Radioagência

Crise na produção de café é discutida em frente parlamentar. A Frente Parlamentar do Café vai intermediar demandas dos cafeicultores com o governo federal. Nesta terça-feira (07) os deputados ouviram cafeicultores de diversas regiões do país, buscando sugestões do que pode ser feito a curto, médio e longo prazo para melhorar a renda de produção no Brasil.

O presidente da frente parlamentar Emidinho Madeira, do PSB de Minas Gerais, explicou como a baixa renda dos cafeicultores nas últimas safras tem afetado o setor:

"A questão é o preço mínimo do café, que hoje o pessoal está vendendo um café muito abaixo do preço de produção. O custo para produzir uma safra de café aumentou muito. O adubo que você comprava uma tonelada por mil, mil e pouco reais, hoje é dois mil reais. Você vendia um café a 500 reais. Hoje você paga dois mil reais em uma tonelada de adubo e vendendo um café a 350 reais não vai sobreviver."

A frente convidou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Newton Araújo, para apresentar demandas dos cafeicultores e discutir o preço mínimo de compra para o produto. Araújo disse que o maior desafio está sendo a falta de comunicação entre os cafeicultores e a Conab.

"É encontrar efetivamente os representantes do setor para que nos repassem as informações acertadas para que a gente forneça subsídios para estabelecimento de política públicas. O grande desafio da Conab são informações e inteligência estratégica."

Como medidas para amenizar os prejuízos e subir a economia do setor, a secretária da Agricultura de Minas Gerais, Ana Maria Valentina, explica que é preciso buscar um aumento nos lucros da produção.

"Nós precisamos trabalhar na produtividade, levar assistência técnica do produtor que é uma questão que está muito abandonada no país todo. Nós temos nossas empresas estaduais de assistência técnica muito debilitadas, desgastadas em todo o país. Nós precisamos também buscar recursos para assistência técnica, para que o produtor rural possa ter mais produtividade e produzir com mais qualidade e assim conseguir melhor assistência rural."

Os integrantes da frente parlamentar devem reunir as demandas dos cafeicultores em um documento, focado na safra de 2019, que será apresentado ao Ministério da Agricultura pelos próprios deputados.