Tópicos da Entrevista
Apolônio de Carvalho I
Entrevistadores – Tarcísio Holanda
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Conversas preliminares entre o entrevistado e os entrevistadores.
O primeiro tópico é a partir da eleição de Getúlio Vargas de 1950.
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Recebeu a alcunha de “herói das 3 pátrias” de Jorge Amado.
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O entrevistado viveu na União Soviética primeiramente de 1937 a 1947 e depois de 1953 – 57.
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Chegou ao Brasil em dezembro de 1946.
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Volta dos exilados ao Brasil após a derrota do nazi-fascismo e volta da democracia.
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Depois de voltar da Europa, os exilados políticos retornam a militância e reorganizam o PCB.
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Apolônio recrutava oficiais para o movimento comunista.
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Cassação da licença partidária do PCB
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Caracteriza o PCB como autoritário, após sair da prisão em 1947 nota mudanças no partido.
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Há uma diferença entre o PC europeu, mais especificamente o francês e o brasileiro.
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Ele foi presidente provisório da União da Juventude.
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Na atualidade, há um envelhecimento da população e a juventude perdeu a força que antes tinha.
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Para a Igreja e para os militares os jovens comunistas eram uma afronta a moral e uma depravação.
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Em 1945, a União da Juventude Comunista volta a legalidade.
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Prestes dizia que se caçasse a União da Juventude Comunista para atingir o Partido Comunista Brasileiro.
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No governo Dutra, houve a cassação do PCB.
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Cassação do grosso dos partidos políticos, menos dos parlamentares que tinham imunidade política.
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As pessoas acompanhavam as sessões na Câmara Municipal pelo rádio.
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As cartas chegavam com atraso porque eram censuradas.
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Nos anos de 1945, 46 e 47 foram os anos de chumbo para a democracia. Viagem a URSS em 1953.
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Em 1953, ele foi a URSS fazer um curso de política básica.
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As turmas na URSS são bastante heterogêneas com camponeses estudando com jornalistas e todos com plena capacidade de entender o conteúdo passado na aula.
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XX Congresso do Partido Comunista na URSS em 1956. Em que a mudança violenta deixou de ser o único caminho.
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Primeira grande divisão do PC: surge o PC do B.
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As pessoas ficaram decepcionadas com a cisão do partido.
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Mudanças internas no PC em relação as liberdades individuais.
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Divisão do PCB em PC do B.
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Em 1958, Juscelino Kubitschek abre um período de democracia no país.
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Crise política no governo de Jânio Quadros e o vice é João Goulart que está em visita a China Comunista.
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Análise do quadro da História do Brasil entre 1920 e 1985.
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Os partidários de esquerda não queriam uma luta armada contra o governo.
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O golpe de 64 foi feito sem resistência da esquerda e da população.
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Quando houve o golpe de 64, Apolônio de Carvalho não tinha nenhum contato com os militares.
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Na sede do PCB, Prestes não conseguia falar com Jango para contar do acontecido.
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Comício na Praça Marechal Floriano com apoio do almirante Aragão e os fuzileiros navais.
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Juntaram cerca de 15 pessoas do partido para tentar minimizar tal agressão aos jovens.
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O grupo militar estava lá para evitar a manifestação. Os jovens defendiam o governo Goulart
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Narra fatos do dia da manifestação: agressões de ambas as partes.
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Começava-se a propagar uma declaração de Lacerda de que acabava de ser liberada a Presidência da República.
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As pessoas de Copacabana e Ipanema comemoram a Revolução.
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Foi a sede da UNE, a qual já tinha sido incendiada, procurar pelos filhos, mas não os achou.
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Começou-se a pensar, nos partidos de esquerda, como responder ao golpe de Estado.
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Existia uma organização chamada OLAAS (Organização Latino-Americana de Assistência Social) atrelada a Cuba. Mariguella foi a Havana, participou de reuniões da OLAAS.
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Em 1967, Apolônio rompe com o Partido Comunista Brasileiro. Ele é preso em 1970.
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Apolônio descreve como rompeu com o PC.
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Os mais radicais do PCB queriam o rompimento com o partido e a luta armada.
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Os participantes do PC do Rio de Janeiro fizeram uma reunião das organizações que não concordavam com as decisões do Comitê Central.
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Mariguella cria o Agrupamento Comunista em São Paulo, Ação de Libertação Nacional
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Tentativa de evitar a dispersão do PCB tinha fracassado.
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Os integrantes do PCB mandam Mário Alves fosse visitar Cuba.
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Em maio de 1968, Mário Alves volta de Cuba impregnado pelas idéias da Revolução Cubana.
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Divisões internas no PCBR causa conflitos.
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Apolônio começa a descrever como era sua vida no Rio de Janeiro vivendo na clandestinidade.
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Foi preso na casa de um companheiro.
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Quando tentou fugir e foi novamente capturado na rua.
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Momento em que foi capturado pelos militares.
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Descreve o interrogatório e as torturas que sofreu.
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Momentos de tortura vividos por ele.
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Conta seus dias no cativeiro e como foi liberto.
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Viagem para a Argélia como exilado político.
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Colocam 40 combatentes em um avião, algemados 2 a 2 e vigiados por vários torturadores.
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Chegada conturbada na Argélia.
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Instalações dos exilados na Argélia.
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Ficou na Argélia por 2 anos. Ele pediu para entrar na França, mas não conseguiu.
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Depois de 2 anos, 1972, consegue entrar na França. Ficou por lá até a Anistia em 1979.
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Apolônio conta quando morava em Niterói.
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Em 1979, volta do exílio com faixas e pessoas o recebendo no aeroporto.
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Para ele a democracia na América Latina não é de verdade, e sim deformada.
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No Brasil, não houve tática efetiva de cidadania nem democracia.
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Ele acha que a sociedade deve ter mais ação e voz na política para haver mudanças.
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Deve-se dar um jeito de acabar com a exclusão social e com a pobreza extrema no Brasil.
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Fala sobre a política internacional da América Latina no século XXI.
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Faz uma análise social de Costa rica e do Brasil.
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Para Apolônio o capitalismo não tem futuro pelas enormes diferenças sociais.
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Analisa as diferenças sociais no mundo.
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Apolônio diz que o capitalismo é o mal do mundo.
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Ele faz uma análise do socialismo no futuro.
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Considerações finais da entrevista.
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Agradecimentos ao entrevistado.
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Conversas paralelas entre entrevistadores e entrevistado.
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Conversas paralelas
Apolônio de Carvalho II
Entrevistadores – Tarcísio Holanda
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O entrevistador começa citando um livro da Hanna Arendt sobre política.
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Conta como foi ser exilado político na França dos anos 70.
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Descreve as raízes dos pais.
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Profissão do pai (militar).
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Descreve a literatura de esquerda influente da época.
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Conta como seus pais se conheceram em Bagé.
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Família da mãe era racista.
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Apolônio descreve a vida militar do pai.
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Fala do pai na carreira militar e a convicção dele na democracia
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O entrevistado se perde um pouco no factual, mas é ajudado pelos entrevistadores.
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Descreve a própria família e a profissão dos irmãos.
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Vida escolar em Campo Grande, onde concluiu o ginásio.
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Dilema na escolha da profissão.
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Em 1933, se forma como Oficial pela Escola Militar
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Apolônio cita literaturas influentes da época sobre aprendizagem política.
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Apolônio escrevia poesias românticas
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Continua citando grandes obras e autores do período.
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Comenta os pontos interessantes na obra As mentiras convencionais da civilização de Max Nordau.
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Os amigos de Apolônio eram influenciados pela ideologia socialista.
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Apolônio começa escrevendo poemas românticos e depois poemas críticos da sociedade.
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Apolônio aceita ser diretor da revista da Escola Militar e seu redator chefe era Nelson Werneck Sodré.
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Em todas as edições da revista da Escola Militar havia poemas de Werneck Sodré. O entrevistado recita um poema de Sodré.
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O entrevistado comenta como era o corporativismo e a influência do Marxismo no ambiente militar.
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O entrevistado lia muito a literatura marxista, mas enquanto morava em Bagé não teve contato com comunistas.
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9 de abril de 1936 foi expulso do Exército por ser suspeito de ser contra o governo Vargas.
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Na prisão, decide entrar para o PC.
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Entra na vida política pela Aliança Nacional Libertadora.
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Em junho de 1937, entra no Partido Comunista.
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A Direita era influenciada pelo nazi-fascismo.
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Descreve sua participação na Guerra Civil Espanhola
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Durante a guerra na Espanha foi tenente, mas quando retornou ao Brasil foi promovido.
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Em maio de 1937 há um alijamento dos movimentos de esquerda influenciado pela Internacional Comunista da URSS.
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Comenta as conseqüências da Guerra Civil espanhola e o número de soldados mortos.
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O governo da Bahia possuía uma linha democrática aliado às esquerdas com Juraci Magalhães
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Viaja para a Bahia para ter contato com outros militantes e simpatizantes de esquerda.
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Viaja para a França e visita Maria Leocádia (mãe de Prestes).
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Na Espanha, seu passaporte brasileiro é trocado por um espanhol.
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Conta sua viagem de trem da França para a Espanha.
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Relata sua chegada na Espanha e as primeiras experiências que viveu.
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Experiências como tenente da artilharia do exército espanhol.
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Conta como funcionava a estrutura da artilharia do exército espanhol.
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Apolônio percorreu todas as frentes de artilharia, as quais foram bem equipadas pela URSS.
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Conta o bom relacionamento que teve com outros povos voluntários na artilharia.
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Os voluntários de guerra brasileiros na França não podiam voltar porque seriam recebidos como refugiados políticos.
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Experiências no campo de concentração francês.
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Depois de sofrerem bastante o governo francês ajuda com subsídios para os voluntários.
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O Partido Comunista dá assistência a eles levando livros e literatura importante.
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Ele foge do campo de concentração e vai para a casa de um casal de comunistas em Marselha.
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A França foi invadida pela Alemanha e depois dividida entre a Alemanha e um pseudo-governo francês.
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Os judeus que se encontravam na França neste momento tinham que fugir.
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Ajudou na resistência francesa contra a Alemanha indiretamente.
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Ele estava ligado com o consulado brasileiro na França. Quando o Brasil declara guerra a Alemanha em 1942, a embaixada brasileira é fechada.
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Os funcionários do consulado fechado foram enviados para a Alemanha como reféns.
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Trabalhando clandestinamente, eles sabotavam as armas e o transporte dos alemães.
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Argélia torna-se o centro das forças aliadas em nome da França sob a direção de De Gaulle.
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Conta suas experiências frente os soldados alemães.
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Com o exército francês derrotado, os civis querem pegar em armas.
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Os civis franceses tentavam roubar as armas doa soldados alemães.
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Apolônio conta como desarmou um soldado alemão e agrediu- o para isso.
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Ele achou a arma alemã muito grande e forneceu -a a seu chefe.
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Comenta sobre as relações dos voluntários internacionais e seus superiores.
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Na Espanha, havia uma classe pobre e média contra a monarquia.
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Havia, na Espanha, o Partido Comunista ligado a Moscou e influenciado pela Internacional Comunista.
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Percebe-se organizações de esquerda muito fortes presentes no Exército Nacional espanhol.
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O entrevistado fala sobre a dedicação e empenho dos anarquistas em todo o processo de governo ditatorial espanhol e depois na guerra civil espanhola.
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Antes da Espanha ter um exército formado, havia as milícias populares em que os partidos mandavam seus prisioneiros militantes para atuarem como soldados.
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Poucos militantes desistiam ou recuavam; poucos voltavam da guerra.
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Os anarquistas participavam do exército e perseguiam comunistas e outros quando tiveram seus direitos caçados e organizações perseguidas.
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A divisão 28 da artilharia era comandada por uma mulher.
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A entrevista passa para os anos 40 e 42. Foi nessa época que conheceu sua esposa em Marselha.
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Na resistência francesa havia Gabriel Pérri que foi morto pelos alemães. Houve um poeta que usava o pseudônimo de Pérri para escrever sonetos.
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Quando Apolônio conheceu sua esposa, ele estava na guerrilha urbana e ela na Juventude Comunista.
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Renê, esposa de Apolônio, participava ativamente do movimento de esquerda e fazia contrabando de uma cidade para outra de explosivos e armas.
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A família de Renê era comunista.
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Mesmo em momentos de tensão, Apolônio e Renê se apaixonaram pela causa e depois um pelo outro, pela vontade de mudança e de revolução.
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A época das revoltas armadas na França é o mesmo período de várias greves.
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Quem libertou a França, segundo Apolônio, foram as forças de guerrilha urbana francesa criada no interior do país.
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Essas forças de guerrilha francesa isolaram as tropas alemãs e libertaram Paris. Posteriormente, elas tiveram ajuda do exército estrangeiro.
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Depois que a França foi libertada criou-se uma Associação dos antigos combatentes da Resistência, em que ele foi condecorado.
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Ele recebeu o título de coronel e a Legião de Honra no interior da sede dessa Associação.
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O jornalista Samuel Vainer entrevista Apolônio e publica na Revista Diretrizes. Nesse momento, o Partido Comunista sabe que Apolônio está vivo e pede a volta dele ao Brasil.
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Volta ao Brasil com a família. Começou a trabalhar no Partido Comunista.
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Por ser do Exército, ele foi anistiado.
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Por Apolônio ser de esquerda e estar ligado diretamente à política foi um do últimos a ser anistiado.
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Em uma reportagem da revista Veja, o filho de Prestes cita uma carta de Costa Leite citando Apolônio como um dos melhores combatentes da Guerra Civil Espanhola.
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Ele recebia pouco no Partido, mas fazia traduções para ajudar no orçamento de casa.
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Últimas considerações para o fim da entrevista.