A Comissão, criada pelo Governo, sob a égide do PNUD, incumbida de reflectir e auscultar a sociedade santomense, apresentou aos Deputados o Relatório de Desenvolvimento para S. Tomé e Príncipe, no dia 15 de Agosto.
No cômputo geral, os cidadãos aspiram a um Estado forte e uma democracia sólida. São de opinião que as instituições estão desarticuladas e aspiram a uma estabilidade política. Na óptica das populações, a corrupção tem sido um dos graves problemas para o desenvolvimento do País.
Está ainda patente no documento apresentado aos deputados que os cidadãos santomenses fazem apologia em dirigentes honestos e mais responsáveis. De igual modo, reclamam uma justiça funcional, independentemente das condições socioeconómicas das pessoas.
De um modo geral, os cidadãos falam da inexistência de uma cultura de trabalho, falta de uma administração pública dinâmica, por um lado, e pouca valorização de quadros técnicos nacionais. Nesse contexto, reclamam a adequada remuneração do trabalho.
Vêem a agricultura, incluindo a segurança alimentar e nutricional, como sendo o factor chave do desenvolvimento do País, mas não fizeram qualquer menção ao petróleo.
No domínio político, defendem que haja um poder regional e local mais efectivo e uma maior concertação e articulação entre os poderes.
Em suma, muitas opiniões convergiram no sentido de que S. Tomé e Príncipe necessita de uma sociedade civil responsável e forte que não se deixe levar pelas correntes políticas.
A Comissão, presidida por Filinto Costa Alegre, auscultou quase todo o tecido social, com a finalidade de se projectar o País, num horizonte temporal dos próximos 10 a 15 anos.
Espírito Santo