Rádio Câmara

20 de janeiro de 1999 marca o início da transmissão do sinal da Rádio Câmara. Criada pelo então presidente da Casa, Michel Temer, a emissora nasceu para transmitir ao vivo as sessões de plenário.

Com o tempo, a Rádio Câmara agregou jornalismo... programas culturais... programas sobre cidadania... campanhas de utilidade pública... e radionovelas educativas.

Mesmo após 20 anos, o principal objetivo da Rádio Câmara continua o mesmo: aproximar o cidadão do Parlamento.

O diferencial da Rádio Câmara é ir além da cobertura da mídia comercial, que - muitas vezes - se concentra só no que ocorre no plenário Ulisses Guimarães.

A Câmara tem 25 comissões permanentes, 513 deputados federais e uma infinidade de temas discutidos diariamente.
Este é o alvo da cobertura da Câmara, aliada com o imediatismo do rádio.

Para a diretora da Rádio e TV Câmara, Alessandra Anselmo, o jornalismo é a vocação da emissora.

Alessandra Anselmo: "Olha, sem sombra de dúvida, quem escuta a Rádio Câmara sabe que o jornalismo é o forte da emissora. A qualidade das matérias produzidas pelos repórteres da Rádio, pelos editores da Rádio, é muito alta. A Rádio Câmara tem a vocação do jornalismo, na minha opinião. Quem escuta as reportagens produzidas pela equipe consegue entender os assuntos que estão sendo discutidos aqui, na Câmara. Consegue entender as discussões que estão acontecendo aqui, na Câmara. Consegue ter um panorama do que mais quente está acontecendo na Câmara naquele dia, naquele momento. A pluralidade das opiniões manifesta no jornalismo da emissora é riquíssima. Permite que o ouvinte estabeleça, ele mesmo, a sua opinião sobre um assunto."

O editor-chefe, Aprígio Nogueira, destaca os três critérios principais do jornalismo da Rádio Câmara:

Aprígio Nogueira: "Primeiro é o rigor na informação. Somos uma fonte primária de notícias e temos de ser bastante rigorosos porque um erro pode tomar uma dimensão muito grande. O segundo é a pluralidade. Ou seja: a gente procura sempre ouvir todos os lados envolvidos em tudo que a gente faz aqui - não só entre os deputados, os que são contra, os que são a favor, como também com quem vai ser afetado por um projeto que está sendo apreciado na Casa: categorias profissionais ou outro tipo de pessoa ou qualquer um que possa ser afetado por um projeto que venha a ser aprovado aqui. E o terceiro critério é a neutralidade. Ou seja: a gente não emite opinião. A opinião quem tem é o ouvinte. Ele escuta nossas matérias, nossos programas jornalísticos. Ele escuta os deputados contra e a favor de determinados projetos, audiências públicas de que estamos tratando, enfim, e ele tira as suas próprias conclusões."

Para o jornalista Edson Júnior, apresentador do jornal "Painel Eletrônico", a palavra-chave da cobertura jornalística da Rádio é equilíbrio.

Edson Júnior: "Eu acho que, como manda o princípio básico do Jornalismo, uma coisa muito importante aqui, na Rádio Câmara, é a gente ter o equilíbrio das informações. E num momento de polarização política que nós estamos vivendo hoje, isso é muito importante. Você tem governo, você tem oposição. Você tem partidos de direita, partidos de esquerda. Então, o equilíbrio, você ter a informação isenta, é sempre muito importante. Na Rádio Câmara, a gente tem não só espaço para isso, como isso é o nosso dever. A gente consegue cumprir, aqui dentro, aquilo que a gente aprendeu até na faculdade mesmo, como um dos pilares do Jornalismo, que é uma informação isenta, equilibrada, que atende a todos os lados da informação e que realmente dê ao ouvinte o subsídio para que ele forme a sua opinião."

Já o coordenador de programação da Rádio Câmara, Márcio Achilles Sardi, destaca que a produção vai além dos noticiários.

Márcio Achilles Sardi: "Além do nosso jornalismo diário, a Rádio Câmara também tem vários produtos especiais, empacotados em forma de programas. Qual é a importância desses programas? Além da cobertura diária, esses programas especiais - eu vou citar alguns: "15 Minutos de Cidadania", '"Coisas do Brasil", "De Olho nas Comissões", "Resumo das Comissões", "Jogo Rápido" - procuram aprofundar um pouco mais as discussões legislativas aqui, na Câmara dos Deputados. Às vezes, numa matéria sobre um determinado assunto que foi votado aqui, não é possível destrinchar tudo o que o tema representa. Então, estes programas buscam aprofundar mais um pouco sobre o que os deputados estão discutindo aqui, de interesse da sociedade."

A música - O Guarani, de Carlos Gomes - é conhecida de todos os brasileiros. O programa "A Voz do Brasil" também. Ele existe há mais de 70 anos e é um dos principais canais de comunicação do Parlamento com a população.

Diariamente, 20 minutos da Voz do Brasil - que inclui Executivo, Judiciário e Legislativo- são dedicados à Câmara dos Deputados.

A subeditora da VOZ, Luciana Vieira, ressalta que o programa chega aos rincões do país.

Luciana Vieira: "Apesar de contarmos hoje com vários meios de comunicação, principalmente as redes sociais, o rádio ainda tem um alcance muito grande. E chega aos rincões do país, aqueles lugares mais remotos, ao interior do interior, onde a internet ainda não chega. E a Voz do Brasil é importante porque dá oportunidade ao ouvinte de acompanhar a atuação do seu parlamentar. Pelo programa, o eleitor pode acompanhar os projetos que o deputado, que a deputada apresenta, as bandeiras que defende, as causas que acredita, a posição política que adota. A Voz do Brasil também divulga as informações institucionais da Câmara, traz o resultado das votações que acontecem nas comissões da Casa e também no Plenário. Então, o cidadão, ao ouvir a Voz do Brasil, tem a chance de acompanhar a atuação do seu parlamentar e, a partir daí, ter uma participação mais direta no próprio processo legislativo."

Luciana Vieira destaca que a "Voz do Brasil" é, muitas vezes, a única fonte de informação jornalística em lugares remotos do país.

Programas culturais e música de qualidade também são marcas registradas da Rádio Câmara. Confira no segundo capítulo da reportagem.