O Palácio dos Congressos, sede da Assembleia Nacional, acolheu a cerimónia de investidura de Dr. Manuel Pinto da Costa no cargo de Presidente da República, no dia 3 de Setembro.
Pinto da Costa, recorde-se, foi o vencedor da segunda volta das eleições presidenciais, realizada a 7 de Agosto, frente a Evaristo Carvalho, Presidente da Assembleia Nacional.
O acto de investidura decorreu na presença de altas personalidades, políticas, militares e religiosas nacionais, e nele estiveram de igual modo presentes os Chefes de Estado da Nigéria, de Cabo Verde e da Guiné Equatorial, dentre outras individualidades, em representação dos respectivos países.
Na sua alocução, Pinto da Costa reafirmou que será o Presidente de todos os santomenses, «daqueles que votaram em mim e dos que em consciência tiveram outras escolhas. Somos um povo que ao longo da sua história soube dar provas de estar à altura dos desafios que enfrenta e por isso, existem razões, mais que suficientes para afirmar com renovada esperança que, mais uma vez, saberemos encontrar as respostas que os actuais problemas do país exigem.» sublinhou.
O novo Chefe de Estado é de opinião que ao governo deve ser dada a possibilidade de cumprir o programa com que saiu das eleições: «Pela minha parte, tudo farei para contribuir através da magistratura de influência que cabe ao mais alto magistrado da nação, decorrente do quadro constitucional, para que a estabilidade finalmente se instale e seja duradoura no país».
Por sua vez, o Presidente da Assembleia Nacional enalteceu a relevância e a proliferação de regimes democráticos no mundo, «embora com alguns casos de forte resistência, fazendo com que os povos sejam decisores dos seus destinos.» No âmbito da cooperação institucional, Evaristo Carvalho frisou que o órgão que dirige irá manter com o Presidente da República, «uma cooperação sem reservas, correcta e modelar, consciente de que de tal atitude advirão vantagens para o País e consequentemente para o Povo.»
Pinto da Costa foi o primeiro Presidente da República de S. Tomé e Príncipe, logo após a independência do País em 1975, cargo que ocupou até l990, altura em que o País optou pela instauração do multipartidarismo.
Antes do último pleito eleitoral, note-se, já se havia candidatado às presidenciais por duas vezes, uma das quais, em1996, que resultou numa segunda volta com o ex Presidente Miguel Trovoada.