenção dos jovens para o papel social dos católicos na sociedade.

Disputou uma eleição na UNE e foi vice-presidente dela em 1948. Se formou em Direito e logo depois se casou.

Foi no Doutorado que descobriu a vocação política por meio do professor Eliomar Balieiro.

Foi candidato pela UDN nas eleições de 1962 como Deputado Distrital na Guanabara e fica como 1 Suplente e depois surge uma vaga.

 

TC. 00:13:06

Faz uma análise do governo de Carlos Lacerda no Rio de Janeiro. Comenta como Lacerda foi um jornalista formador da opinião pública e sempre engajado na política. Como governador, Lacerda monta um projeto de restruturação física do Rio de Janeiro e tentou melhorar a educação.

Faz referências ao governo conturbado de Jânio Quadros e as divergências que ele tinha com Lacerda.

 

TC. 00:24:15

Faz análises do governo Jânio Quadros. Diz que na área econômica era conservador. Com a renúncia, Jânio queria forçar sua volta e ter mais poderes. Na visão do entrevistado, Jânio se dizia nacionalista, mas tinha grande admiração pela Inglaterra e pelos políticos ingleses. Quadros era seguidor da linhagem inglesa, o que fazia contraste com o candidado a presidência que usava roupas amassadas e rasgadas.

 

TC. 00:34:00

Análise do governo João Goulart. O presidente desarticulou as transições que ocorriam nos vários setores da economia e queria implantar as Reformas de Base de qualquer maneira. Havia um sectarismo enorme na política naquele momento que chegava até mesmo a perseguição pessoal. Célio Borja era professor do Instituto Rio Branco teve que abandonar o cargo por estar envolvido na política e achar que não daria certo misturar essas duas funções.

 

TC. 00:41:40

Nos fornece sua opinião sobre os 5 generais que governaram o Brasil na Ditadura Militar.

 

TC. 00:43:30

Começa pela ordem cronológica, pelo governo Castelo Branco e seu rompimento com Carlos Lacerda, o qual era contra o movimento militar por temer um regime autoritário.

Lacerda não era candidato dos militares.

Castelo Branco apresentava grande apreço pela dupla Bulhões e Roberto Campos. Se dizia que quem governava o Brasil eram os dois.

Houve um fato desagradável entre Lacerda e Costa e Silva (comandante do movimento militar), que fez Lacerda sentir que não tinha o apoio total dos militares.

A UDN queria boas relações com Castelo Branco, pois sabia que ele queria ser o presidente militar capaz de manter a democracia.

Lacerda criticava o Ministro Roberto Campos e com isso ganhou a antipatia de Castelo Branco. Essas críticas enfraqueciam militarmente o governo Castelo Branco na medida em que ele não se defendia e nem tomava qualquer atitude. Não conseguiu garantir a sua sucessão por um civil e começa o governo linha dura de Costa e Silva.

 

TC. 01:08:32

Quando é anunciado na rádio o AI – 2, em 1965, Carlos Lacerda chama Célio Borja em seu gabinete para perguntar sobre as consequências verdadeiras deste Ato. Neste momento, Lacerda quer renunciar ao seu mandato na Guanabara, mas Célio foi contra porque com isso a Ditadura tomaria conta do país.

Lacerda escreve uma carta ao presidente da Assembléia renunciando o governo da Guanabara e assume Rafael Magalhães. Na verdade, ele pede uma licença, mas não volta ao poder.

 

TC. 01:13:20

Comenta os governos militares. O governo Costa e Siva tentou governar na constitucionalidade.

Governo Castello faz-se uma nova Constituição.

 

TC. 01:16:20

Célio Borja foi nomeado presidente da Caixa Econômica Federal, onde ficou por 3 anos.

 

TC. 01:19:13

O entrevistador pergunta sobre o fato de Carlos Lacerda ter procurado militares no Rio de Janeiro para formar uma frente contra o regime vigente.

Célio diz que Lacerda não procurou militar algum e sim foi procurado. Por um grupo “de militares idealistas, sem influência e subjetivistas que queriam um Brasil à maneira deles.”

A Constituição trazia eleições diretas, mas o governo fez as eleições estaduais indiretas. O governo da Guanabara, então, foi contra.

O senador Felinto Muller fez um artigo publicado pela imprensa defendendo as eleições indiretas e Célio Borja fez um artigo objetivando as eleições diretas.

Deste modo, o governo manipulava o governo dos estados e escolhia seus protegidos.

 

TC. 01:25:50

O candidato ao governo do Rio de Janeiro, Tácito de Oliveira, não teve auxílio nenhum do governo Federal.

No governo de Carlos Lacerda houve bloqueio político, pois não se conseguia nada, nenhum apoio ou verba.

 

TC. 01:28:08

Houve uma insurreição militar no governo Castello Branco, a qual foi sufocada por Costa e Silva.

Para a sucessão presidencial Castello queria um civil, mas os militares queriam Costa e Silva, Ministro da Guerra.

 

TC. 01:30:25

General Geisel faz a abertura política. Quando ocorre a Revolução dos Cravos em Portugal, Geisel diz “ é imperiosa a abertura, antes que tudo exploda. O presidente queria uma abertura controlada.

Célio teve pouco contato com Geisel.

Em uma reunião Geisel pediu um texto a Célio com vantagens e desvantagens da fusão Guanabara e Rio de Janeiro antes de se tornar presidente. A imprensa soltou que Célio seria Ministro da Justiça de Geisel, mas na verdade ele se torna liderança do governo na Câmara. No entanto, Célio não aceitou porque acreditava em um governo democrático e prefere seguir sua consciência.

Em 1974, o governo perde a maioria na Câmara e Geisel percebe que a abertura política é inevitável.

Episódio Chico Pinto, em que Célio Borja o defende na Tribuna. Parecia que o líder do governo não defende o mesmo.

 

TC. 01:43:14

Primeiro ano como presidente da Câmara foi tranquilo, exceto o caso de Chico Pinto no STF.

Paulo Egídio, governador de São Paulo, resistiu às pretensões dos militares e intervenções na administração do estado.

Em 1976, houve cassações na Câmara.

Presidentes da Câmara Pereira Lopes e Flávio Marcílio foram bastante importantes na modernização da Casa.

 

TC. 01:54:45

Em que Flávio Marcílio, João Amaury e Célio propõem a Emenda das Prerrogativas, em que estabelecia as prerrogativas dos parlamentares e tentava por fim às intervenções do Executivo no Legislativo. Foi derrotada por 4 votos.

Tentaram fazer João Amaury presidente da Câmara, mas não conseguiram.

 

TC. 01:56:10

Anistia e revogação do Ato.

 

TC. 01:56:40

Célio é candidato ao Senado. Ele era contra a sublegenda. Foi derrotado.

 

TC. 01:59:40

Sarney aceita o cargo oferecido por Tancredo pela amizade (Chefia da Assessoria Especial da Presidência da República).

Célio recebe o convite para o STF, mas recusa-o. No entanto, 30 dias depois aceita o convite.

 

TC. 02:04:40

Célio é convidado para ser Ministro da Justiça pelo governo Collor.

Collor demitiu o primeiro ministério e convoca outro.

Plebiscito para mudança do sistema de governo.

 

TC. 02:11:08

Para Célio, a ditadura foi inevitável porque não quiseram usar os mecanismos constitucionais legais para a contenção da insurreição.

 

TC. 02:14:50

Comenta caso Riocentro como atividade de oficiais ligados ao DOI-CODI e foi acobertado.

 

TC. 02:18:28

A democracia é o sistema do povo brasileiro.

Faz uma análise da história política brasileira.

 

TC. 02:24:35

Analisa o MST.