02/07/2019 18:01 - Saúde
02/07/2019 18:01 - Saúde
A população brasileira tem hoje acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Quase 180 milhões de brasileiros convivem em um ambiente de saúde pública com ocorrência reduzida de mortes por doenças evitáveis com vacinação (imunopreveníveis), segundo dados do Ministério da Saúde.
Mas a ampliação de movimentos antivacina, que ganham cada vez mais espaço, tem preocupado organizações de saúde do mundo todo. E, nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde alerta que não foi possível atingir a meta de ter 95% da população-alvo vacinada no Brasil.
O movimento antivacina acredita, por meio de notícias falsas, que vacinas podem causar doenças ou trazer reações adversas, o que é descartado pelo Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, demonstrou resultados do programa e analisou, junto aos parlamentares, a atual situação da imunização dos brasileiros, em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família (nesta terça-feira 2). Para o ministro, os pais e responsáveis que entraram em um movimento antivacina, precisam tomar consciência dos perigos de não se vacinar.
"As mães e os pais jovens não sabem o que é a gravidade da pólio, não sabem o que é a gravidade do sarampo, não têm essa memória".
De acordo com a representante do Programa Nacional de Imunizações, Franciele Fantinato, algumas possíveis causas da queda da vacinação no Brasil são o desconhecimento dos benefícios das vacinas, os horários das unidades básicas de saúde que são incompatíveis com as novas rotinas de trabalho, e fake news espalhadas em grupos com campanhas antivacinas.
O Brasil conta atualmente com mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo território nacional, que aplicam por ano 300 mil imunobiológicos. Entre eles estão 27 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas, que são anticorpos sintéticos. Segundo Franciele Fantinato, o programa atende a toda a população, sem distinção de qualquer natureza.
"Está contemplado no nosso calendário a criança, o adolescente, o adulto, os idosos, as gestantes e os povos indígenas. Então, toda população pode ser beneficiada com a vacinação. Ainda atendemos grupos especiais pelo CRIE, que é o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, onde se trabalha com pessoas que vivem com HIV, com tratamento de câncer".
O deputado Pedro Westphalen, do PP do Rio Grande do Sul, que solicitou a audiência, destacou que é importante acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Imunizações, ainda mais com casos isolados de doenças que podem voltar ao País, como o surto de sarampo que aconteceu este ano.
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