27/04/2017 17:07 - Trabalho
27/04/2017 17:07 - Trabalho
Apesar das quase 14 horas de votação, com uma forte obstrução e manifestações contrárias à Reforma Trabalhista feitas pela oposição, o governo aprovou a proposta e o resultado foi comemorado pelo presidente Rodrigo Maia. O presidente afirmou que o governo reorganizou sua base na Câmara ao aprovar a reforma trabalhista na madrugada desta quinta-feira (26), com 296 votos.
Maia explicou que o governo, nas últimas semanas, enfrentou muitos problemas na articulação de votações importantes, como a derrota no destaque no projeto de recuperação fiscal, mas conseguiu se reorganizar para aprovar a Reforma Trabalhista.
"Nas últimas semanas muitos problemas na articulação das votações, principalmente na base do governo, certamente, a reorganização da base do governo foi muito forte, se não tivesse tido uma reorganização não teríamos tido essa vitória e o resultado teria sido bem diferente, teríamos ganho porque era maioria simples com no máximo 240 votos e tivemos 300 votos, temos a obrigação de dialogar, e chegar no mês de maio, na segunda quinzena, terceira semana, prontos para votar a reforma da previdência com número suficiente"
Já a oposição acredita que a votação mostrou que o governo tem dificuldade de ter uma maioria qualificada para aprovar proposta de emenda à Constituição onde são necessários 308 votos. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), criticou a aprovação de ontem da Reforma Trabalhista.
"O resultado da votação de ontem foi muito ruim para o povo brasileiro porque foi aprovada a maior retirada de direitos desde o advento da CLT, e foi ruim para o governo também porque o resultado de ontem prova que o governo não conseguirá aprovar a Reforma da Previdência em Plenário"
Houve votos de governistas contra a reforma. A Executiva do PSB, por exemplo, orientou o partido a rejeitar a proposta, mas nem todos seguiram a orientação, como é o caso do deputado Danilo Fortes, do Ceará.
"Não podemos ficar presos ao passado, a uma lei que tem 70 anos, precisamos modernizar o País, a gente precisa mudar as relações de trabalho, porque a legislação estava impedindo os empresários de contratar"
O texto altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para prever, entre outras medidas, a prevalência do acordo sobre a lei, regras para o trabalho intermitente e o fim da contribuição sindical obrigatória e da ajuda do sindicato na rescisão trabalhista. A matéria será enviada ao Senado.
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