15/02/2018 16:34 - Relações Exteriores
15/02/2018 16:34 - Relações Exteriores
O presidente Michel Temer deverá editar nos próximos dias uma medida provisória instituindo estado de emergência social em Roraima, causado pela entrada em massa de venezuelanos no país através da fronteira com o estado brasileiro.
De acordo com anúncio feito pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, as Forças Armadas vão coordenar o apoio às questões humanitárias envolvendo os migrantes que vêm ao Brasil para fugir da crise em seu país natal.
Jungmann disse ainda que parte dos venezuelanos que atualmente residem em Roraima serão redistribuídos a outros estados a partir do mês que vem.
Para o deputado Orlando Silva, do PCdoB de São Paulo, relator na Câmara da nova Lei de Migração (13.445/17), o governo precisa resolver o problema rapidamente, de forma a desafogar o estado de Roraima sem deixar de prestar auxílio aos vizinhos sul-americanos.
"O governo brasileiro deve agir com muito critério, reconhecendo a necessidade de ajudar o país vizinho num momento de muita dificuldade, mas cuidar pra que não haja maiores sacrifícios à população do estado de Roraima."
Estimativas da prefeitura de Boa Vista apontam que cerca de 40 mil venezuelanos moram atualmente na cidade. Segundo a Polícia Federal, só no ano passado 16 mil venezuelanos entraram com pedido de refúgio em Roraima.
Segundo o deputado Remídio Monai, representante do estado pelo PR, os números podem ser bem maiores.
"40 mil são os dados oficiais. A fronteira com a Venezuela é uma fronteira seca; então, principalmente os indígenas estão passando a pé e eles não passam pela triagem da Polícia Federal. Estão passando em quantidade que aqui tem mais de 60, 70 mil pessoas."
Para Monai, a solução passa pela redistribuição dos migrantes e até mesmo pelo fechamento temporário da fronteira, opção considerada absurda e xenófoba por Orlando Silva.
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