SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Excelência
SENHOR PRESIDENTE CESSANTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL, Excelência
MERITÍSSIMO JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL,
Excelência
MERITÍSSIMO JUIZ PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSIÇA,
Excelência,
SENHORES MEMBROS DO GOVERNO, Excelências,
DIGNO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, Excelência,
EX-PRESIDENTES DA REPÚBLICA, Excelências,
EX-PRESIDENTES DA ASSEMBLEIA NACIONAL, Excelências,
DIGNÍSSIMOS REPRESENTANTES DO CORPO DIPLOMÁTICO, Excelências,
SENHORES REPRESENTANTES DOS PARTIDOS POLÍTICOS, Excelências,
CAROS COLEGAS DEPUTADOS, Excelências,
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES,
Permitam-me, antes de mais, que vos enderece os meus
respeitosos cumprimentos bem como a mais sincera gratidão pela vossa honrosa
presença neste acto constitutivo da XI Legislatura da Assembleia Nacional.
Uma saudação muito especial é endereçada a todos quantos
exerceram a função de Deputado neste órgão tão importante, especialmente,
aqueles que estiveram nos primórdios da nossa jovem democracia e os que
terminam hoje a sua nobre e honrosa missão parlamentar.
A todos presto, pois, a minha justa homenagem, pela forma
como se empenharam na laboriosa tarefa de produção das leis e de defesa do
regime democrático santomense.
Quero igualmente agradecer, de forma muito particular, aos
ilustres companheiros e camaradas dos partidos que dão corpo a actual maioria
parlamentar, militantes e membros dos órgãos das diversas instâncias dos
respectivos Partidos MLSTP/PSD e a Coligação PCD/MDFM-UDD. Este agradecimento é
naturalmente extensivo aos nossos companheiros e líderes dos partidos CODO,
FDC, MS, PTS, UNDP, que se solidarizaram inequivocamente connosco nesta
triunfante luta, sem excluir de modo algum a contribuição participativa dos
partidos Os Verdes e Força do Povo.
Seria de todo injusto e imperdoável se não concedesse destacado
lugar aos apoios tão particularmente concedidos pela diáspora santomense, que
pugnando pela vida em países amigos, nunca, mas nunca se divorciaram das
agruras por que passam os familiares e amigos no massacrado país que a todos
viu nascer.
Pese embora as diferenças que nos opuseram nas últimas
legislaturas, não posso deixar de aproveitar esta sublime ocasião de
cumprimentar os militantes do ADI, pela sua participação cívica no processo de
cariz político que a todos diz respeito.
Por fim e para fechar o rol de saudações, quero endereçar, de
forma muito especial, a mais profunda gratidão à minha família, particularmente
a minha mulher, filhos, netos, noras, genro, irmãos, cunhados e a minha querida
sogra Irene Seabra que, associados à fé divina, me ajudaram a superar, por
diversas vezes, os artifícios manipulados por mentores de falsidade e de ódio.
Esta vitória contou, de igual modo, com a perseverante e inquestionável contributo
dos dirigentes, militantes e simpatizantes do PCD, assim como de amigos, aos quais
endereço o meu reconhecido agradecimento.
CAROS COMPATRIOTAS,
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES,
Vamos hoje iniciar uma nova era nesta casa Parlamentar. Seria
escamotear a verdade não reconhecer que, nos últimos oito anos, contrariamente
ao que se esperava, a Plenária deste órgão se transformou num palco de acusações
e de golpes baixos, que em muito contribuíram para descredibilizar e manchar a
dignidade de um órgão de soberania de tamanha importância como é Assembleia
Nacional no contexto da nossa democracia.
Nessa nova e almejada era, é nossa missão colectiva
trabalhar, todos, para resgatar, a mais breve trecho a dignidade desta casa
parlamentar, dos que nela trabalham, assim como de todos os Deputados, pois,
uma vez investidos de poder, representam em primeiro lugar os interesses desse
povo e dessa nação.
Para que tal aconteça, torna-se necessário que os Deputados
se respeitem, respeitem esta instituição e se façam respeitar.
Neste contexto, é minha missão promover a operacionalização
dos serviços desta casa, tornando-os mais dinâmicos e eficientes; contribuir,
para que a justiça social seja um direito verdadeiramente garantido em S.Tomé e
Príncipe e pugnar por um maior envolvimento da nossa diáspora na resolução dos
problemas nacionais.
Esta missão só terá êxito se puder contar, desde já, com a
indispensável colaboração das Senhoras e dos Senhores Deputados de todas as
bancadas que compõem o mosaico parlamentar.
Confesso que aqui, já tive muito bons professores. Prefiro
não citar nomes para não ferir algumas sensibilidades, mas apraz-me dizer que irei
aproveitar os seus ensinamentos e, em particular com os legados deixados pela
Mãe da Cultura, a poetisa Alda do Espírito Santo, e o humilde e sapiente
Francisco Silva, para transformar esta casa num palco de efectivo contraditório
político, com a sonoridade, a elegância e o timbre de liberdade que dela
fizeram, noutros tempos, o fórum de que tanto nos orgulhávamos.
Constituirá, pois, a nossa principal missão resgatar a
dignidade da casa parlamentar e dos Deputados perante a Nação e o Mundo.
Contribuir para que o povo esteja devidamente representado na
Assembleia Nacional, centrando especial atenção em pugnar para que a diáspora
santomense venha igualmente a ter voz activa nas eleições legislativas, podendo
eleger e serem eleitos.
SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
DISTINTOS CONVIDADOS,
Falei da missão interna, mas jamais me esquecerei da incontornável
colaboração da Assembleia Nacional com os demais órgãos de soberania, dentro dos
parâmetros constitucionais, ou seja, no quadro do respeito mútuo e da separação
de poderes. Neste particular, Vossa Excelência poderá contar comigo, pois
estarei sempre disponível!
Aos nossos parceiros de cooperação, podeis transmitir aos governos
e as organizações que representam, que os Deputados que compõem este órgão na
legislatura que hoje se inicia, os quais represento, creio que tudo farão para
que a democracia prevaleça, se consolide em S.Tomé e Príncipe e que os acordos
de cooperação bem como os tratados internacionais rubricados entre os legítimos
governos, sejam igualmente respeitados.
Para além disso, é nossa convicção de que se reforçará a cooperação
parlamentar, particularmente a nossa participação nos organismos
internacionais, mormente na AP-CPLP, UPA, UIP, PANAFRICANO, REDE DAS MULHRES
PARLAMENTARES DA CPLP, bem como, de modo geral, nos grupos de amizade entre os
parlamentares dos países amigos.
Para
terminar, gostaria de agradecer ao povo de S.Tomé e Príncipe pela sua sabia
interpretação da democracia e da acção governativa.
Diz
a sabedoria popular que “ O povo é quem
mais ordena”. Daí que, para os são-tomenses, a única esperança de se
pronunciarem sobre o rumo que o país tomava assentava na fé que os acalentava na
mudança a partir do dia 7 de Outubro último.
Sendo os Deputados representantes do povo, espero que todos
os actores políticos com responsabilidades de garantir a paz e a estabilidade
política e social, saibam retirar as melhores ilações deste velho ditado
popular.
O país está praticamente parado e o povo já se manifesta
cansado! É necessário que nos unamos todos em torno de um projecto comum em
nome de S.Tomé e Príncipe, colocando em primeiro lugar os interesses da nação
acima dos interesses particulares e de grupos.
Sejamos suficientemente ousados para denunciar as divisões
que tanto nos têm fragmentado e, juntos, sejamos capazes de empreender as
mudanças que toda a sociedade reclama como indispensáveis.
BEM-HAJA A TODOS!
VIVA A DEMOCRACIA!
VIVA S.TOMÉ E PRÍNCIPE!