10/07/2019 21:47 - Trabalho
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a votação da reforma da Previdência foi histórica e defendeu o protagonismo do Parlamento no fortalecimento da democracia. O texto-base da reforma foi aprovado com 379 votos favoráveis. Em discurso no Plenário antes do anúncio do resultado, Maia afirmou que o Congresso e o STF têm sido atacados de forma exagerada e ressaltou que ninguém investe em um País que ataca suas instituições. Rodrigo Maia ressaltou que as mudanças no Brasil passam pelo Parlamento e que a solução para os problemas passa, necessariamente, pela política.
“Nossos líderes são desrespeitados, são criticados de forma equivocada, mas são esses líderes que estão fazendo as mudanças no Brasil. O “centrão”, que ninguém sabe o que é, mas é do mal, mas é o “centrão” que está fazendo a reforma da Previdência. E tenho orgulho de presidir a Câmara e ter a confiança dos líderes, mas, principalmente, de cada um dos líderes e não só do que pensam como eu penso, mas dos que pensam diferente do que eu penso. Acho que é essa relação de confiança que faz o Parlamento hoje ter um protagonismo que não tem há muitos anos”.
Segundo Rodrigo Maia, a reforma vai combater privilégios e o sistema deficitário da Previdência Social. Ele reforçou a necessidade de reorganizar as despesas públicas brasileiras.
“O Estado brasileiro gasta oitenta por cento de tudo o que se arrecada com pessoal e Previdência. O México gasta 45%, o Chile gasta 43%, os EUA gastam 70%. Então, tem alguma coisa errada no gasto público brasileiro”.
Maia defendeu maior eficiência no setor público e disse ainda que a reforma tributária vai simplificar a tributação no País para garantir mais investimentos.
“Acabaram as carreiras, todos entram ganhando quase no teto de serviço público. Os salários no setor público são 67% maiores que o seu equivalente no setor privado, com estabilidade e pouca produtividade. E é isso que a gente precisa combater, e é esse desafio o que nós precisamos enfrentar”.
A reforma da Previdência foi aprovada como saiu da comissão especial, com novas regras para aposentadoria e pensões. Mas o texto ainda pode mudar, porque falta analisar destaques, que são modificações propostas pelos partidos.
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