15/03/2017 17:23 - Administração Pública
Radioagência
Rodrigo Maia diz que investigações sobre ele vão provar inocência
Após o vazamento parcial da lista encaminhada ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedindo a investigação de políticos com foro privilegiado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou nesta quarta-feira (15) que o inquérito vai dar condições para ele provar que é inocente.
Na terça-feira (14), Janot apresentou ao STF 83 pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos citados nas delações de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht e da petroquímica Braskem (empresa do grupo Odebrecht), entre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
"Acho que já tinha vazado parte onde eu estava citado. Então, para mim, o inquérito é muito importante, porque vai me dar as condições para que eu esclareça os fatos, provando que não há nada contra mim, contra minha conduta, e contra minha história e o inquérito vai ser arquivado. O inquérito é muito importante, porque dá esse direito que é uma questão preliminar para que a gente possa provar que não é verdade e que ele seja arquivado. E o mais importante: que as instituições estão funcionando, que o Ministério da Justiça e o Ministério Público continuem avançando nas investigações que são muito importantes e que o Congresso continua votando as reformas que o Brasil tanto precisa."
Rodrigo Maia afirmou que a divulgação da lista não vai atrapalhar as votações das reformas no Congresso e voltou a defender a proposta do governo de reforma da Previdência. Ele disse que tem se empenhado pessoalmente para esclarecer as dúvidas dos parlamentares sobre os pontos polêmicos do texto.
Em relação à escolha dos partidos para ocupar a presidência das comissões permanentes, Maia disse que está em busca de um consenso entre as legendas para que elas se acertem. Ele informou que se esta quinta-feira (16) não for decidido por acordo, a reunião de líderes da semana que vem vai seguir o critério com a ordem de preferência dos partidos com base nos blocos e tamanho das bancadas formadas no início da legislatura, em 2015.
"Senão vamos fazer a escolha na terça pela manhã, cada um escolhendo sua ordem de escolha que vem de 2015. Então, as comissões não estão funcionando não é por nenhuma crise. É apenas porque não se conseguiu construir um consenso em relação à colocação de cada partido em cada comissão. As comissões têm dois ou três partidos com interesse e temos que tentar recolocar alguns partidos para fazer uma reunião sem disputa. Se não der, vamos fazer a reunião terça de manhã, cada um escolhendo."
Rodrigo Maia foi questionado ainda pela imprensa sobre suposto projeto que anistia caixa dois eleitoral e afirmou que não foi procurado por ninguém esse ano para tratar do tema. Para Maia, por outro lado, não se pode proibir a discussão de nenhum tema na Casa, mas é preciso que haja "nome, sobrenome, endereço fixo e pedido dos líderes" para propor e pautar a matéria, ou seja, para que se vote a proposta é preciso que haja autoria.