01/01/2019 07:00 - Política
01/01/2019 07:00 - Política
A posse de um presidente da República no Brasil é acompanhada de momentos de pompa e tradição. A começar pelos Dragões da Independência, que acompanham os novos presidentes durante grande parte do percurso da posse. Essa história vem lá do Brasil Colonial, quando foi criado o Primeiro Regimento de Cavalaria de Guarda, no Rio de Janeiro. A partir da chegada da família real portuguesa, em 1808, o regimento foi reorganizado e passou a se chamar Imperial Guarda de Honra, depois da independência do Brasil, em 1822. Posteriormente foi rebatizado de Dragões da Independência. O filósofo e historiador Estevão Martins explica o simbolismo em torno dos dragões.
"O dragão é uma figura honorifica e mítica, que representa aquele que guarda o mais importante dos segredos. Mas também há o grifo que também representa uma figura mítica que defende com unhas, dentes e fogo a honra, o mais importante dos segredos ou a mais alta das autoridades".
Outro momento tradicional da posse acontece quando o presidente passa a tropa em revista, logo após discursar no Congresso Nacional. Isso também vem de muito longe: sempre foi uma prática adotada por reis e comandantes militares para demonstrar confiança em sua tropa, que, por sua vez, retribui com lealdade.
"No caso específico da autoridade máxima, a tropa mostra o seu respeito e a sua obediência àquele ou àquela que está sendo investido ou investida na função máxima da República".
E os 21 tiros de canhão disparados para saudar o presidente da República? Os historiadores dizem que essa tradição vem da época do surgimento dos canhões, na Idade Moderna, e passava o recado de que a tropa estava em missão de paz. O historiador Estevão Martins também explica outro momento de pompa na posse presidencial: o desfile do novo chefe de governo e de Estado em carro aberto.
"A tradição do desfile de uma autoridade costuma convidar o povo a conhecer a pessoa, vê-la e poder eventualmente aplaudi-la e, em alguns casos, até apupá-la".
Os desfiles em carro aberto não ocorreram durante a ditadura militar. A tradição foi retomada a partir da redemocratização do país.
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