22/03/2019 14:19 - Trabalho
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O líder do PSL na Câmara dos Deputados, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), pediu nesta quinta-feira (21) ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), o adiamento da indicação do nome do relator da reforma da Previdência dos civis (PEC 6/19).
Segundo Waldir, Francischini ouviu não só dele, mas também de outros líderes partidários, questionamentos sobre o tratamento diferenciado dado pelo governo federal às reformas da Previdência de civis em relação ao sistema dos militares. Ele disse que a economia de receitas caiu em relação ao anunciado por causa de aumentos salariais e que algumas regras não seriam justas. Para Delegado Waldir, o ministro da Economia, Paulo Guedes, precisa explicar as mudanças. E citou um exemplo da área militar:
"Com 35 anos de serviço, se ele começar trabalhando aos 18, com 53 anos ele vai se aposentar; enquanto um trabalhador comum, jornalista ou qualquer outro profissional vai se aposentar com 65. Tem que explicar como faz essa mágica de explicar isso. Se ele explicar essa mágica, a gente defende a proposta."
O PSL é o partido do presidente Jair Bolsonaro e o deputado Delegado Waldir afirma que os votos do partido serão favoráveis à reforma. Mas reiterou que ela tem que ser melhor explicada pelo governo. E usou a expressão "descascar o abacaxi":
"O Parlamento é uma casa independente. Nós não somos subordinados ao ministro da Economia, ao presidente da República. Nós somos parlamentares independentes e nós temos que cuidar primeiro do cidadão brasileiro, do nosso mandato. Nós somos fiscais do cidadão. Quem está nas redes sociais neste momento respondendo as provocações e os questionamentos é o parlamentar, não é o Executivo."
O deputado disse ainda que os aumentos de despesas previstos na proposta dos militares vêm em um momento em que o governo anuncia um contingenciamento de R$ 30 bilhões no Orçamento.
Em transmissão nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que a reestruturação da carreira militar corrige uma redução de direitos ocorrida em 2001.
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