Martim Francisco Ribeiro de Andrada
MARTIM FRANCISCO Ribeiro de Andrada (2º) - (17/2 a 17/3/1882)
O Deputado Martim Francisco Ribeiro de Andrada (2º), filho de Martim Francisco Ribeiro de Andrada e de D. Gabriella Frederica de Andrada e irmão de José Bonifácio de Andrada e Silva (2º) (O Moço), nasceu a 10 de junho de 1825 na cidade de Mucidan, arredores de Bordeaux, em França, durante o exílio do seu pai. Formado em Ciências Sociais e Jurídicas pela faculdade desta mesma cidade em 1845, recebeu o grau de Doutor em 1856, foi nomeado professor substituto da referida faculdade em 1854 e, mais tarde, catedrático.
Foi deputado desde 1848 à Assembléia da Província de São Paulo e depois na década de 1860. Foi, também, deputado pela mesma província na Câmara dos Deputados na 9ª Legislatura (5/8/1853 a 20/9/1856) como suplente (posse, nesta mesma Legislatura, a 5 de agosto de 1853); deputado eleito na 11ª Legislatura (3/5/1861 a 12/5/1863) (posse a 11 de junho de 1861); na 12ª Legislatura (1º/1/1864 a 2/8/1866); na 13ª Legislatura (22/5/1867 a 20/7/1868) (posse a 23 de maio de 1867). Entrou em uma lista sêxtupla para senador do Império; fez parte do 22º Gabinete (3/8/1866 a 16/7/1868) no período de 03 de agosto a 27 de outubro de 1866 como secretário e ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros e no perído de 27 de outubro de 1866 a 16 de julho de 1868 como secretário e ministro de Estado dos Negócios da Justiça, sendo, depois, nomeado membro do Conselho de Estado. Era do Conselho de S. M. o Imperador D. Pedro II. Presidente da Câmara dos Deputados no período de 17 de fevereiro a 17 de março de 1882. Foi, também, 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados no período de 4 de maio a 9 de agosto de 1866, e de 18 de janeiro de 1882 a 17 de fevereiro de 1882; e 2º vice-presidente no período de 17 de abril a 4 de maio de 1866.
Grande literato, escreveu diversas poesias em tempos de estudante e ainda depois de formado, mas depois que entrou para o corpo docente da faculdade de Direito, envolveu-se com a política e jornalismo.
- Deixou escrito:
Lágrimas e sorrisos. Poesias. São Paulo, 1847.
Januário Garcia, o sete orelhas: drama em três atos e cinco quadros. São Paulo. 1849.
Discurso proferido na Assembléia Legislativa Provincial na sessão do dia 20 de março de 1865 por ocasião do projeto de força policial. São Paulo, 1865, 40 páginas.
Quanto à imprensa periódica, colaborou em diversas folhas da Província de São Paulo e redigiu também "O Nacional", periódico político da mesma província e "Imprensa Paulista".
Faleceu no dia 2 de março de 1886.
Seu nome é destaque em outras obras:
1 - Octaciano Nogueira e João Sereno Firmo. Parlamentares do Império. Senado Federal, Brasília, 1973, V. 1, PP. 59-60.
2 - Rio Branco. Efemérides Brasileiras. pp. 141 e 276.
3 - A. Tavares de Lyra. Os Ministros de Estado da Independência à República. RIGHB, vol. 193, p. 85.
4 - Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Arquivo Nacional. Organizações e Programas Ministeriais. 2ª ed. 1962.
5 - Lyra, Carlos Tavares de. Presidentes da Câmara dos Deputados durante o Império - 1826 a 1889.
6 - Coordenação de Publicações. Mesas da Câmara dos Deputados - 1826 a 1982.
7 - Blake, Augusto Victorio Alves Sacramento. Dicionário Bibliográfico Brasileiro. Vol. VI. pp. 246-247. Rio de Janeiro. Imprensa Nacional. 1899.
8 - Galvão, Ramiz. Catálogo da Exposição de História do Brasil, nº 15.369.
9 - Abranches, Dunshee. Governos e Congressos da República, vol. I, p. 665.
10 - Neto, Casimiro Pedro da Silva. A Construção da Democracia. Brasília. Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações. 2003. 751 p.
cd/br/cpsn/dez/2005.