Página Inicial Notícias Excertos de declarações políticas na abertura da Sessão

Excertos de declarações políticas na abertura da Sessão

Os Deputados à Assembleia Nacional reuniram-se em plenário, no dia 15 de Abril, para a abertura da VI Sessão Legislativa que contou com o regresso dos deputados da Bancada Parlamentar do ADI, na oposição, A sessão foi marcada, como é da praxe, por intervenções dos representantes das bancadas parlamentares.

O PCD defende que a classe política dirigente deve dar atenção aos sinais oriundos da sociedade e que sugerem uma postura muito diferente daquela que se tem verificado até então.

Albertino Bragança, na sua alocução, seriou uma lista de graves problemas com que se confronta a sociedade santomense e conclui, que é urgente que se enverede pela via da adopção de um pacto de estabilidade, com o propósito de por termo a forte de conflitos que vem impedindo, que o País chegue ao porto desejado.

«É, pois, necessário que todos tenhamos como convicção que, salvaguardando embora a defesa dos nossos interesses específicos, não devemos continuar a alimentar um modelo de relacionamento político baseado no constante agravamento dos conflitos que nos dividem.»

A Bancada do PCD é de opinião que o início de uma nova legislatura deve constituir ocasião para uma «séria e desapaixonada reflexão sobre os polémicos acontecimentos que tiveram lugar no País, nos derradeiros meses do ano transacto, e que contribuíram para pôr, de certo modo, em causa a coesão do nosso tecido social.»

 Por seu turno, a Bancada Parlamentar do MLSTP/PSD, através do seu líder, acentuou o importante papel que a Assembleia Nacional deve desempenhar na instauração de um clima de tranquilidade.

O Deputado José Viegas disse que tem-se assistido, de forma paulatina, o regresso «da cultura de debate, baseada no conhecimento, que fomente ideias e não inimizades; que transmita valores e não insultos, que é uma forma baixa de fazer política.» Falou de mudança e, nesse âmbito, deu primazia a uma nova atitude da comunicação social para a consecução desse desiderato.

Mais adiante, o líder da Bancada Parlamentar dos sociais-democratas lançou o seguinte repto: «Estamos a retomar uma nova sessão parlamentar. Podíamos iniciar um novo ciclo de mais tolerância e de mais diálogo construtivo para o bem dos são-tomenses. Cada um de nós deve individualmente fazer esse esforço, é difícil, mas a maioria de nós está pronto a fazer mais sacrifícios para o bem da Nação. Vamos manter a nossa acção de controlo para ajudar a imprimir melhor dinamismo e mais eficácia a actividade governativa, como forma de promover o desenvolvimento do País e melhorar a vida dos cidadãos.

Para o exercício das funções de controlo das acções governativas pelo Parlamento, a Constituição e o Regimento interno da Assembleia Nacional constituem um conjunto de instrumentos específicos a funcionarem com a intervenção dos Deputados. Pode-se assim referir à aprovação do Programa do Governo, à aprovação do OGE, dos Planos de Desenvolvimento e das Contas do Estado, ao debate e votação das moções de censura e de confiança, as perguntas ao Governo e aos inquéritos parlamentares.»

 

Na óptica da Bancada Parlamentar do ADI, o País está a ser mal governado e rejeitou as acusações de que foram alvo mesmo numa das reuniões do Parlamento: «Fomos acusados de tudo, desde terroristas políticos até traficantes e consumidores de droga. É de lamentar esta situação e é pena que todas essas acusações ficam impunes, na medida em que os protagonistas destas acusações são sempre os mesmos e se aproveitam da imunidade parlamentar para as fazer, mostrando claramente uma atitude de cobardia.»

O Deputado e Líder Parlamentar do ADI reafirmou a posição do seu Partido de que não reconhece o actual Presidente da Assembleia Nacional, «pelos moldes em que ocorreram as eleições para o cargo, apesar de alguém ter dito que foi reconhecido pelo Tribunal Constitucional e pelas instâncias internacionais, fazendo referência a participação em dois eventos.

Não reconhecemos a actual Governo, por ser inconstitucional. Todo são-tomense sabe que o segundo partido mais votado é o MLSTP/PSD e não o UDD. De acordo com a Lei Eleitoral, caberia, nas circunstância, ao MLSTP/PSD liderar o Governo.»

O Deputado Idalécio Quaresma, no seu discurso, dirigiu críticas ao Presidente da República, tendo insistido que as eleições autárquica e regional sejam realizadas em Julho deste ano e caracterizando o actual Governo como sendo de «iniciativa presidencial».

Espírito Santo