10/05/2017 20:07 - Educação
10/05/2017 20:07 - Educação
Vereadores presentes à audiência pública sobre o projeto Escola sem Partido afirmaram, na última terça-feira, que o texto reforça a Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. Eles participaram de debate promovido pela comissão especial que analisa a proposta (PL 7180/14)
Fernando Holiday, vereador por São Paulo e coordenador do Movimento Brasil Livre, disse que quando ainda cursava o ensino médio sofreu perseguição de professores por causa de divergências de pensamento. A maioria dos docentes, afirmou, tentava doutriná-lo.
"Havia aqueles professores que concordavam comigo. Mas esses não ousavam dizer no diretor, nem na frente dos respectivos colegas porque também seriam coagidos."
Segundo Holiday, o Escola sem Partido garante aos alunos a liberdade de pensamento político e religioso, direitos que já estão na Constituição.
"Nós não estamos propondo sair invadindo sala de aula, prender professor ou exonerá-los, por conta de seus posicionamentos; pelo contrário. Nós queremos que eles possam colocar suas opiniões, mas também respeitar e garantir que os alunos possam expor seus pensamentos e não serem conduzidos a uma determinada posição por conta do professor."
Alexandre Aleluia, vereador por Salvador, criticou a eventual doutrinação de professores a alunos não só em pensamentos políticos, mas também em questões religiosas e sociais.
"E tem acontecido isso, paulatinamente, nas salas de aula, professores atacando as orientações, os ensinamentos morais, as noções religiosas, familiares e isso é uma tragédia muito maior do que tirar notas baixas em português e matemática."
Na opinião do deputado Eduardo Bolsonaro, do PSC de São Paulo, o projeto pode sanar essa questão, pois abrange o pluralismo de ideias.
"O professor não colocaria aos alunos apenas uma corrente de pensamento, mas sim todas as possíveis. Caberia ao aluno escolher. E caberia aos pais educá-los de acordo com suas convicções éticas, morais e religiosas."
O relator na comissão especial do projeto conhecido como Escola sem Partido, deputado Flavinho, do PSB paulista, criticou a ausência no debate de deputados e representantes de entidades contrários à proposta.
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