Reynaldo Lima/Arquivo CESPO
Dirigentes do COB negam acusações em audiência conduzida pelo deputado Luiz Lima
A acusação envolve supostas fraudes em dois processos de licitação de serviços de tecnologia da informação, no valor de R$ 1,2 milhão. Parte desses recursos seriam públicos, vindos da arrecadação das loterias e assegurados pela Lei Agnelo/Piva.
As denúncias constam de relatório da empresa norte-americana Kroll, especializada em investigações privadas e contratada pelo próprio COB. A investigação do Ministério Público corre em caráter confidencial. Paulo Wanderley Teixeira é ex-judoca e está à frente do COB desde outubro de 2017, quando substituiu Carlos Arthur Nuzman, que chegou a ser preso sob a acusação de compra de votos para o Rio de Janeiro sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Teixeira rebateu as novas acusações.
“Eu não iria e não irei jogar a minha carreira de desportista no lixo. Se eu não consertar é porque não deu, mas eu tenho a intenção de consertar e os resultados estão provando isso. Austeridade, meritocracia e transparência: desafio alguém a dizer que eu não estou cumprindo isso”, disse.
Irregularidades
O deputado Luiz Lima questionou o presidente do COB sobre as recentes tentativas de esvaziar os órgãos da entidade. “Também recebi mensagens de membros do conselho de ética. Sinto que eles estão muito chateados com a falta de comunicação e de não terem sido consultados. Eles falam aqui que houve um retrocesso em relação aos órgãos de compliance e que se esvaziou o comitê de conformidade e os poderes do conselho de ética. E eu vou deixar registrado aqui também que a comissão de atletas lhe entregou uma nota pública com várias perguntas sobre a proposta de mudança no estatuto”, observou Lima.
Também haveria irregularidades na gestão do laboratório olímpico, que serve de estrutura científica para os atletas em busca de melhora de performance. Teixeira também teve de explicar a nomeação do ex-judoca Rogério Sampaio para o cargo de diretor geral do COB. Sampaio teria deixado a secretaria nacional de alto rendimento do antigo Ministério do Esporte, em abril de 2018, e assumido o novo cargo sem cumprir a quarentena legal de seis meses. Porém, Paulo Wanderley garantiu que a nomeação de Sampaio seguiu os ritos normais.
“Eu me cerquei de gente com capacidade. Tirei o Rogério. Tirei mesmo. Eu disse: ‘Rogério, o dia em que você sair do ministério, você vai vir para o comitê olímpico’. E ele fez o processo normal. Um negócio (denúncia) desse é uma calúnia. Ele veio de forma limpa e tranquila. Ele se desincompatibilizou, teve a anuência do comitê de ética da presidência (da República), cumpriu tudo o que tinha de cumprir e pronto”, disse o presidente do COB.
Apoio do COI
Além de Rogério Sampaio, Paulo Wanderley fez questão de levar à audiência na Câmara seus diretores jurídico (Luciano Hostins), administrativo-financeiro (Isabele Duran) e de esportes (Jorge Bichara). Atual integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI), o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman também manifestou apoio à atual gestão do COB.
Paulo Wanderley afirmou que não tem “apego ao cargo” e anunciou que a próxima eleição na entidade está prevista para 25 de novembro de 2020. A atual diretoria também relembrou o recente recorde de medalhas do Brasil nos Jogos Panamericanos de Lima e projeta bom desempenho dos atletas brasileiros nas Olimpíadas do Japão.
Com Agência Câmara
Foto de Genilson Frazão - Ascom deputado Felipe Carreras
Presidente da Cespo, deputado Felipe Carreras defende a atualização da Lei Pelé, vigente há 23 anos
Nesta terça-feira, 24, às 14h, a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados e a Comissão Especial para Modernização da Lei Pelé (nº 9615/98) realizam audiência pública conjunta sobre "O papel do profissional de Educação Física na educação e no esporte". A reunião atende a pedido do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), presidente da Cespo, e relator, na comissão especial, do PL 1153/19, que propõe a atualização da lei.
Segundo Carreras, o educador físico é um profissional indispensável não apenas nas práticas esportivas, mas também na formação integral de crianças, adolescentes e jovens, razão pela qual a Educação Física é componente curricular obrigatório em toda a educação básica. O plano de trabalho para a relatoria do PL abarca temas como o Plano Nacional do Desporto, recursos lotéricos, Lei de Incentivo ao Esporte, os direitos de transmissão de eventos esportivos, e a regulamentação das apostas esportivas online.
“Há uma necessidade urgente de modernização da lei, criada há 23 anos. Naquela época, por exemplo, a Internet mal existia. Hoje, a realidade é completamente diferente. Também precisamos aproximar o esporte da população vulnerável, dos desfavorecidos, pois o desporto é uma grande ferramenta de transformação social, e uma legislação atualizada terá condições de suprir certas carências”, disse o deputado Felipe Carreras.
A audiência pública terá como convidados a secretária Nacional do Esporte, Lazer e Inclusão Social, Fabiola Molina, o conselheiro do Conselho Federal de Educação Física, Antônio Catunda de Oliveira, e o presidente da Confederação Brasileira de Desporto Escolar, Antônio Hora Filho.
Retomada dos trabalhos
Na semana passada, a Comissão Especial para Modernização da Lei Pelé abriu os trabalhos desse segundo semestre de 2021 com audiência pública sobre as categorias de base. Na ocasião, a presidente do colegiado, deputada Celina Leão (PP-DF), declarou que o objetivo é promover alterações na Lei Pelé com legitimidade para discutir todos os temas, incluindo atletas profissionais e de base.
“A ideia central é que, ao final das discussões, a gente tenha uma lei moderna e atualizada para atender aos anseios de todos os atletas. Nem todos se tornarão atletas olímpicos, mas todos os que tiverem acesso ao esporte serão cidadãos melhores”, disse a parlamentar.
Participante da audiência pública, o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Wlamir Motta Campos propôs o uso do esporte como ferramenta de inclusão social, por meio do incentivo a parcerias entre clubes, confederações, federações e escolas. O diretor jurídico Confederação Brasileira de Futebol, Luiz Fernando Santoro, disse que a entidade é a responsável por certificar os clubes que alcançam o nível exigido (Resolução 01/19) para serem reconhecidos como clubes formadores. Atualmente, dos 742 clubes profissionais, 38 possuem o Certificado de Clube Formador emitido pela CBF. Já o representante do Conselho Federal de Educação Física, Antônio Catunda, defendeu que a base para um sistema nacional de formação de atletas deve estar na escola.
Sobre o PL 1153/19
O texto, de autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), obriga as entidades desportivas formadoras de atletas a encaminharem ao Ministério Público, anualmente, laudos técnicos de órgãos responsáveis pela vistoria das condições de segurança dos alojamentos (Bombeiros, Vigilância Sanitária, prefeituras). O PL foi apresentado pelo parlamentar após o incêndio ocorrido centro de treinamento do Flamengo, em 2019, que deixou dez adolescentes mortos e três feridos.
*Por Ascom Cespo - Patrícia Fahlbusch, DRT 051791
A Comissão do Esporte promoveu a terceira audiência pública para discutir a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, nesta quarta-feira, 14. O debate atende ao requerimento nº 16 do presidente da comissão, deputado Luiz Lima (PL-RJ), e dos deputados Mauricio do Vôlei (PL-MG) e Delegado da Cunha (PP-SP).
Para os requerentes, os Jogos Olímpicos de Paris, que serão realizados de 26 de julho até 11 de agosto de 2024, será um novo teste para o Brasil confirmar sua condição de excelência esportiva no cenário mundial. Portanto, é uma “oportunidade para fazer uma nova análise do nosso legado olímpico e verificar em que patamar nós estamos no cenário esportivo mundial”.
Jorge Bichara, diretor técnico da Confederação Brasileira de Voleibol, afirmou que a confederação baseia sempre seu objetivo principal no desenvolvimento de resultados esportivos, na capacitação e na visibilidade. “Nosso objetivo é aprimorar sempre a preparação dos nossos atletas. Acho que a característica do voleibol brasileiro passa por uma preparação bem fundamentada”, disse. Ainda, ele cita que o trabalho da organização deve ser alinhado com a confederação sul-americana e, por isso, busca aumentar a quantidade de praticantes da modalidade.
Para Osmar da Costa Sobrinho, presidente da Confederação Brasileira de Golfe, existe uma dificuldade de classificação para os Jogos de Paris 2024, mesmo com quase 9 mil atletas federados. A esperança para o futuro está em atletas de base que, após as Olimpíadas do Rio 2016, passaram a receber recursos do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e, devido a isso, a confederação já conta com a construção de um novo centro de treinamento.
Já José Roberto Santini Campos, presidente da Confederação Brasileira de Badminton, ressaltou a hegemonia do Brasil na modalidade no âmbito da América do Sul. “O Brasil estará jogando com o maior número possível de atletas em Santiago no pan americano com quatro homens e quatro mulheres com a expectativa de superar o número de medalhas dos últimos jogos que foram cinco”, disse. Além disso, Campos exaltou os atletas por terem vencido todas as medalhas de ouro em disputa no último Sul-Americano em Assunção, no Paraguai.
Felipe Rego Barros, presidente da Confederação Brasileira de Handebol, afirma que, apesar de possuir pouco recurso, a confederação tem conseguido manter o alto nível com a realização de mais de 1300 jogos oficiais no último ano. “O handebol possui diversas modalidades como o beach hand, que somos campeões mundiais, mas infelizmente ainda não é uma modalidade olímpica, e o handebol de cadeira de rodas que também somos os atuais campeões mundiais”, afirmou. Ugor Tadeu Correia Silva, Diretor Geral Administrativo da Confederação Brasileira de Handebol, lembrou que um dos trabalhos exercidos pela confederação é o de resgatar e fortalecer os clubes e federações, apesar de uma crise financeira. Ressaltou ainda que é possível acreditar, ao menos, no bronze feminino e na melhor campanha da história do handebol masculino em Paris 2024.
Luiz Fernando Coelho, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, relatou que a confederação possui cinco modalidades (Águas Abertas, Nado Artístico, Natação, Polo Aquático e Saltos Ornamentais), o que gera divisão dos recursos angariados. Mesmo assim, “a natação tem 17 medalhas olímpicas” e a força se dá devido às condições de preparação que consiste, inclusive, em treinar com condições de ar rarefeito para chegar às competições com mais resistência.
Na quarta-feira, 21, acontecerá a quarta reunião que debaterá as modalidades da Escalada, Taekwondo e Pentatlo.
Confira na íntegra aqui.
Por Ascom/Cespo
A Comissão do Esporte promoveu a segunda audiência pública para discutir a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, nesta quarta-feira, 31. O debate atende a requerimento nº 16 do presidente da comissão, deputado Luiz Lima (PL-RJ), e dos deputados Mauricio do Vôlei (PL-MG) e Delegado da Cunha (PP-SP).
Para os requerentes, os Jogos Olímpicos de Paris, que serão realizados de 26 de julho até 11 de agosto de 2024, será um novo teste para o Brasil confirmar sua condição de excelência esportiva no cenário mundial. Portanto, é uma “oportunidade para fazer uma nova análise do nosso legado olímpico e verificar em que patamar nós estamos no cenário esportivo mundial”.
Ao dar início às apresentações, o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), ressaltou que a entidade nacional foi eleita, em 2022, a melhor confederação de atletismo do mundo. “O país venceu todos os campeonatos do continente que disputou e registrou conquistas inéditas de campeão por equipe do Sul-Americano de Marcha Atlética, ocorrido em fevereiro em Lima, no Peru, e do Pan-Americano de Cross Country, realizado no Espírito Santo”, destacou.
O presidente do Conselho Nacional de Dança Desportiva, Patric Tebaldi, destacou a conquista do 4º lugar já na primeira presença em jogos mundiais, o que gera uma grande expectativa para a modalidade nos primeiros Jogos Olímpicos. “No pré-Pan, no chile, onde a gente conseguiu estar com dois atletas no top-8, que para nós é muito importante. A participação no Pan-Americano pode gerar uma vaga direta para Paris 2024”, lembrou o diretor de Breaking do Conselho Nacional de Dança Desportiva, José Bispo de Assis. De acordo com os representantes, a modalidade está em crescimento no Brasil e já consegue competir com outros países que iniciaram antes, como os europeus.
Com uma modalidade mais tradicional, o presidente da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Marco Aurélio Sá Ribeiro, acredita que a Vela precisa ir para os Jogos Olímpicos para ganhar medalha. “A CBVela só enviará atleta para os Jogos Olímpicos com chances reais de medalha olímpica”, relatou ao citar o alto valor de investimento da modalidade, devido à locomoção de atletas e equipamentos. Para o deputado Luiz Lima, apesar de possuir um alto custo, a modalidade traz grandes retornos dentro da participação olímpica para a nação.
Já o gestor do alto rendimento da Confederação Brasileira de Ciclismo, Fernando Ruiz Fermino, afirmou que o Brasil já possui uma vaga na modalidade de BMX Racing Feminino, no qual o país foi campeão pan-americano, o que concedeu o direito à vaga. “O processo de preparação para os jogos se dá por meio da participação de eventos, então a confederação vem trabalhando de forma a viabilizar a participação dos atletas na maioria dos eventos classificatórios, com prioridade aos campeonatos mundiais e pan-americanos”, afirmou.
Com a palavra, o deputado Delegado da Cunha contou que apesar de não ter atingido a meta de se tornar um atleta olímpico, este desejo já foi o suficiente para o transformar como ser humano e buscar maiores ambições.
Confira na íntegra aqui.
Por Ascom/Cespo
A Comissão do Esporte promoveu a quarta audiência pública para discutir a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, nesta quarta-feira, 21. O debate atende ao requerimento nº 16 do presidente da comissão, deputado Luiz Lima (PL-RJ), e dos deputados Mauricio do Vôlei (PL-MG) e Delegado da Cunha (PP-SP).
Para os requerentes, os Jogos Olímpicos de Paris, que serão realizados de 26 de julho até 11 de agosto de 2024, será um novo teste para o Brasil confirmar sua condição de excelência esportiva no cenário mundial. Portanto, é uma “oportunidade para fazer uma nova análise do nosso legado olímpico e verificar em que patamar nós estamos no cenário esportivo mundial”.
Raphael Nishimura, presidente da Associação Brasileira de Escalada Esportiva, lembrou que a classificação da modalidade para os Jogos de Paris 2024 traz consigo o desafio de alcançar o tão almejado top 5 e, quem sabe, chegar à final do pan-americano. No entanto, quando se menciona os Estados Unidos e o Canadá, fica evidente que eles estão em um patamar muito superior ao do Brasil. “É muito complicado competir com eles”, afirmou. Para ele, a melhor oportunidade de conquistar uma medalha olímpica seria uma classificação direta dos americanos através do mundial, abrindo uma brecha para que possamos nos destacar. João Ricardo Gonçalves, vice-presidente da Associação Brasileira de Escalada Esportiva, ainda citou a construção de um novo centro de treinamento da modalidade que está sendo realizada na cidade de Curitiba. De acordo com ele, a associação treinará e poderá realizar eventos internacionais nos próximos anos.
Alberto Cavalcante Maciel Júnior, presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo, demonstrou otimismo para as Olimpíadas de 2024 com a conquista de duas medalhas. Para os jogos, o “Brasil tem como objetivo conquistar essas vagas (duas femininas e duas masculinas) por meio do ranking olímpico, buscando garantir representatividade no evento”, afirmou. Além disso, é importante destacar que o Brasil obteve um excelente desempenho no taekwondo paralímpico em Tóquio 2021, conquistando três medalhas e se consolidando como a melhor equipe na modalidade. Para o presidente da confederação, esses resultados positivos fortalecem a trajetória brasileira no taekwondo e incentivam ainda mais o desenvolvimento desse esporte no país.
Já Fábio Corrêa, coordenador técnico da Confederação Brasileira de Pentatlo, acredita que a modalidade tem muitas chances de conquistar medalhas no Pan, principalmente na competição feminina. No entanto, para Gilberto Souza, diretor-técnico da confederação, também há o objetivo de atrair mais atletas para a modalidade e transformar o pentatlo moderno em uma opção de lazer. De acordo com ele, atualmente, o pentatlo é apenas uma modalidade olímpica, mas há o interesse em ampliar seu alcance e popularidade para além desse contexto competitivo.
Diego Miceli Jeleilate, diretor técnico da Confederação Brasileira de Basketball, afirmou que nos últimos quatro anos, o Brasil recuperou a hegemonia na América do Sul, tendo conquistado nove títulos. Além disso, o Brasil mostra um grande avanço nas categorias de base, já que saltou para o sexto lugar no ranking mundial. Com a classificação já assegurada para o mundial, a equipe brasileira buscará estar entre os dois melhores das Américas no torneio, visando garantir uma vaga nos Jogos Olímpicos e continuar consolidando seu desempenho em nível internacional. “Um dos objetivos é retomar o posto de segundo esporte mais popular do Brasil”, afirmou.
De acordo com Paulo Moura, vice-presidente e diretor de Esportes da Confederação Brasileira de Surfe,nos últimos dois anos, a seleção brasileira de surfe tem se destacado, conquistando o bicampeonato no Pan-Americano da modalidade. Com esse histórico de sucesso, o surfe brasileiro está se preparando intensamente para as próximas Olimpíadas. Os Jogos contarão com quatro vagas para a modalidade, sendo duas na categoria masculina e duas na feminina. Além disso, caso a equipe brasileira conquiste o título no mundial, existe a possibilidade de garantir uma terceira vaga. O bom desempenho esportivo é fundamental para o Surfe, assim como “o ouro olímpico foi sensacional para angariar novos fãs e interessados no esporte”, de acordo com Fabiano Fisher, diretor Administrativo e Financeiro da Confederação Brasileira de Surfe.
A próxima audiência pública que debaterá a preparação para os Jogos de Paris 2024 acontecerá na quarta-feira, 5 de julho, às 15 horas. O evento contará com a presença das confederações do Boxe, da Esgrima, de Lutas e do Triatlo.
Confira na íntegra aqui .
Por Ascom/Cespo
Foto de Genilson Frazão - Ascom deputado Felipe Carreras
Honraria Manoel José Gomes Tubino 2021 - Dep. Felipe Carreras (PSB⁄PE) - Presidente da Comissão do Esporte
Para o presidente da Comissão do Esporte, deputado Felipe Carreras (PSB⁄PE), se houve uma profissão injustiçada durante a pandemia, foi a do profissional da Educação Física. Carreras citou dados da Organização Mundial da Saúde, que mostram que cada R$ 1 investido em Educação Física geraria uma economia de R$ 4 em despesas hospitalares, defendeu que a atividade física melhora a imunidade e o aspecto psicológico, e a importância da saúde preventiva, sobretudo na pandemia. “E vimos governantes abrindo outros estabelecimentos antes, sem deixar as academias voltarem, e sem deixar os profissionais da Educação Física voltarem a cuidar da saúde da população. Todos esses deputados que estão aqui foram guerreiros em seus estados, batalhando para corrigir essas injustiças“, afirmou.
“Cada um dos nossos colegas da Comissão do Esporte pode indicar homenageados, mas quero dizer que não foi fácil escolher! A política do Esporte é a mais barata e a mais efetiva de ser feita, mas não é possível de ser feita sem o profissional da Educação Física“, afirmou a deputada Celina Leão, integrante da Cespo e presidente da Comissão Especial do PL 1153 ⁄ 2019 – Reformulação da Lei Pelé.
A homenagem foi criada em 2015. A honraria tem o nome do professor e pesquisador Manoel José Gomes Tubino, que se dedicou à atividade física por mais de 40 anos. O conferencista considerava o esporte como um dos fenômenos socioculturais mais importantes desde o final do século 20.
Os homenageados são indicados pelos parlamentares que compõem o colegiado, de acordo com critérios estabelecidos em regulamento. Duas indicações foram feitas em nome de toda a Comissão, as de Jorge Steinhilber e de Yane Marques.
“Em nome do presidente do Confef, Claudio Boschi, quero cumprimentar a todos e dizer como estamos felizes, cumprimentar em nome de todos os agraciados, o professor Jorge Steinhilber, o nosso primeiro presidente“, disse o vice-presidente do Conselho Federal, Carlos Alberto Eilert, que também já foi agraciado com a Honraria Manoel Tubino. “Esse é um momento impar para quem recebe essa medalha, ser agraciado, ser reconhecido na área da Educação Física, na nossa profissão“, declarou.
Yane Marques, medalhista olímpica em pentatlo moderno, foi indicada para a Honraria por toda a Comissão do Esporte e falou em nome de todos os homenageados: “Aqui, cada um tem uma história de vida ligada ao esporte, à Educação Física. Como foi a vida de Manoel Tubino. Quem estudou Educação Física, leu Manoel Tubino. Isso é um fato. Deixa a gente muito feliz essa homenagem. Manoel Tubino acreditava no esporte como ferramenta de inclusão social, ele falava muito isso. E aqui eu falo como vítima do poder que o esporte tem de incluir, de socializar e de transformar a vida de uma pessoa que tem a oportunidade de viver o esporte com a intensidade que for. Fui atleta profissional, sou formada em Educação Física, sou gestora. E hoje eu pago essa dívida infinita que tenho com o esporte, que é de fazer com que outras pessoas tenham a mesma oportunidade. Agradeço em nome de todos os colegas e tenho certeza que todos vão guardar em um lugarzinho muito especial. E já vi que é uma medalha, medalha, do tipo que a gente ganha em competições mesmo! Do tipo que atleta gosta! “.
Confira a transmissão na íntegra na página da Comissão no Facebook: https://fb.watch/9Uu79_Uhg1/
Para ver fotos do evento, acesse o link: cd.leg.br/3btgXwF
Reynaldo Lima/Arquivo CESPO
Dirigentes e atletas apresentam planejamento das confederações para os próximos Jogos Olímpicos
Participaram da audiência: pelo badminton, a integrante da Comissão de Atletas, Fabiana da Silva, e o presidente da Confederação Brasileira de Badminton, Francisco Ferraz de Carvalho; pela ginástica, a presidente da Comissão de Atletas, Natalia Gaudio, o coordenador geral, Henrique Motta, e a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Maria Luciene Cacho Resende; pelo golfe, o membro da Comissão de Atletas, Pablo De La Rua (por web confederência), - o presidente da Confederação Brasileira de Golfe, Euclides Gusi não compareceu, mas justificou sua ausência; pelo tênis, o integrante da Comissão de Atletas, Ymanitu Geon da Silva, e o presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Rafael Westrupp; e pelo tênis de mesa, o membro da Comissão de Atletas, Alexandre Macieira Ank, o secretário-geral, Pablo Ribeiro, e o CEO da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, Geraldo Campestrini.
Educação Física
Uma política pública questionada durante a audiência foi a permissão para que o professor regente conduza as aulas de Educação Física, dispensando a presença do profissional com formação específica. A norma está prevista em resolução do Conselho Nacional de Educação (resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010) e vale para o 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. A crítica veio do vice-presidente da Comissão de Atletas da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, Alexandre Macieira Ank. Para ele, essa política tem impacto na formação de atletas, uma vez que o primeiro contato das crianças com o esporte acontece geralmente na escola.
“Se não incentivar prática esportiva para melhorar qualidade de vida, a mobilidade, a gente vai acabar perdendo as crianças para outras coisas, como celular, jogos, computador e a parte psicomotora fica bem afetada e prejudica a formação como pessoa. Como vai trabalhar esses meninos e dar condições para eles se não têm nos primeiros momentos contato com profissional adequado de educação física para desenvolver habilidades motoras e levar para o resto da vida toda? É a formação do cidadão e é um direito deles”, disse.
Massificação do esporte
A descoberta de talentos por meio da massificação do esporte nas escolas é uma estratégia da Confederação Brasileira de Badminton. Segundo o presidente, Francisco Ferraz, a entidade estimula a inclusão desse esporte nas escolas por meio da formação de professores escolares, da doação do material esportivo e do apoio a jogos escolares.
“Esporte barato, porque na escola, quando você trabalha turmas de badminton, consegue atender maior número de crianças do que outros esportes. 30, 35 ao mesmo tempo na quadra. Todo mundo fica feliz, não fica esperando para entrar. Temos Teresina (PI) que tem 30 escolas com badminton constantemente, cada uma com mil alunos. Pelo menos 30 mil praticantes”, observou.
Ginástica
O trabalho de base é estratégia também da Confederação Brasileira de Ginástica. O projeto Centro de Excelência Caixa Jovem Promessa de Ginástica atende mais de 1.500 crianças com atividades de ginástica artística e ginástica rítmica, em 15 unidades distribuídas pelas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul.
A Confederação Brasileira de Tênis apresentou, por sua vez, projeto que envolve a doação de cadeiras de rodas e a capacitação de professores para escolinhas de diversos estados com o objetivo de difundir essa modalidade paralímpica.
Presente e futuro
Ao comentar a atual situação do esporte no Brasil, o deputado Luiz Lima (PSL-RJ) revelou arrependimento por ter concordado com o fim do Ministério do Esporte. No governo Bolsonaro, a pasta passou a fazer parte do Ministério da Cidadania. Para Luiz Lima, é necessário haver no comando das políticas públicas do setor uma pessoa que viva 100% o esporte e que possa trabalhar com autonomia.
“A gente não pode ter medo de mudar. Se fez alguma mudança e identifica que ela não foi satisfatória para atingir o que esperava, não é vergonha mudar. O Ministério da Cidadania ficou muito grande. Eu como atleta olímpico, eu sendo ministro de um ministério que tem cultura e esporte juntos, vou olhar mais para o esporte, apesar de amar cultura. No caso da cidadania, tem um médico, com preocupação social muito grande e as políticas sociais são imensas e requerem tempo. Não é falta de vontade, mas de tempo para se dedicar a uma ação que não tem ligação tão forte”, observou Lima.
Com Agência Câmara/Verônica Lima
A Comissão do Esporte aprovou oito requerimentos na primeira reunião de votação de propostas. A condução dos trabalhos foi feita pelo novo presidente da Comissão do Esporte, Luiz Lima (PL/RJ) e pelo recém-eleito 3º vice-presidente, deputado Bandeira de Mello (PSB/RJ). Não houveram itens rejeitados.
O primeiro item em pauta, requerimento nº 1/2023, de autoria do deputado Dr. Luiz Ovando (PP/MS), que requer a “realização do VI Concurso de Artigos Científicos sobre Esporte da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados”. Este concurso é realizado desde 2017 e só não foi aplicado no ano de 2020 devido à pandemia de Coronavírus.
Os requerimentos nº 2/2023, de autoria do deputado Luiz Lima, e nº 3/2023, de autoria do deputado Delegado da Cunha (PP/SP) foram votados e aprovados em bloco por se tratarem do mesmo tema. Respectivamente, requerem “o envio de convite à Ministra do Esporte para comparecer à Comissão do Esporte e apresentar os planos de trabalho para 2023 e esta legislatura” e “que seja convidada a Ministra dos Esportes, Sra. Ana Moser, para apresentar os Planos e Programas do Ministério no quadriênio 2023/2026, perante essa Comissão do Esporte, da Câmara dos Deputados”. Ambos os deputados usaram da palavra.
Também de autoria do deputado do Delegado da Cunha, o requerimento nº4, no qual “requer a realização de Audiência Pública pela Comissão do Esporte, com os presidentes do Comitê Olímpico Brasileiro, Sr. Paulo Wanderley Teixeira, do Comitê Paralímpico Brasileiro, Sr. Misael Conrado, os medalhistas olímpicos Maurren Maggi (Atletismo), Hélia Rogério de Souza Pinto/Fofão (Vôlei), Flávio Canto (Judô), Diego Hipólito (Ginástica Artística), o medalhista paralímpico Antônio Tenório da Silva (Judô Paralímpico) e o Professor Doutor da Universidade de Campinas (UNICAMP) na área de Esportes, Leandro Mazzei, para o fim de apresentar e debater os Planos e Programas das entidades para 2023 com vistas às Olimpíadas e às Paralimpíadas de Paris, em 2024” também foi aprovado.
De autoria do deputado Otoni de Paula (MDB/RJ) o requerimento nº 5/2023 que “requer a realização de audiência pública com a finalidade de debater sobre a importância da neurociência na inclusão esportiva e lazer da pessoa com autismo e seus cuidadores” foi aprovado e contou com a subscrição do deputado Luciano Vieira (PL/RJ). De mesma autoria, também foi aprovado o requerimento nº 6/2023 que “requer a realização de audiência pública com a finalidade de debater sobre a importância dos esportes adaptados como relevante ferramenta na redução da evasão escolar dos PCDs e crianças com autismo” e contou com a subscrição dos deputados Luciano Vieira e Prof. Paulo Fernando (REPUBLICANOS/DF).
Por fim, os últimos requerimentos nº 7/2023 e nº 8/2023, ambos de autoria do deputado Bandeira de Mello. Respectivamente requerem a “criação da Subcomissão Especial para a Modernização do Futebol, no âmbito da Comissão do Esporte” e a “realização de audiência pública com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e os clubes esportivos para realizar um balanço das atividades e a aplicação de recursos, além de debater a formação de atletas e a preparação para o atual ciclo olímpico”.
A próxima reunião deliberativa foi marcada para a quarta-feira, 29, e contará com a presença da ministra do esporte, Ana Moser.
Por Ascom/Cespo
Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Balanço dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs). Sr. Antônio Hora Filho - Presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar; Dep. Fábio Mitidieri PSD-SE; Dep. Felício Laterça PSL-RJ
“Foi realmente um grande momento do Desporto Escolar brasileiro. Vi jovens tendo oportunidade que talvez não tenham mais em sua vida, disputar torneios em uma estrutura física jamais imaginada por um atleta infantil “, afirmou Mitidieri. Felício Laterça destacou o fato dos jogos escolares terem sido o evento mais importante a acontecer no Parque Olímpico desde as Olimpíadas do Rio 2016: “o governo federal não estava dando atenção ao chamado legado olímpico, que foi retomado com a realização dos JEB´s 2021”.
Antônio Hora Filho, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), detalhou como o evento foi organizado, os números totais de pessoas envolvidas e os pilares estratégicos que basearam a organização do JEB´s: representatividade nacional, democratização regional, equidade de gênero e desestímulo à hiper competitividade. Hora explicou a necessidade de incentivar a participação feminina no esporte: “Não podemos admitir que o Brasil tenha na sua maioria da população mulheres e as competições esportivas, quando nós vamos fazer os relatórios, a maioria de participação é sempre dos homens. Isso é impossível! Você pegar recursos públicos e destinar apenas para a minoria”.
Em seguida, explicou a estratégia da CBDE para melhorar a participação feminina: “Nós estabelecemos critérios técnicos, estimulamos os Estados e, pela primeira vez na história do esporte escolar nacional, nós tivemos um número de mulheres atletas maior do que o número de homens atletas”. Dos 5.114 estudantes-atletas, 2.563 eram meninas e 2.551 eram meninos, todos na faixa etária de 12 a 14 anos.
Realizado ainda durante a pandemia, não houve nenhum caso de Covid-19 registrado entre os quase 8 mil participantes do evento. “Quero parabenizar o Hora e todos os demais por essa ousadia, dessa retomada nesse momento de pandemia, de ainda pandemia. Fomos tachados de irresponsáveis. Nós estamos sendo ousados, com todos os cuidados e protocolos necessários”, disse Cristiano Barros Homem d'El Rei, diretor de Esportes da Secretaria de Esportes do Paraná, Estado que liderou o quadro de medalhas na competição e que já está se preparando para a edição de 2022.
Harlei Barroncas, técnico da dupla amazonense de vôlei de praia, destacou o caráter democrático dos JEBS ao mencionar o fato da CBDE fornecer as passagens aéreas a todas as delegações: “como atleta tive essa experiência horrível de me preparar e, chegando uma semana antes do evento, não poder ir porque não tinha passagem”.
A delegação do Tocantins precisou levar intérprete para auxiliar duas das onze estudantes-atletas de escolas indígenas, explicou Clay Marinângelo Miranda Rios, superintendente de Esportes, Juventude e Lazer da Secretaria da Educação, Juventudes daquele Estado. “Temos mais de 100 escolas indígenas. Fazemos questão que todas participem dos jogos internos. Esse ano nós tivemos a honra de levar essas meninas para o JEBS, elas foram as campeãs da fase estadual e elas foram a sensação lá no Rio de Janeiro” declarou o superintendente.
Antônio Hora destacou o papel do deputado Felício Laterça na realização dos jogos escolares. O parlamentar destinou R$ 11,3 milhões por meio de emenda ao Orçamento Geral da União para que os JEB´s pudessem acontecer em 2021. Vários convidados concordaram com a declaração do presidente da CBDE. Cristiano Barros Homem calculou o valor unitário desse investimento em R$ 120 por pessoa no evento. A CBDE agradeceu ainda emenda parlamentar no valor de R$ 700 mil destinada pela deputada Major Fabiana (PSL/RJ).
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL/AM), também participou da audiência e deu o exemplo pessoal de como o esporte o ajudou a superar a perda precoce do pai, que enfartou quando o parlamentar tinha apenas 12 anos. “Foi o esporte que salvou a minha vida, foi a dedicação na escola, a oportunidade que a escola me deu, foi no volleybal que encontrei o caminho para canalizar as minhas energias de adolescente, de jovem”, disse.
O deputado Luiz Lima (PSL/RJ), participando por meio de videoconferência, também destacou o caráter formativo do esporte: “Eu tive a oportunidade de participar de JEB´s, de JUB´s (Jogos Universitários Brasileiros), de ser campeão mundial universitário, de ser atleta olímpico. Sei muito bem como o esporte modifica a vida de uma pessoa, através de disciplina, de cultura, de conhecimento, de equilíbrio emocional”, declarou.
O momento de maior emoção da audiência foi a participação da estudante-atleta Nívea Vitória, estudante do Maranhão, participante do JEB´s 2021 na modalidade Atletismo. “Tenho um propósito na minha vida, é a minha mãe – chora não – meu pai está com um problema no coração, hipertensão pulmonar, precisa de um transplante”, disse a estudante, fazendo a mãe, Dona Madalena, chorar ainda mais no plenário da Comissão do Esporte. “Quando eu falo que o esporte mudou a minha vida, que o JEB´s mudou a minha vida, é porque vários convites vieram, os patrocinadores vieram. Quero agradecer à minha escola, à minha diretora, que ajudou minha mãe a me disciplinar... que eu era atentada”, completou, arrancando risos dos presentes.Além do vídeo de apresentação preparado pela CBDE, Nívea pediu que fosse exibido um vídeo curto, mostrando as condições do local onde treina: Nossa pista não tem o bloco, para sair, por isso que em muitas competições a gente não sai bem, não é pista de borracha, a gente não tem sapatilhas, não é um lugar adequado, até porque a pista é quadrada, a gente corre em pista redonda... (arrancou mais alguns risos dos presentes). Eu tô falando sério, a pista da gente é quadrada mesmo! Lá (no RJ) é o máximo, eu gostei pra caramba! ”.
A CBDE entregou uma medalha comemorativa dos JEB´s 2021 à Nívea pela participação nos jogos: “você compete, provas de rua, de fundo, de 10 mil, de 15 mil metros. Você foi se adaptar para provas de 2 mil metros para poder participar do JEB´s. Foi terceiro lugar na sua bateria, mas, como a final era por tempo, você não medalhou no JEB´s. Mas queremos dizer que, para gente, você é nossa campeã”, disse Antônio Hora.
Para conferir a íntegra da audiência, clique no link: cd.leg.br/3oTSVAM
Por Ascom Cespo
O projeto de lei tem por objetivo equilibrar os valores destinados a Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE) e a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU). De acordo com informações apresentadas pelo General Décio Brasil, atualmente, o esporte recebe um percentual total de 7,02% da arrecadação total das loterias. Esse montante equivale a R$ 1 bilhão de reais anualmente. A CBDE recebe 0,22% do total, enquanto a CBDU fica com uma fatia de 0,11%.
No entanto, como destacou o Secretário Especial do Esporte na sua apresentação, essa discussão precisa ser mais ampla. “Temos que incluir outras entidades organizadas de práticas esportivas que não estão alinhadas com o movimento olímpico ou paraolímpico. Para isso entendemos que precisamos resgatar o PL 6718/16, que contempla essas entidades não incluídas pela MP 846,” lembrou o Secretário.
O representante da Confederação Brasileira do Desporto Escolar, Luiz Delphino, lembrou da importância da união do segmento esportivo, que reverteu a retirada dos recursos destinados às entidades do esporte após a edição da MP 841 no ano passado. Delphino também ressaltou a importância do repasse direto dos recursos.
Nessa mesma linha, o presidente da CBDU, Luciano Cabral, chamou a atenção para o papel do esporte do universitário. No entanto, destacou as perdas que a entidade sofreu. “Após a alteração na destinação dos recursos das loterias com a edição da MP 846, a CBDU foi a única entidade que acabou perdendo recursos. A gente considera importante essa audiência para debater a aplicação dos recursos e buscar alternativas para recuperar os recursos destinados ao esporte universitário brasileiro, que tem o papel fundamental na formação dos atletas, da sociedade, assim como tem a o esporte escolar, o sistema olímpico, todo o sistema esportivo tem sua importância, demandas, necessidade”, explicou Luciano Cabral.
Reynaldo Lima/Arquivo CESPO
Dirigentes e atletas das novas modalidades olímpicas presentes na Comissão do Esporte
Participaram da audiência: pelo beisebol/softbol, o integrante da Comissão de Atletas, Felipe Manabo Hanada, e vice-presidente da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol, Estevão Sato; pela escalada, o integrante da Comissão de Atletas, Jean Lages Ouriques, e o vice-Presidente da Associação Brasileira de Escalada Esportiva, João Ricardo Gonçalves; pelo karatê, a integrante da Comissão de Atletas, Érica Carlas Castro dos Santos, e o presidente da Confederação Brasileira de Karatê, Luiz Carlos Cardoso do Nascimento; pelo skate, o integrante da Comissão de Atletas, Mário Jorge Hermani, e o presidente da Confederação Brasileira de Skate, Eduardo Musa; o integrante da Comissão de Atletas, Bruno Galini Ramos, e o presidente da Confederação Brasileira de Surf, Adalvo Nogueira Argolo.
Exceção feita ao beisebol/softbol, que fez parte do programa olímpico de de 1992 a 2008 e agora está de volta aos Jogos, todas as demais modalidades serão estreantes nos Jogos Olímpicos de 2020. Destaque para o skate e para o surfe, que hoje contam com atletas muito bem ranqueados entre os melhores do mundo e têm boas chances de trazer medalhas para o país. O karatê ficou em 5º lugar no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Lima em julho deste ano, mas ainda precisa passar pelas seletivas para ter atletas nos Jogos. “Apesar do crescimento da modalidade, o Brasil na escalada pode ser considerado uma zebra, ” comentou Jean Ourique, atleta da escalada, na sua exposição. O beisebol/softbol não conseguiu se classificar para a competição.
Próxima audiência
A Comissão de Esporte pretende ouvir os dirigentes e atletas de 33 confederações de esportes olímpicos até o fim do ano. A próxima audiência está confirmada para o dia 29/10 com as confederações de ciclismo, hipismo, levantamento de peso, tiro com arco e tiro esportivo.
Entre os requerimentos aprovados estão o do deputado Afonso Hamm (PP/RS) que "requer a realização de Mesa Redonda para promover discussão sobre o Projeto de Lei nº 409, de 2022, ‘que aprova o Plano Nacional do Desporto’, no âmbito da Comissão do Esporte", subscrito pelos deputados Felício Laterça (PP/RJ), Flávia Morais (PDT/GO) e Luiz Lima (PL/RJ). Além de outros dois do deputado Roberto Alves (REPUBLICANOS/SP), um que requer a discussão sobre a profissionalização do “olheiro desportivo” e outro sobre a pauta da proteção de Crianças e Adolescentes contra o assédio e abuso sexual nos esportes, subscrito pelos deputados Felício Laterça (PP/RJ) e Flávia Morais (PDT/GO).
Também foi aprovado o parecer favorável ao Projeto de Lei 150/2021, que "destina recursos de loterias e concursos de prognósticos para a Confederação Brasileira de Desporto de Surdos (CBDS)", relatado pelo deputado Julio Cesar Ribeiro (REPUBLICANOS/DF).
Além do parecer aprovado, houve o debate sobre o PL Nº 4.646/2019 que "altera a Lei n.º 10.891, 9 de julho de 2004, que Institui a Bolsa-Atleta, para permitir o benefício a atletas da categoria máster e similares". Nesse caso, o deputado Felício Laterça pediu vista, que foi concedida pelo presidente da Comissão.
Ao final da reunião, o presidente fez a convocação para a Mesa Redonda, que acontecerá em duas partes, uma nesta quinta-feira (05) e outra na terça-feira (10) da semana que vem.
Breno Barros - rededoesporte.gov.br
Atletas paralímpicos do Brasil conquistaram 72 medalhas nos jogos de Tóquio
Na próxima segunda-feira, 4 de outubro, a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados (Cespo) e o Senado Federal realizam sessão conjunta para homenagear os paratletas brasileiros pela campanha nos jogos de Tóquio. O evento será pelo plenário virtual do Senado e começa às 15h. A sessão atende a requerimentos do primeiro vice-presidente da Cespo, deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF), e dos senadores - e ex-atletas - Romário Faria (PL-RJ, futebol) e Leila Barros (Cidadania-DF, vôlei).
As paralimpíadas no Japão são consideradas um marco na história do Brasil nessa competição: 72 medalhas, sendo 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes, e a sétima posição no ranking geral de países que disputaram essa edição dos jogos. A delegação brasileira contou com 253 paratletas, que conquistaram 14 pódios dos 20 esportes que disputaram.
"Palavras como superação, atitude, garra, força, esperança, confiança, fé e principalmente perseverança fizeram com que os Jogos Paralímpicos transformassem-se no segundo maior evento do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos. A justa homenagem se dá em virtude da gana e vontade apresentada por todos os desportistas", declarou o deputado federal Julio Cesar Ribeiro.
*Por ascom Cespo
Foto de Genilson Frazão/Ascom deputado Felipe Carreras
Felipe Carreras: "Esporte tem papel fundamental na geração de emprego e renda no Brasil''
A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou todos os itens da pauta da reunião desta terça-feira, 24. Um deles foi o relatório do presidente da Cespo, deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), que votou favorável ao Projeto de Lei 7396/2017, na forma de substitutivo. A matéria, de autoria do deputado Alex Manente (Cidadania-SP), trata sobre a regulamentação da profissão de Executivo de Futebol*, e dá outras providências. Carreras inseriu no relatório que o exercício da profissão exigirá conclusão de curso de Gestão de Futebol, e curso de Formação de Executivos de Futebol. Segundo ele, o parecer assegura aos ex-treinadores e ex-atletas prazo alargado para a conclusão dos referidos cursos para que não corram o risco de ter a licença suspensa para realizar a atividade.
“A Comissão do Esporte faz história nessa terça com a aprovação do meu parecer, atendendo à importante apelo dos profissionais que atuam no desporto nacional, nesse caso no nosso futebol, que é a regulamentação de seu ofício. Na alteração que fizemos, buscamos privilegiar o conhecimento técnico mínimo para que o Executivo de Futebol exerça sua função com qualidade e, assim, eleve o nível da representação do setor no país, sem fazer exigências demasiadas”, justificou o federal pernambucano, ressaltando o papel do esporte na geração de emprego e renda para o Brasil.
Na reunião dessa tarde, foram três os requerimentos aprovados: de autoria do presidente da Cespo, o nº 46/2021 - realização de audiência pública conjunta com a Comissão Especial para Modernização da Lei Pelé (nº 9615/1998) - teve o pedido de inclusão do secretário executivo de Esportes de Pernambuco, Diego Pérez, nessa reunião. A próxima audiência pública conjunta está agendada para 2 de setembro. Os outros requerimentos aprovados foram o nº 45/2021 - realização de audiência pública (marcada para 20 de setembro) para apresentação do plano de realização dos Jogos Universitários Brasileiros de 2021; e o nº 47, sobre a realização de audiência pública para debater a edição 2021 dos Jogos Escolares Brasileiros.
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou complementação de voto ao PL 3856/2019: presença mínima de 30% de mulheres nos cargos de direção nas entidades beneficiadas por incentivos que tratam a Lei de Incentivo ao Esporte (nº 11438/2006). O parecer do parlamentar foi pela aprovação do PL, na forma de substitutivo: Vaz propôs a redução do percentual para 25% de presença mínima de mulheres nos cargos, e que as mesmas passem a integrar as diretorias a partir das novas formações desses quadros, não interferindo em composições já em vigência. Elias Vaz explicou que acatou sugestão do deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), também membro da Cespo, para a complementação de seu voto.
“Sabemos o quanto o autor do projeto, o deputado Aliel Machado (PSB-PR), e o relator trabalharam sobre o texto, tiveram muita paciência e habilidade para construir uma proposta que é extremamente importante para o avanço dos direitos das mulheres, que tem tanta capacidade quanto os homens de compor cargos de chefia, tomar decisões, fazer a gestão de recursos, e assumir outras funções de liderança. A Câmara cumpre, por meio da Comissão do Esporte, o papel de promover o empoderamento feminino”, afirmou o deputado Felipe Carreras.
O colegiado aprovou o parecer do PL 3196/2015, que propõe alteração na Lei Pelé para repassar percentual de direito de arena a entidade representativa dos árbitros. O relator, deputado Fábio Henrique (PDT-SE), votou pela aprovação integral da proposta, e defendeu a modernização da Lei Pelé visando atender aos pleitos dos profissionais que atuam no futebol.
“É justo o reconhecimento do papel dos árbitros no desporto. Muitas vezes, essa categoria precisa recorrer a atividades paralelas para complementar sua renda, então o projeto vem preencher essa lacuna, por meio da receita do direito de arena”, comentou o autor do PL, deputado federal André Figueiredo (PDT-CE).
De autoria do deputado Pedro Vilela (PSDB-AL), o PL 2118/2021 propõe alterar a Lei 9503/1994, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para revogar o Inciso I, Artigo 67, retirando a necessidade de autorização de confederações esportivas para a realização de provas ou competições esportivas em vias abertas à circulação. O relatório do deputado Luiz Lima (PSL-RJ) foi aprovado pelo colegiado. O federal do Rio de Janeiro também teve aprovado seu parecer, pela rejeição ao PL 5197/2020 - altera a Lei Pelé para estabelecer os direitos ao mando de campo das partidas - aprovado pelo colegiado. A Comissão do Esporte volta a se reunir na terça-feira, 31, às 13h.
*O Executivo de Futebol é o responsável pelo funcionamento do departamento de futebol de base e profissional, e representa o clube junto a entidades esportivas.
*Confira como foi a reunião da Cespo dessa terça no link - https://bit.ly/3ygwYQG
*Por Ascom Cespo - Patrícia Fahlbusch, DRT 051791
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Criação do Dia do Rei Pelé. Diretora - Hospital Pequeno Príncipe, Mara Cordeiro
O Projeto de Lei 3928/2023 estabelece o dia 19 de novembro, data em que o jogador marcou seu milésimo gol, em uma partida contra o Vasco, como Dia do Rei Pelé. A proposta, de autoria dos deputados Luciano Ducci (PSB/PR) e Felipe Carreras (PSB/PE), foi discutida em audiência pública da Comissão do Esporte nesta terça-feira (5). “Fico muito feliz com essa atitude dos deputados. Pelé dedicou o milésimo gol para as crianças pobres e foi alvo de críticas, como se fosse um demagogo. Vejam como estão as crianças pobres hoje”, disse Paulo Cézar Caju, jogador da seleção brasileira de 1970 e campeão mundial ao lado de Pelé, ao participar da audiência por videoconferência.
A atuação de Pelé fora dos campos em prol das crianças também foi mencionada pelos convidados como justificativa para a homenagem. José Álvaro Carneiro, diretor do Hospital Pequeno Príncipe, participou presencialmente do debate e explicou como foi a criação da parceria entre a instituição e o jogador: “Queríamos criar um instituto de pesquisa, mas não tínhamos recursos. Ele se aproxima em 2005, em um jantar, em clube de Curitiba. Nós inauguramos o Instituto em 2006 e, em maio de 2007, fechamos contrato de aprovação de uso global do uso do nome. Somos a única ong que pode usar o nome dele”. Em seguida, o diretor afirmou que a instituição já formou mais de cem mais de 100 mestres, doutores e pós-doutores, em um curso de pós-graduação avaliado com nota cinco pela Capes. “Nós atendemos cem mil crianças diferentes por ano, sendo que 60% dos atendimentos pelo SUS”, complementou Carneiro.
Felipe Carreras, parlamentar que solicitou a realização da audiência e conduziu a realização do debate, afirmou que pretende pedir ao Colégio de Líderes e ao presidente da Câmara urgência para a tramitação da proposta. “Vamos ver se conseguimos aprovar em plenário ainda este ano”, afirmou o deputado pernambucano.
Para Flávia Arantes do Nascimento, filha do jogador, a escolha de uma data nacional mostra o reconhecimento de o quanto ajudar o próximo é importante: “eu acredito no valor das pequenas coisas e no reconhecimento do que ele fez”.
De acordo com o deputado Luciano Ducci, um dos autores da proposta, a homenagem já foi adotada em nível municipal e estadual, tendo sido aprovada pela Câmara Municipal de Curitiba e pela Assembleia Legislativa do Paraná. “O Pelé fez muito como atleta, mas ele fez muito mais do que isso. Só entendendo o que ele fez quando ele dedicou o milésimo gol às crianças. Quando ele delegou ao Instituto Pequeno Príncipe o direito de usar o nome dele. O Pequeno Príncipe é hoje uma referência internacional em pesquisa. Tive a oportunidade de fazer quinto e sexto ano de Medicina lá. E foi lá que decidi fazer Pediatria”, disse o parlamentar.
Presente à audiência, o presidente da Comissão, deputado Luiz Lima (PL/RJ), disse ter conhecido o jogador em 1995, após os Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata: “São poucas as pessoas com a força do Pelé”.
Integrante da Comissão do Esporte, o deputado Professor Paulo Fernando (Republicanos/DF) elogiou a proposta e sugeriu que os Correios lancem um selo comemorativo tão logo a data seja criada. “Tenho uma quadra de selos de 69, do milésimo gol. Vou ofertar um para o Instituto Pequeno Príncipe; um para o deputado Luciano Ducci; um para o deputado Felipe Carreras; e não ofereço um para o presidente Luiz Lima para não ficar sem nenhum! Mas já sugiro aos Correios que editem um novo selo, comemorativo da nova data do Dia do Rei Pelé, para que tenhamos os dois selos”, sugeriu o parlamentar.