Vinícius Pinelli
Reunião da Subcomissão Permanente do Paradesporto - Apresentação do plano de trabalho e celebração da importância do esporte para a Pessoa com Deficiência
A reunião foi convocada pelo presidente da Subcomissão Permanente do Paradesporto, deputado Augusto Puppio (MDB-AP), e contou com a presença do secretário do Paradesporto (SNPAR) do Ministério do Esporte, Fábio Araújo, e da diretora de Projetos Paradesportivos para Educação, Lazer e Inclusão Social da SNPAR, Nayara Falcão.
Os debatedores trouxeram aspectos do paradesporto nacional baseados nas próprias experiências de competição. Apesar dos avanços no apoio governamental, com o Programa Bolsa-Atleta, em vigor desde 2005, a iniciativa não conseguiria fazer com que os atletas possam viver somente do esporte. A formulação de políticas públicas que sejam mais inclusivas com os atletas e pessoas com deficiência (PCD) é vista como uma solução.
Outro ponto relevante é a inclusão social. De acordo com a ex-atleta de paracanoagem Erisângela Toniolo, o caminho é a educação escolar com campanhas que visem a conscientização da sociedade, para garantir que todas as PCDs sejam tratadas como cidadãs. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022, o Brasil possui 18 milhões de Pessoas com Deficiência.
Os esforços de capacitação de profissionais pensando em atividade física paradesportiva também seriam importantes para promover a inclusão pelo esporte e um estilo de vida saudável. É a proposta de um dos programas que a SNPAR desenvolve junto ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Simone Camargo, atleta de goalball e membro do Conselho de Atletas do CPB, lembrou que no passado era comum que estudantes PCDs fossem dispensados de aulas de educação física, pois os professores não podiam garantir a segurança dos alunos.
Antônio Ferreira, coordenador geral da Secretaria Nacional do Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, comentou que um Plano Nacional da Pessoa com Deficiência está sendo elaborado (uma atualização do programa Viver sem Limites, com previsão de lançamento entre os meses de outubro e novembro). Ele espera que assim PCDs tenham ampliação de acesso ao esporte, além do cumprimento das condições para que tenham equidade de oportunidades.
A subcomissão também abriu espaço para que atletas paralímpicos e do paradesporto pudessem compartilhar vivências, relatando as dificuldades e a superação pelo esporte.
Higor Lohnhoff, surdoatleta do atletismo, contou que a falta de bolsas esportivas e a falta de um calendário de competições faz com que atletas surdos escolham desistir do esporte de alto rendimento, e pediu que a secretaria estabeleça ações e diálogos para que esses atletas possam seguir competindo. Já a paraskatista Jainaine Abranches, embaixadora da modalidade no país, apesar de não ser atleta de alto rendimento, tem o objetivo de apresentar a modalidade para mulheres e fazer com que elas superem limitações ao perceber que elas podem fazer o que quiserem.
O deputado Augusto Puppio (MDB-AL) explicou ainda os motivos pelos quais a democratização do esporte por meio de políticas públicas é especialmente importante para as PCDs: “O esporte é um mecanismo de saúde física e mental. Portanto, investir em esporte é promover a saúde na fonte. Quando falamos do paradesporto, incluímos PCDs no projeto de prevenção de doenças mentais e físicas por meio do esporte”.
Renato Araujo/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Planos e programas do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Desde 2017, o CPB passou por uma reformulação administrativa que permitiu a modernização de estruturas de gestão com um conselho administrativo com membros independentes. De acordo com Losinskas, esse modelo permitiu uma maior profissionalização do CPB, pois uniu a visão técnica e especializada, mas sem excluir os atletas dos cargos de direção. O diretor jurídico afirmou que esta e outras medidas internas de controle contribuíram para atrair patrocinadores, além dos bons desempenhos em competições de base e profissionais.
Já Freire trouxe dados a respeito da evolução das participações do Brasil nas paralimpíadas, além das metas que o CPB pretende bater nos próximos jogos paralímpicos. A expectativa é de se manter entre os 10 primeiros colocados do quadro geral de medalhas, além de garantir a participação brasileira em 20 das 22 modalidades paralímpicas.
O destaque do diretor de alto desempenho, entretanto, são os projetos sociais pensados para proporcionar a inclusão de Pessoas com Deficiência, como os centros de referência paralímpicos, que levam para as universidades os cursos de capacitação para educadores físicos e outros estudantes se profissionalizaram no desenvolvimento do paradesporto, além dos próprios jogos escolares.
Autor do requerimento, o deputado Delegado da Cunha (PP/SP) ressaltou a evolução do desempenho do Brasil nos jogos paralímpicos, desde o trigésimo sétimo lugar em Atlanta 1996, até o sétimo lugar em Tóquio 2021. Ele também comentou sobre a importância do paradesporto na vida da Pessoa com Deficiência: “Ela passa a ter desafios e querer superá-los. O caso do paradesporto brasileiro é exemplo principalmente para pessoas que não possuem deficiência”.
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Preparação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Esta foi a última da série de audiências públicas da Comissão do Esporte realizou para ouvir as confederações pensando nas olimpíadas do ano que vem.
Antes do início das apresentações, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Paulo Wanderley Teixeira, abriu a audiência agradecendo o espaço que a comissão ofereceu aos esportes olímpicos desde maio, e ressaltou a importância do esporte e da política estarem em sintonia.
A primeira apresentação foi a da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) em que a presidente Maria Luciene e o diretor esportivo Henrique Motta destacaram os sucessos recentes das modalidades nos últimos ciclos olímpicos, e também a inclusão social do esporte como forma de transformar e descobrir talentos. Motta ainda chamou atenção para a descentralização do investimento em estrutura no último ciclo olímpico.
O deputado Luiz Lima (PL/RJ) elogiou a forma com que a CBG aliou competência no tratamento com o esporte e a relação midiática com os próprios atletas de ponta. A CBG é a segunda maior confederação olímpica nas redes sociais, com 225 mil seguidores.
Em seguida, o presidente da Confederação Brasileira de Wrestling, Flávio Cabral Neves, celebrou a conquista de dez vagas para o Pan-americano de Santiago. Ele também apontou que a CBW possui federações estaduais em todos os estados e no Distrito Federal, o que colabora para a descentralização da modalidade. No ano passado, a CBW contou com um orçamento de pouco mais de R$3,8 milhões.
O presidente da Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama, Bruno Patrício Oliveira, e a gerente de esportes Viviane Xavier, participaram da audiência remotamente. Eles detalharam gastos do atual ciclo olímpico, pouco mais de R$850 mil reais, e explicaram a linha de ação para popularizar o esporte no país: “O foco da CBHG é fazer parceria com governos estaduais, secretarias e prefeituras, porque a gente compreende que assim garantimos desenvolvimento de estrutura para que as pessoas conheçam o esporte.”
Atualmente o hóquei sobre a grama possui somente quatro campos oficiais, todos no Rio de Janeiro. O deputado Delegado da Cunha (PP/SP) classificou esse fato como um problema de base esportiva do país: "Só o futsal ,vôlei, handebol e basquete que são apresentados nas escolas. Eu tenho certeza que o Brasil possui matéria-prima para conquistar medalhas nas modalidades que tem menos estruturas nas escolas".
Por fim, o presidente da Confederação Brasileira de Triathlon Ernesto Pitanga, e o diretor geral Virgílio de Castilho, ressaltaram a inclusão social do esporte, mas sobre uma ótica diferente de outras modalidades: “Tem toda a questão da superação de limites com responsabilidade, ainda mais porque é um esporte que atrai muitas pessoas idosas.” Castilho ainda fez uma linha do tempo da classificação dos atletas brasileiros mais destacados pensando em Paris 2024, além do orçamento de R$20 milhões de reais da modalidade no último ciclo olímpico.
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Integridade no Futebol. Dep. Bandeira de Mello (PSB - RJ) e CEO - Sport Integrity Global Aliance (SIGA), Emanuel Medeiros
“Será um estudo independente sobre o futuro do futebol brasileiro, uma visão de fora, independente, despida de preconceitos. Um estudo que irá se guiar por essas diretivas: ser independente, neutro, inclusivo, rigoroso” afirmou Medeiros.
Durante a audiência pública, foi assinado um acordo de cooperação entre a Frente Parlamentar, a SIGA e a SIGA Latin America, prevendo a partilha de informações e promoção de eventos e iniciativas em conjunto. No acordo, a Siga Latin America se compromete a prestar consultoria de natureza estratégica, técnica e legislativa visando a promoção de valores positivos e reforço da integridade, transparência e credibilidade do futebol.
Para o relator da Subcomissão e presidente da Frente Parlamentar de Modernização do Futebol, deputado Bandeira de Mello (PSB/RJ), a proposta da SIGA vai ao encontro do que já estava sendo discutido pela Frente: ”Estávamos discutindo, planejando fazer algo parecido, com prazo, um diagnóstico do futebol brasileiro”.
O presidente da Subcomissão, deputado Renildo Calheiros (PCdoB/PE), destacou a experiência do executivo da SIGA. “Vasto trabalho em defesa da modernização, da transparência e de boas práticas no futebol”, disse Calheiros.
Diversas clubes e entidades ligadas ao futebol estiveram representadas durante a audiência pública. Preocupações com a democratização do acesso aos estádios, oferecendo ingressos a preços populares; a redução da violência de torcedores, permitindo que mais famílias possam ir aos jogos com segurança; e modificações na legislação foram levantadas pelos participantes.
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Ações e propostas da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Desempenho (SNEAD).
Em audiência pública realizada nesta terça-feira, 29/8, Marta, ex-jogadora de basquete e medalhista olímpica (Atlanta 1996 e Sidney 2000), detalhou a estrutura da Secretaria, o orçamento para 2023 e as novidades nos programas conduzidos pela SNEAD.
De acordo com Marta, as estratégias de alocação de recursos e políticas de desenvolvimento esportivo serão decididas com base na análise de um conjunto de dados fundamentais para que o governo possa compreender de forma mais completa e inclusiva a dinâmica esportiva. “Com abordagem abrangente estamos examinando dados cruciais que incluam seus a região de origem dos atletas, níveis de escolaridade e renda, raça, gênero. Ao fazer essa análise, estamos descobrindo as particularidades geográficas que podem influenciar na expansão e ascensão à diferentes modalidades esportivas”, afirmou a secretária.
Do total de recursos orçamentários previstos para o esporte de alto rendimento, 85% das verbas são destinadas ao programa Bolsa-Atleta, que fornece apoio financeiro. “Esses recursos já foram totalmente empenhados para este ano. São 8.292 atletas no programa.
205 atletas agraciados com a Bolsa Pódio. Quero destacar o impacto humanizado no bolsa-atleta, que foi estendido também às atletas gestantes e mães de recém-nascidos, que antes não tinham esse apoio”, disse a secretária Marta Sobral.
Outro aspecto destacado pela secretária é a procura pela igualdade de gênero no esporte: “É pilar fundamental no Bolsa-Atleta! 44% são atletas femininas e 56% são atletas masculinos. Uma celebração da diversidade no cenário esportivo.”
O presidente da Comissão do Esporte, deputado Luiz Lima (PL/RJ), que presidiu a audiência pública, destacou a falta de formação universitária de muitos medalhistas olímpicos. “Não sei se seria possível criar uma janela nas universidades federais para absorver os atletas olímpicos. Ou uma bolsa-estudo, em convênio com universidades particulares para esses atletas”, defendeu Lima.
Também presente na audiência, o diretor de Esporte de Base e de Alto Desempenho, Marcos Boccatto, afirmou que a SNEAD já está discutindo uma ação nesse sentido: “Estamos tentando com universidades privadas, duas em São Paulo, e queremos conversar também com universidades federais”.
Confira a íntegra da audiência pública em: https://youtu.be/dRkk9-C7Q9c?list=TLGGkmHNW-3HXX0zMDA4MjAyMw
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Ações e propostas da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Desempenho (SNEAD).
Em audiência pública realizada nesta terça-feira, 29/8, Marta, ex-jogadora de basquete e medalhista olímpica (Atlanta 1996 e Sidney 2000), detalhou a estrutura da Secretaria, o orçamento para 2023 e as novidades nos programas conduzidos pela SNEAD.
De acordo com Marta, as estratégias de alocação de recursos e políticas de desenvolvimento esportivo serão decididas com base na análise de um conjunto de dados fundamentais para que o governo possa compreender de forma mais completa e inclusiva a dinâmica esportiva. “Com abordagem abrangente estamos examinando dados cruciais que incluam seus a região de origem dos atletas, níveis de escolaridade e renda, raça, gênero. Ao fazer essa análise, estamos descobrindo as particularidades geográficas que podem influenciar na expansão e ascensão à diferentes modalidades esportivas”, afirmou a secretária.
Do total de recursos orçamentários previstos para o esporte de alto rendimento, 85% das verbas são destinadas ao programa Bolsa-Atleta, que fornece apoio financeiro. “Esses recursos já foram totalmente empenhados para este ano. São 8.292 atletas no programa.
205 atletas agraciados com a Bolsa Pódio. Quero destacar o impacto humanizado no bolsa-atleta, que foi estendido também às atletas gestantes e mães de recém-nascidos, que antes não tinham esse apoio”, disse a secretária Marta Sobral.
Outro aspecto destacado pela secretária é a procura pela igualdade de gênero no esporte: “É pilar fundamental no Bolsa-Atleta! 44% são atletas femininas e 56% são atletas masculinos. Uma celebração da diversidade no cenário esportivo.”
O presidente da Comissão do Esporte, deputado Luiz Lima (PL/RJ), que presidiu a audiência pública, destacou a falta de formação universitária de muitos medalhistas olímpicos. “Não sei se seria possível criar uma janela nas universidades federais para absorver os atletas olímpicos. Ou uma bolsa-estudo, em convênio com universidades particulares para esses atletas”, defendeu Lima.
Também presente na audiência, o diretor de Esporte de Base e de Alto Desempenho, Marcos Boccatto, afirmou que a SNEAD já está discutindo uma ação nesse sentido: “Estamos tentando com universidades privadas, duas em São Paulo, e queremos conversar também com universidades federais”.
Confira a íntegra da audiência pública em: https://youtu.be/dRkk9-C7Q9c?list=TLGGkmHNW-3HXX0zMDA4MjAyMw
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Ações e propostas da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Desempenho (SNEAD).
Em audiência pública realizada nesta terça-feira, 29/8, Marta, ex-jogadora de basquete e medalhista olímpica (Atlanta 1996 e Sidney 2000), detalhou a estrutura da Secretaria, o orçamento para 2023 e as novidades nos programas conduzidos pela SNEAD.
De acordo com Marta, as estratégias de alocação de recursos e políticas de desenvolvimento esportivo serão decididas com base na análise de um conjunto de dados fundamentais para que o governo possa compreender de forma mais completa e inclusiva a dinâmica esportiva. “Com abordagem abrangente estamos examinando dados cruciais que incluam seus a região de origem dos atletas, níveis de escolaridade e renda, raça, gênero. Ao fazer essa análise, estamos descobrindo as particularidades geográficas que podem influenciar na expansão e ascensão à diferentes modalidades esportivas”, afirmou a secretária.
Do total de recursos orçamentários previstos para o esporte de alto rendimento, 85% das verbas são destinadas ao programa Bolsa-Atleta, que fornece apoio financeiro. “Esses recursos já foram totalmente empenhados para este ano. São 8.292 atletas no programa.
205 atletas agraciados com a Bolsa Pódio. Quero destacar o impacto humanizado no bolsa-atleta, que foi estendido também às atletas gestantes e mães de recém-nascidos, que antes não tinham esse apoio”, disse a secretária Marta Sobral.
Outro aspecto destacado pela secretária é a procura pela igualdade de gênero no esporte: “É pilar fundamental no Bolsa-Atleta! 44% são atletas femininas e 56% são atletas masculinos. Uma celebração da diversidade no cenário esportivo.”
O presidente da Comissão do Esporte, deputado Luiz Lima (PL/RJ), que presidiu a audiência pública, destacou a falta de formação universitária de muitos medalhistas olímpicos. “Não sei se seria possível criar uma janela nas universidades federais para absorver os atletas olímpicos. Ou uma bolsa-estudo, em convênio com universidades particulares para esses atletas”, defendeu Lima.
Também presente na audiência, o diretor de Esporte de Base e de Alto Desempenho, Marcos Boccatto, afirmou que a SNEAD já está discutindo uma ação nesse sentido: “Estamos tentando com universidades privadas, duas em São Paulo, e queremos conversar também com universidades federais”.
Confira a íntegra da audiência pública em:
https://youtu.be/dRkk9-C7Q9c?list=TLGGkmHNW-3HXX0zMDA4MjAyMw
Will Shutter/Câmara dos Deputados
Presidente da CBE, Ricardo Machado, apresenta planos para Paris 2024
O presidente da Confederação Brasileira de Esgrima, Ricardo Machado, em sua apresentação, apontou que a expectativa para Paris é classificar cinco atletas para os jogos, e conquistar pelo menos uma medalha. A maior esperança está nas mãos de Nathalie Moellhausen, atualmente terceira melhor espadista no ranking mundial. As paralimpíadas possuem uma projeção semelhante, com expectativa de sete atletas classificados e uma medalha.
Machado ainda ressaltou que um dos focos de ação da CBE é estimular a criação de federações nos estados do nordeste, onde o vínculo dos clubes e academias ainda ocorre de forma direta com a confederação. A medida facilita a realização de campeonatos na região, além de contribuir para outro objetivo da CBE: “O importante mesmo é aumentar o número de praticantes.”
O presidente da Comissão deputado Luiz Lima (PL-RJ) conduziu a audiência e fez menção ao Comitê Paralímpico Brasileiro, que possui uma sala de formação no Centro de Treinamento do CPB em São Paulo. Machado destacou que a parceria é benéfica pois aproxima o público infantil à esgrima.
Já o boxe também carrega expectativas elevadas. Tendo em vista os sucessos olímpicos de Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2021 na modalidade, o presidente da Confederação Brasileira de Boxe Marcos Cândido Brito indicou que baseado nos bons resultados dos torneios internacionais que o Brasil disputou no ciclo, pelo menos sete atletas geram esperança de medalhas em Paris. O presidente também detalhou o cronograma da Equipe Olímpica Permanente, e que espera contar com pelo menos 13 atletas dessa seleção em Paris.
Brito atribui o sucesso recente do boxe olímpico à reorganização da CBBoxe, que começou a tratar o esporte de maneira profissional. Ele também ressaltou a importância dos projetos sociais em servir de porta de entrada para o esporte: “Muita criança vai para o projeto social só pelo lanche. Mesmo que não venha a se tornar um atleta posteriormente, pelo menos sai da rua.”
O orçamento anual de cada uma dessas confederações não é alto: a esgrima possui um orçamento para 2023 de 7 milhões de reais, dos quais 63,5% vem do próprio Comitê Olímpico do Brasil. A CBBoxe, no ano de 2022, teve um orçamento de 4,6 milhões de reais, integralmente vindo do COB.
Ascom/Cespo
Audiência pública para debater a diferenciação entre Educação Física escolar e esporte competitivo
Nesta quarta-feira, a Comissão do Esporte realizou uma audiência pública para debater a diferenciação entre Educação Física escolar e esporte competitivo no ambiente da Educação Básica Nacional, em atenção aos Requerimentos nº 9, 20 e 22, de autoria dos deputados Delegado da Cunha, Luiz Lima e Flávia Morais, respectivamente.
Por muitos anos, o Esporte Escolar (competição entre crianças e jovens) foi e é conduzido com uma série de equívocos que merecem atenção dos gestores da administração pública. Ao nos fazermos valer das estratégias do esporte espetáculo no seio da escola estamos, de fato, propiciando: a exclusão dos menos hábeis; a substituição das aulas que deveriam ser para todos para atender apenas aos que participam das equipes; a terceirização da educação em muitas escolas que suprimem as aulas ministradas por professores (licenciados) e atribuem a esportistas sem a devida formação; a suspensão de aulas para os competidores participarem e os demais como torcida entre inúmeros outros fatores negativos.
Elizabeth Laurindo, segunda secretária do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), afirmou que “a prática de atividades físicas nos primeiros anos da infância está associada a uma série de resultados positivos para a saúde”, portanto há uma relação positiva entre atividades físicas e desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais. De acordo com ela, o único espaço para a prática orientada de aprendizagem significativa pelo esporte são as instituições públicas, já que concentram cerca de 80% das crianças e adolescentes, já que “muitos desses jovens não têm condições de pagar por aulas extras de alguma modalidade esportiva”, enfatizou.
Para Daniel Carreira Filho, professor doutor, criador e editor da Revista Brasileira de Educação Física Escolar, a educação física escolar não pode ser considerada como esporte já que o objetivo das aulas não deve ser a competição. “O que deve existir, com muita clareza, é como aproximar as crianças, jovens e adolescentes das possibilidades das práticas da cultura corporal do movimento”, citou. Ele acredita que o tempo que se tem deve ser utilizado para que todas as crianças participem das atividades, sejam respeitadas com as devidas diversidades e aprendam a trabalhar cooperativamente com os colegas
Roberto Gimenez, professor e pesquisador dos programas de Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo, disse que a diversificação de modalidades e práticas na educação física é fundamental para incluir aqueles que são excluídos nas modalidades tradicionais. De acordo com ele, fazer um discurso simplista sobre a educação física é extremamente perigoso, pois não considera a complexidade e a importância dessa disciplina. “Estudos mais recentes mostram que aulas de Educação Física voltadas para o currículo cultural são mais inclusivas do que o esportivo”, afirmou. Ao contrário de outras disciplinas, a educação física muitas vezes não conta com programas extracurriculares abrangentes, limitando-se a grupos de treinamento em algumas modalidades específicas, direcionados apenas aos alunos mais aptos.
Para Francisco Eduardo Caparroz, professor doutor da Universidade Federal do Espírito Santo, a Educação Física é um componente curricular abrangente, que engloba diversas atividades corporais, incluindo o esporte. No entanto, ele cita que nem todas as atividades físicas se enquadram necessariamente como esportes. “Um exemplo disso é a caminhada, que é considerada uma atividade física, mas não é praticada necessariamente para a competição. Muitas vezes, as pessoas a praticam por lazer ou por questões de saúde”, afirmou. É essencial compreender que ao longo dos mais de 12 anos de escolaridade, os estudantes deveriam ter a oportunidade de se envolverem em uma ampla variedade de atividades corporais, visando não apenas o desenvolvimento físico, mas também o bem-estar e a compreensão dos benefícios dessa cultura corporal.
Walter Roberto Correia, professor livre docente da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, enfatizou que o desenvolvimento da personalidade e o senso de cidadania não são prioridades exclusivas do esporte, mas sim de toda a educação e do ambiente escolar como um todo. De acordo com ele, devem ser questionadas narrativas simplistas do senso comum que já foram refutadas em momentos históricos passados. Portanto, é necessário um enfoque mais abrangente e inclusivo na promoção das práticas esportivas e culturais, de forma a visar uma formação integral que valorize a diversidade e o potencial de cada indivíduo.
Confira na íntegra aqui.
Por Ascom/Cespo
A Comissão do Esporte promoveu a quarta audiência pública para discutir a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, nesta quarta-feira, 21. O debate atende ao requerimento nº 16 do presidente da comissão, deputado Luiz Lima (PL-RJ), e dos deputados Mauricio do Vôlei (PL-MG) e Delegado da Cunha (PP-SP).
Para os requerentes, os Jogos Olímpicos de Paris, que serão realizados de 26 de julho até 11 de agosto de 2024, será um novo teste para o Brasil confirmar sua condição de excelência esportiva no cenário mundial. Portanto, é uma “oportunidade para fazer uma nova análise do nosso legado olímpico e verificar em que patamar nós estamos no cenário esportivo mundial”.
Raphael Nishimura, presidente da Associação Brasileira de Escalada Esportiva, lembrou que a classificação da modalidade para os Jogos de Paris 2024 traz consigo o desafio de alcançar o tão almejado top 5 e, quem sabe, chegar à final do pan-americano. No entanto, quando se menciona os Estados Unidos e o Canadá, fica evidente que eles estão em um patamar muito superior ao do Brasil. “É muito complicado competir com eles”, afirmou. Para ele, a melhor oportunidade de conquistar uma medalha olímpica seria uma classificação direta dos americanos através do mundial, abrindo uma brecha para que possamos nos destacar. João Ricardo Gonçalves, vice-presidente da Associação Brasileira de Escalada Esportiva, ainda citou a construção de um novo centro de treinamento da modalidade que está sendo realizada na cidade de Curitiba. De acordo com ele, a associação treinará e poderá realizar eventos internacionais nos próximos anos.
Alberto Cavalcante Maciel Júnior, presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo, demonstrou otimismo para as Olimpíadas de 2024 com a conquista de duas medalhas. Para os jogos, o “Brasil tem como objetivo conquistar essas vagas (duas femininas e duas masculinas) por meio do ranking olímpico, buscando garantir representatividade no evento”, afirmou. Além disso, é importante destacar que o Brasil obteve um excelente desempenho no taekwondo paralímpico em Tóquio 2021, conquistando três medalhas e se consolidando como a melhor equipe na modalidade. Para o presidente da confederação, esses resultados positivos fortalecem a trajetória brasileira no taekwondo e incentivam ainda mais o desenvolvimento desse esporte no país.
Já Fábio Corrêa, coordenador técnico da Confederação Brasileira de Pentatlo, acredita que a modalidade tem muitas chances de conquistar medalhas no Pan, principalmente na competição feminina. No entanto, para Gilberto Souza, diretor-técnico da confederação, também há o objetivo de atrair mais atletas para a modalidade e transformar o pentatlo moderno em uma opção de lazer. De acordo com ele, atualmente, o pentatlo é apenas uma modalidade olímpica, mas há o interesse em ampliar seu alcance e popularidade para além desse contexto competitivo.
Diego Miceli Jeleilate, diretor técnico da Confederação Brasileira de Basketball, afirmou que nos últimos quatro anos, o Brasil recuperou a hegemonia na América do Sul, tendo conquistado nove títulos. Além disso, o Brasil mostra um grande avanço nas categorias de base, já que saltou para o sexto lugar no ranking mundial. Com a classificação já assegurada para o mundial, a equipe brasileira buscará estar entre os dois melhores das Américas no torneio, visando garantir uma vaga nos Jogos Olímpicos e continuar consolidando seu desempenho em nível internacional. “Um dos objetivos é retomar o posto de segundo esporte mais popular do Brasil”, afirmou.
De acordo com Paulo Moura, vice-presidente e diretor de Esportes da Confederação Brasileira de Surfe,nos últimos dois anos, a seleção brasileira de surfe tem se destacado, conquistando o bicampeonato no Pan-Americano da modalidade. Com esse histórico de sucesso, o surfe brasileiro está se preparando intensamente para as próximas Olimpíadas. Os Jogos contarão com quatro vagas para a modalidade, sendo duas na categoria masculina e duas na feminina. Além disso, caso a equipe brasileira conquiste o título no mundial, existe a possibilidade de garantir uma terceira vaga. O bom desempenho esportivo é fundamental para o Surfe, assim como “o ouro olímpico foi sensacional para angariar novos fãs e interessados no esporte”, de acordo com Fabiano Fisher, diretor Administrativo e Financeiro da Confederação Brasileira de Surfe.
A próxima audiência pública que debaterá a preparação para os Jogos de Paris 2024 acontecerá na quarta-feira, 5 de julho, às 15 horas. O evento contará com a presença das confederações do Boxe, da Esgrima, de Lutas e do Triatlo.
Confira na íntegra aqui .
Por Ascom/Cespo
A Comissão do Esporte promoveu a terceira audiência pública para discutir a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, nesta quarta-feira, 14. O debate atende ao requerimento nº 16 do presidente da comissão, deputado Luiz Lima (PL-RJ), e dos deputados Mauricio do Vôlei (PL-MG) e Delegado da Cunha (PP-SP).
Para os requerentes, os Jogos Olímpicos de Paris, que serão realizados de 26 de julho até 11 de agosto de 2024, será um novo teste para o Brasil confirmar sua condição de excelência esportiva no cenário mundial. Portanto, é uma “oportunidade para fazer uma nova análise do nosso legado olímpico e verificar em que patamar nós estamos no cenário esportivo mundial”.
Jorge Bichara, diretor técnico da Confederação Brasileira de Voleibol, afirmou que a confederação baseia sempre seu objetivo principal no desenvolvimento de resultados esportivos, na capacitação e na visibilidade. “Nosso objetivo é aprimorar sempre a preparação dos nossos atletas. Acho que a característica do voleibol brasileiro passa por uma preparação bem fundamentada”, disse. Ainda, ele cita que o trabalho da organização deve ser alinhado com a confederação sul-americana e, por isso, busca aumentar a quantidade de praticantes da modalidade.
Para Osmar da Costa Sobrinho, presidente da Confederação Brasileira de Golfe, existe uma dificuldade de classificação para os Jogos de Paris 2024, mesmo com quase 9 mil atletas federados. A esperança para o futuro está em atletas de base que, após as Olimpíadas do Rio 2016, passaram a receber recursos do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e, devido a isso, a confederação já conta com a construção de um novo centro de treinamento.
Já José Roberto Santini Campos, presidente da Confederação Brasileira de Badminton, ressaltou a hegemonia do Brasil na modalidade no âmbito da América do Sul. “O Brasil estará jogando com o maior número possível de atletas em Santiago no pan americano com quatro homens e quatro mulheres com a expectativa de superar o número de medalhas dos últimos jogos que foram cinco”, disse. Além disso, Campos exaltou os atletas por terem vencido todas as medalhas de ouro em disputa no último Sul-Americano em Assunção, no Paraguai.
Felipe Rego Barros, presidente da Confederação Brasileira de Handebol, afirma que, apesar de possuir pouco recurso, a confederação tem conseguido manter o alto nível com a realização de mais de 1300 jogos oficiais no último ano. “O handebol possui diversas modalidades como o beach hand, que somos campeões mundiais, mas infelizmente ainda não é uma modalidade olímpica, e o handebol de cadeira de rodas que também somos os atuais campeões mundiais”, afirmou. Ugor Tadeu Correia Silva, Diretor Geral Administrativo da Confederação Brasileira de Handebol, lembrou que um dos trabalhos exercidos pela confederação é o de resgatar e fortalecer os clubes e federações, apesar de uma crise financeira. Ressaltou ainda que é possível acreditar, ao menos, no bronze feminino e na melhor campanha da história do handebol masculino em Paris 2024.
Luiz Fernando Coelho, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, relatou que a confederação possui cinco modalidades (Águas Abertas, Nado Artístico, Natação, Polo Aquático e Saltos Ornamentais), o que gera divisão dos recursos angariados. Mesmo assim, “a natação tem 17 medalhas olímpicas” e a força se dá devido às condições de preparação que consiste, inclusive, em treinar com condições de ar rarefeito para chegar às competições com mais resistência.
Na quarta-feira, 21, acontecerá a quarta reunião que debaterá as modalidades da Escalada, Taekwondo e Pentatlo.
Confira na íntegra aqui.
Por Ascom/Cespo
A Comissão do Esporte promoveu a segunda audiência pública para discutir a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, nesta quarta-feira, 31. O debate atende a requerimento nº 16 do presidente da comissão, deputado Luiz Lima (PL-RJ), e dos deputados Mauricio do Vôlei (PL-MG) e Delegado da Cunha (PP-SP).
Para os requerentes, os Jogos Olímpicos de Paris, que serão realizados de 26 de julho até 11 de agosto de 2024, será um novo teste para o Brasil confirmar sua condição de excelência esportiva no cenário mundial. Portanto, é uma “oportunidade para fazer uma nova análise do nosso legado olímpico e verificar em que patamar nós estamos no cenário esportivo mundial”.
Ao dar início às apresentações, o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), ressaltou que a entidade nacional foi eleita, em 2022, a melhor confederação de atletismo do mundo. “O país venceu todos os campeonatos do continente que disputou e registrou conquistas inéditas de campeão por equipe do Sul-Americano de Marcha Atlética, ocorrido em fevereiro em Lima, no Peru, e do Pan-Americano de Cross Country, realizado no Espírito Santo”, destacou.
O presidente do Conselho Nacional de Dança Desportiva, Patric Tebaldi, destacou a conquista do 4º lugar já na primeira presença em jogos mundiais, o que gera uma grande expectativa para a modalidade nos primeiros Jogos Olímpicos. “No pré-Pan, no chile, onde a gente conseguiu estar com dois atletas no top-8, que para nós é muito importante. A participação no Pan-Americano pode gerar uma vaga direta para Paris 2024”, lembrou o diretor de Breaking do Conselho Nacional de Dança Desportiva, José Bispo de Assis. De acordo com os representantes, a modalidade está em crescimento no Brasil e já consegue competir com outros países que iniciaram antes, como os europeus.
Com uma modalidade mais tradicional, o presidente da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Marco Aurélio Sá Ribeiro, acredita que a Vela precisa ir para os Jogos Olímpicos para ganhar medalha. “A CBVela só enviará atleta para os Jogos Olímpicos com chances reais de medalha olímpica”, relatou ao citar o alto valor de investimento da modalidade, devido à locomoção de atletas e equipamentos. Para o deputado Luiz Lima, apesar de possuir um alto custo, a modalidade traz grandes retornos dentro da participação olímpica para a nação.
Já o gestor do alto rendimento da Confederação Brasileira de Ciclismo, Fernando Ruiz Fermino, afirmou que o Brasil já possui uma vaga na modalidade de BMX Racing Feminino, no qual o país foi campeão pan-americano, o que concedeu o direito à vaga. “O processo de preparação para os jogos se dá por meio da participação de eventos, então a confederação vem trabalhando de forma a viabilizar a participação dos atletas na maioria dos eventos classificatórios, com prioridade aos campeonatos mundiais e pan-americanos”, afirmou.
Com a palavra, o deputado Delegado da Cunha contou que apesar de não ter atingido a meta de se tornar um atleta olímpico, este desejo já foi o suficiente para o transformar como ser humano e buscar maiores ambições.
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Por Ascom/Cespo
Nesta quarta-feira, a Comissão do Esporte realizou uma audiência pública para debater os e-sports, termo utilizado para classificar competições de jogos virtuais, especialmente aquelas realizadas por profissionais. A reunião aconteceu em atendimento ao requerimento nº 10/23 de autoria do deputado Márcio Marinho (REPUBLICANOS/BA).
De acordo com o deputado, “assim como as gerações anteriores tinham total interesse por competições de esportes como o futebol, as gerações atuais também gostam de competições, entretanto, suas preferências focam nos e-Sports. Com um público crescente, de pessoas que conseguem acessar os jogos com facilidade, não é difícil entender porque está cada vez mais popular acompanhar e participar de jogos de e-Sports”. Portanto, a definição de esporte eletrônico como esporte ou não é importante para definir o investimento de recursos públicos e também para trazer mais segurança jurídica.
Para o representante do Ministério do Esporte, Carlos Luís Villanova, os jogos eletrônicos são responsáveis por diversas transformações sociais e tecnológicas ao redor do mundo. Villanova cita que “o surgimento de uma sociedade de plataforma com o paradigma definidor do ambiente midiático contemporâneo torna ainda mais complexa as relações entre jogo, trabalho e sociedade. Em tal paradigma essas plataformas passam a mediar o desenvolvimento dos fenômenos sociais, políticos, econômicos e culturais”.
David Leonardo, representante da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal, destacou a importância de integrar futuros profissionais da Educação Física no meio digital para uma maior aproximação com os alunos. “É super necessário fazer esse diálogo com o meio científico”, destacou.
Rafael Marchetti Marcondes, presidente da Associação Brasileira de Fantasy Sport (ABFS), criticou a definição da nova Lei Geral do Esporte que o destaca como “atividade predominantemente física”. De acordo com ele, a Carta Olímpica traz um capítulo sobre os princípios norteadores do esporte (amizade, compreensão mútua, igualdade, inclusão e fair play). “Esses princípios são de cunho social que se propõem a olhar a formação do indivíduo e os jogos eletrônicos contribuem com todos esses princípios”, afirmou.
Em consonância, Paulo Roberto Ribas, presidente da Confederação Brasileira de Games e Esports (CBGE), ressalta a importância de se basear na Carta Olímpica para criar a definição do esporte. “O esporte não é só aptidão física. Existem outras habilidades motoras também”, concluiu.
Já o ex-vice-presidente de Marketing do Clube de Regatas do Flamengo, Daniel Orlean, cita que houve uma perda de interesse do público mais jovem pelo futebol tradicional e era perceptível que esses torcedores estavam vinculados, cada vez mais, a clubes internacionais. “Nós conseguimos identificar que nos reaproximamos era por meio dos esportes eletrônicos”, relembrou.
Já Paulo Mazzei, professor da Universidade de Campinas (UNICAMP), acredita que a comparação nominal do esporte tradicional com o esporte eletrônico é realizada de forma superficial. Segundo ele, deve haver uma série de complexidades que envolvem as obrigações do poder público, a participação do cidadão e a idoneidade dos sistemas eletrônicos que garantam a participação mais justa e igualitária entre os participantes envolvidos.
O deputado Kiko Celeguim (PT/SP) ressalta a importância da criação de políticas públicas para o incentivo na produção industrial de produtos eletrônicos para que o consumidor não precise importar produtos estrangeiros. “Países como a China, Japão e Coreia cresceram porque o Estado enxergou, nesse vetor da economia, uma estratégia de desenvolvimento e geração de emprego, por isso são vanguardistas e exportam produtos, tecnologia e conhecimentos para o mundo todo”, explica.
Ainda, o deputado Luiz Lima (PL/RJ) acredita na força da união interpessoal que os esportes eletrônicos têm, “independente dos valores negociados e do volume de recursos”. O deputado Icaro de Valmir (PL/SE) completou que esta modalidade não está presente apenas no celular, no computador ou no videogame, “os esportes eletrônicos também estão presentes na educação, dentro do mercado e determinam vários investimentos em outros setores”.
Ao ter a palavra, o deputado Professor Paulo Fernando (REPUBLICANOS/DF) ressaltou a importância de um debate cada vez mais aprofundado sobre o tema.
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Por Ascom/Cespo
Nesta quarta-feira, a Comissão do Esporte realizou uma audiência pública para debater a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, em atenção ao requerimento nº 16, de autoria dos deputados Luiz Lima (PL/RJ), Maurício do Vôlei (PL/MG) e Delegado da Cunha (PP/SP).
De acordo com os requerentes, a reunião é uma “oportunidade para fazer uma nova análise do nosso legado olímpico e verificar em que patamar nós estamos no cenário esportivo mundial”.
Jodson Gomes, presidente da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo, ressaltou a importância de um controle do comitê olímpico sobre todos os projetos realizados dentro das modalidades. “Mais de 80% dos nossos recursos serão investidos na parte técnica do esporte e tudo isso será aprovado pelo COB”.
Segundo Eduardo Musa, Presidente da Confederação Brasileira de Skate, a confederação “luta há cinco anos sem ter um centro de treinamento, ou seja, a gente teve que treinar em pistas particulares que, normalmente, não têm as mesmas condições de pistas de competição”. No entanto, estão previstos três centros de treinamento completos até o final de 2023 nas cidades de Campinas, Curitiba e Santos.
Musa criticou os critérios estabelecidos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em relação ao Skate, uma vez que é uma modalidade com diferentes características dos demais. Em resposta, Marco De La Porta, vice-presidente do COB, disse que o repasse de recursos era controlado por algumas regras que cabem a todas as confederações, portanto existe uma dificuldade em criar uma regra que agrade a todas.
O presidente da Confederação Brasileira de Levantamento de Peso afirmou que apesar das dificuldades orçamentárias, os campeonatos nacionais estão em um nível superior aos demais em nível pan-americano. “Pouco tempo atrás não tínhamos sequer participação em nível internacional e hoje nós temos um recorde de participação em eventos internacionais”, disse. A ideia da confederação é garantir quatro atletas, sendo dois femininos e dois masculinos, em Paris 2024.
Magali Moreira de Souza, presidente da Confederação Brasileira de Remo, ressaltou que uma das dificuldades da modalidade é a falta de fabricação dos materiais em território nacional, o que faz com que os praticantes “tenham que importar as peças e acaba tornando o esporte muito mais caro”. Mesmo sem possuir um centro de treinamento, a presidente citou a importância de os atletas estarem juntos.
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A Comissão do Esporte, nesta quarta-feira, contou com a instalação de três subcomissões: Modernização do Futebol, Esportes Eletrônicos e Tiro Esportivo. Os deputados Renildo Calheiros (PCdoB/PE), Icaro de Valmir (PL/SE) e Ismael Alexandrino (PSD/GO) foram, respectivamente, eleitos para a presidência de cada uma das subcomissões.
Subcomissão Especial da Modernização do Futebol
A proposta de criação da Subcomissão Especial de Modernização do Futebol, de autoria do deputado Bandeira de Mello (PSB/RJ) tem como finalidade discutir e promover planos de atividades, ações legislativas, ouvir anseios do setor, e outras atividades que apresentem relação direta e indireta com o Futebol Brasileiro, no apoio a políticas públicas, programas e ações governamentais e não governamentais com objetivo de alcançar padrões para seu aprimoramento e modernização da gestão.
Renildo Calheiros, presidente eleito da subcomissão, afirmou que a subcomissão deve ser dinâmica e enfrentar as questões necessárias durante o debate para a modernização do futebol.
Presidente: Deputado Renildo Calheiros
Membros:
Dep. Bandeira de Mello (PSB/RJ)
Dep. Chiquinho Brazão (UNIÃO/RJ)
Dep. Icaro de Valmir (PL/SE)
Dep. Luiz Gastão (PSD/CE)
Dep. Nely Aquino (PODEMOS/MG)
Dep. Paulinho Freire (UNIÃO/RN)
Dep. Renildo Calheiros (PCdoB/PE)
Subcomissão Especial dos Esportes Eletrônicos
Já a proposta de criação da Subcomissão Especial dos Esportes Eletrônicos visa discutir e promover planos de atividades, ações legislativas, ouvir anseios do setor e outras atividades que apresentem relação direta e indireta com os esportes eletrônicos, no apoio a políticas públicas, programas e ações governamentais e não governamentais com objetivo de discutir a regulamentação dessa atividade.
Presidente: Deputado Icaro de Valmir
Membros:
Dep. Chiquinho Brazão (UNIÃO/RJ)
Dep. Daniel Trzeciak (PSDB/RS)
Dep. Flávia Morais (PDT/GO)
Dep. Icaro de Valmir (PL/SE)
Dep. Ismael Alexandrino (PSD/GO)
Dep. Kiko Celeguim (PT/SP)
Dep. Luciano Vieira (PL/RJ)
Dep. Luiz Gastão (PSD-CE)
Dep. Márcio Marinho (REPUBLICANOS/BA)
Subcomissão Especial do Tiro Esportivo
De acordo com o presidente da Subcomissão Especial do Tiro Esportivo, Ismael Alexandrino, “o tiro desportivo, ao longo dos anos, tem evoluído bastante, porém, permanece estigmatizado por alguns setores desinformados da sociedade civil e contando com o esforço abnegado de seus praticantes, que não raro alcançam expressivas conquistas nos torneios nacionais e internacionais de que participam, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento do esporte”.
Presidente: Deputado Ismael Alexandrino
Membros:
Dep. Delegado Fabio Costa (PP/AL);
Dep. Icaro de Valmir (PL/SE)
Dep. Ismael Alexandrino (PSD/GO);
Dep. Marcos Pollon (PL/MS);
Dep. Maurício do Vôlei (PL/MG).
Por Ascom/Cespo