O Primeiro-Ministro manifestou a sua satisfação pela prontidão com que a Assembleia Nacional trabalhou na aprovação das Grandes Opções do Plano e do Orçamento Geral do Estado.
Para Patrice Trovoada, a inexistência de quaisquer intervenções finais à volta dos dois diplomas derivou, provavelmente, do facto dos deputados terem-nas esgotado, aquando das sessões precedentes. «Eu quero, primeiro, agradecer a celeridade com a qual o Parlamento trabalhou esses documentos na especialidade, o que nos permite, hoje, termos um instrumento importante da acção do Governo.
Eu creio que, este ano, houve um debate profundo, apurado, quer na generalidade, quer na especialidade e cabe à nos, agora, o Governo com esse instrumento começarmos a trabalhar.»
O Chefe do Executivo considera que a partir daí o que se afigura como primordial é a execução do Orçamento e a prestação de contas «…para o debate contraditório, e, estaremos sempre disponíveis.»
Respondendo à pergunta do jornalista quanto à actuação ou a postura dos Deputados durante os debates, Patrice Trovoada faz a seguinte leitura: « Eu creio que a situação financeira internacional é extremamente complicada. É uma situação difícil, em que nós todos estamos apreensivos em relação, enfim, à evolução, como é que S. Tomé e Príncipe poderá, país extremamente dependente, executar os seus planos: investimento e de funcionamento, no ano 2016.
Daí que eu creio que é uma atitude, talvez, de espectativa, de responsabilidade também, por parte de todos os actores políticos, face à situação internacional.
E o segundo aspecto, eu creio que o Governo explicou, quer durante o Estado da Nação, quer durante o debate, qual a situação real do país e que não dá muita margem para especulações ou politiquices.
Nós estamos no real, estamos num país com grandes dificuldades, com necessidades de reformas profundas, de quebrarmos alguns maus hábitos, de promover o país, de conseguirmos, sobretudo, apoios financeiros para podermos nos desenvolver.
Por isso, a agenda não é uma agenda fácil! Ela requer responsabilidade, trabalho e algum consenso também nacional. Se foi isso, de facto, que originou, digamos, esse clima relativamente apaziguado, eu acho que é positivo e isso ajuda o Governo também a trabalhar.», sublinhou.
Espírito Santo