O Presidente da Assembleia Nacional, ao proferir a sua alocução por ocasião do empossamento de Evaristo Carvalho para o cargo de Presidente da República, salientou que essa eleição traduz «uma nítida visão política que se reflete na necessidade de um virar de páginas da nossa história, dando deste modo a abertura para uma nova era rumo ao desenvolvimento que todos nós almejamos.
Aproveito aqui o ensejo para parabenizar as cidadãs e os cidadãos eleitores pela forma ordeira, calma e transparente como souberam, uma vez mais, dar provas de civismo, maturidade política, em atos dessa natureza.»
José Diogo recordou ao novo Chefe de Estado quão enorme é a responsabilidade que passaria a assumir: «Doravante, pesa sobre os seus ombros, como indubitavelmente deve reconhecer, a árdua e nobre função da defesa da Constituição da República, ser o garante da independência nacional e da unidade do Estado e, assegurar o regular funcionamento das instituições.
Estou profundamente convencido que Vossa Excelência, com experiências acumuladas, consubstanciada pela sua incontornável trajetória política e administrativa, saberá ser um bom árbitro e mediador, no exercício das suas atribuições constitucionalmente consagradas.
Por isso, não tenho margem de dúvidas de que a preferência do povo pela sua eleição reside, por um lado, na constatação clarividente da sua inabalável aspiração em servir o país, adicionadas às características que compõem a sua idoneidade.»
Por seu turno, o Presidente Evaristo Carvalho agradeceu a todos aqueles que depositaram nele a sua confiança «para a construção de um País próspero, mais justo, mais coeso, sem ódios e rancores. Para oferecer um futuro mais seguro à sua juventude.»
No discurso proferido logo depois da sua investidura ao cargo de mais Alto Magistrado da Nação, Evaristo Carvalho ressaltou o facto do acto ter decorrido na Praça da Independência, tendo sublinhado que «reveste-se de um simbolismo muito particular; pois foi nesta Praça de Independência que, em 12 de Julho de 1975, congregou milhares de santomenses unidos e esperançosos de verem os seus próprios filhos tomar conta dos seus próprios destinos.»
Rendeu homenagem ao seu antecessor, Manuel Pinto da Costa, e saudou a presença do ex-Presidente da República, Fradique de Menezes. «Grandes foram as desilusões e oportunidades desperdiçadas, mas grande também foram as conquistas, mormente ao nível académico e escolar.», pontuou.
Evaristo Carvalho, o quarto Presidente da República democraticamente eleito, disse que irá trabalhar no sentido de que haja o desenvolvimento económico, social e cultural, pela estabilidade política e um bom relacionamento institucional. «A minha única ambição ao terminar este mandato tem o seu início hoje; será de deixar um País mais organizado, mais moderno e desenvolvido, com homens e mulheres mais bem formados, mais felizes, vivendo na paz e na concórdia. Podem contar comigo!», frisou.
Espírito Santo