15/08/2017 21:00 - Política
15/08/2017 21:00 - Política
O “distritão”, sistema eleitoral que fixa o voto majoritário para deputados federais e estaduais, em 2018, e vereadores, em 2020, não tem consenso na Câmara. Neste novo sistema, é eleito quem recebe mais votos, ao contrário do modelo atual, o proporcional, no qual para ser eleito, o candidato conta com os seus votos e com aqueles dados ao partido ou à coligação.
Uma frente parlamentar contra o modelo do “distritão” foi criada por diversos partidos da oposição e da base do governo. O líder do PPS, deputado Arnaldo Jordy (PA), é um dos parlamentares contrários a esse sistema.
"Seria uma insanidade do Congresso Nacional apostar num dos poucos cenários em que pode piorar o sistema de representação já combalido e rejeitado, poucos cenários que pode piorar é o “distritão”, que aliás só tem em dois ou três lugares no mundo, além do Afeganistão, a gente está desprezando o mundo moderno".
Diversas entidades e movimentos também têm se posicionado contra o modelo do “distritão”. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, afirmou que não tem sentido criar uma transição para 2018.
"Só não entendemos que tenha uma transição com esse tal de “distritão”, porque depois que ele for implantado acho que dificilmente eles vão querer implantar o distrital misto porque o “distritão” é uma negociação fechada de nomes conhecidos".
Mas há quem concorde com a mudança. O líder do DEM, deputado Efraim Filho (PB), defende o modelo:
"Acredito que o modelo de entregar ao cidadão a decisão sobre quem permanece na política e quem ele vai afastar nas urnas é a mais democrática que existe, e o modelo que está sendo proposto majoritário trata dessa forma. Caberá ao cidadão a palavra final, escolher quem o representa sem que seu voto seja aproveitado em negociata de partidos, de legendas que infelizmente isso que representa as coligações nos dias atuais".
Para que o substitutivo da Reforma Política (PEC 77/03) comece a ser discutido em Plenário é preciso que seja cumprido o interstício de duas sessões da Câmara.
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