09/05/2018 13:14 - Economia
09/05/2018 13:14 - Economia
Empresas tradicionais de fretes, de entregas de mercadorias, e de aluguel de veículos esperam que os intermediadores de bens e serviços por meio de aplicativos de celulares possam atuar em conjunto para dinamizar a economia do País.
Os dois ramos defenderam o equilíbrio entre os processos tradicionais da economia e as novas tecnologias. Essa preocupação foi explicitada durante audiência pública, nesta terça-feira (8), da Comissão Especial do Marco Regulatório da Economia Colaborativa.
Presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), Paulo Miguel Jr. afirmou que, no início, os aplicativos provocaram uma queda na demanda pelo aluguel de veículos. No entanto, depois houve um ajuste no setor, pois os motoristas que utilizam seus veículos como meio de vida passaram a se valer das locadoras. Ele espera que a regulação do setor seja benéfica para as duas partes:
"As tecnologias novas são disruptivas, mudam totalmente o parâmetro utilizado hoje, criam novas situações, e é necessário que a legislação acompanhe essa evolução e esteja preparada de forma a não desabrigar quem já está no sistema. Nós temos que manter o equilíbrio entre o passado e o futuro, principalmente na área econômica."
Assessora jurídica da Associação Nacional de Empresas de Aluguel de Veículos e Gestão de Frota, Luísa Carneiro também defende a união de interesses entre as economias tradicional e colaborativa:
"Esperamos dessa regulamentação que ela permita primeiro a modernização, a evolução tecnológica e, no âmbito da mobilidade urbana, que permita a união de players importantes em prol da mobilidade, como os aplicativos, as empresas locadoras e os motoristas, para conseguir que eles continuem gerando renda e atendendo bem a população."
Ricardo Altmann, da empresa TruckPad, aplicativo que reúne caminhoneiros e empresas que movimentam cargas por todo o País, acredita numa regulamentação que acompanhe os novos tempos:
"Então, eu acho que é interessante que o debate esteja próximo entre quem está fazendo regulamentação e os usuários e desenvolvedores, para que a gente não deixe o Brasil fora disso que vai acontecer e está acontecendo no mundo inteiro, mas ao mesmo tempo a gente defenda a questão de que seja feita de forma ética, que tenha regulamentação para pagar imposto e assim por diante."
A Comissão Especial da Economia Colaborativa foi instalada em agosto do ano passado e já fez oito audiências públicas. Uma nova audiência da comissão ocorrerá na próxima terça-feira (15) para discutir o compartilhamento de bens e serviços.
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