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Declaração final de Patrice Trovoada no Parlamento

O Primeiro Ministro e Chefe de Governo disse que a actuação das Bancadas de Oposição não o surpreenderam. Ao proceder a declaração-final, no termo dos trabalhos da  recente sessão plenária consagrada à discussão do Orçamento Retificativo, Patrice Trovoada sublinhou: «O debate não trouxe surpresas. Parte da oposição agiu como nos tem habituado, com o seu estilo, com algumas afirmações difamatórias e fantasistas e que ultrapassa até o foro político. A oposição agiu com o seu estilo e com os seus protagonistas habituais. O Governo respondeu aquilo que podia responder e esclareceu, como também, submeteu-se às críticas.

Como habitualmente, fomos servidos com contraverdades, países amigos foram enxovalhados, comprometendo a nossa imagem externa e, como era de esperar, a oposição não apresentou alternativas credíveis ao factor principal em torno do Orçamento Retificativo que é de termos que reduzir o défice até o nível de 1,8 por cento do PIB, fora do pagamento dos juros da dívida externa até ao final do ano. Não nos disse como contornar esta quase imposição do FMI, em reduzir as despesas gerais para o funcionamento e investimento, para que elas sejam cobertas pelas receitas, cujo nível, por sua vez, está muito baixo, fruto da conjuntura e dum paradoxo que reside na necessidade de oferecermos incentivos fiscais parra atrairmos investidores, incentivos em termos de importação para os bens que concorrem ao aumento da produção nacional, conter a inflação e muitas outras isenções.»

O Chefe do Executivo esperava da parte da oposição alguma contribuição, de como agir perante determinados factores: « A oposição não nos disse, como proceder à uma redução geral das despesas, aumentando as receitas, sem tocar em taxas ou impostos, num país que quase nada produz. Do mesmo modo, não nos disse, sem demagogia e demostrando, sobretudo, um verdadeiro conhecimento profundo da gestão de um Estado como o nosso e da amplitude dos seus compromissos e responsabilidades, o que priorizar, quando tudo é prioritário. A oposição opôs a tudo, como é habitual, e não contribuiu pela positiva e tentou alimentar por vezes, o medo e a revolta no seio da população. Estaremos à espera do debate na especialidade para ver se assistiremos alguma evolução e mudança de comportamento por parte da oposição.»

Os debates do Orçamento Retificativo, na especialidade, terão início nesta quinta-feira, 3 de Agosto, na sala do Plenário da Assembleia Nacional.

Espírito Santo