19/02/2019 19:08 - Segurança
19/02/2019 19:08 - Segurança
O pacote anticrime e anticorrupção apresentado ao Congresso, nesta terça-feira (19), por uma comitiva de ministros do presidente Jair Bolsonaro será o primeiro objeto de trabalho da Frente Ética Contra a Corrupção (FECC) - frente parlamentar mista que reúne 215 deputados e 6 senadores de 24 partidos.
A frente, que ainda será lançada oficialmente no dia 13 de março, definiu que a análise do pacote anticorrupção é uma demanda emergencial e merece atenção prioritária nos próximos meses. Integrante do grupo, o deputado Felipe Rigoni, do PSB do Espírito Santo, explica por quê.
"Foi ideia de todos nós. O pacote chega hoje (19) na Câmara e, como a nossa frente é pela ética e combate à corrupção, a gente precisa se debruçar sobre esse assunto. Ele [pacote do Executivo] não trata só de corrupção, trata de crimes violentos e do crime organizado, mas o crime de corrupção está ligado a esses outros dois crimes."
A presidente da Frente Ética Contra a Corrupção, deputada Adriana Ventura, do Partido Novo de São Paulo, informou que, além de analisar as alterações legislativas sugeridas por Moro, a frente atuará com três eixos: fiscalização, legislação e educação.
Segundo ela, a fiscalização terá como foco garantir transparência, eficiência e integridade na gestão de recursos públicos. Já o eixo legislação deverá se concentrar na análise das 70 propostas legislativas anticorrupção, que integram um documento produzido por 373 instituições brasileiras, como a Transparência Internacional, o Instituto Ethos, o Observatório Social do Brasil, entre outros. Por fim, o eixo educação será voltado a palestras e campanhas ligadas ao combate à corrupção.
"Nós trabalhamos com legislar, fiscalizar e com educar, porque a gente quer fazer palestras e várias coisas que sejam educativas, para prevenir, não para punir. A corrupção é um mal invisível, é um crime invisível e o Brasil precisa lutar contra isso".
A data de lançamento da Frente Ética Contra a Corrupção foi sugerida por uma das integrantes da frente, deputada Carla Zambelli, do PSL de São Paulo. Líder do movimento #NasRuas, a deputada lembrou que a data marcará os três anos da maior manifestação popular da história do País. Em 13 de março de 2016, cerca de 3 milhões de pessoas, distribuídas por 250 cidades brasileiras, foram às ruas para defender a operação Lava Jato e protestar contra o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
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