15/03/2017 13:27 - Educação
15/03/2017 13:27 - Educação
A comissão especial que analisa o projeto de lei da Escola Sem Partido se reuniu nessa terça-feira (14) em audiência pública na Câmara dos Deputados para ouvir estudantes sobre as acusações de doutrinação nas escolas brasileiras.
A comissão analisa seis projetos que têm por objetivo garantir a neutralidade da educação, respeitando também os valores familiares.
O tema é polêmico: para os favoráveis, representa o fim da doutrinação partidária presente no sistema de ensino brasileiro. Já os que criticam a proposta afirmam que ela é uma forma de cercear o direito de expressão dos professores.
A presidente da UNE, União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, questionou se a neutralidade na educação é possível. Ela defende que a pluralidade é mais educativa que a neutralidade:
"Não existe possibilidade de pensar uma educação neutra. O que existe – e eu concordo - e é a defesa da União Nacional dos Estudantes, é que exista uma educação plural, para que uma teoria que se ensine com qualidade, ela seja esplanada num ambiente democrático, num ambiente de qualidade, com professores valorizados."
Já o estudante Douglas Garcia, afirmou que sofreu durante seus anos de escola em São Paulo por ter um pensamento divergente das doutrinas de esquerda pregadas nas escolas:
"Quando o professor descarrega discursos políticos sobre os alunos, aquele que pensa de forma divergente, logicamente, ele vai ficar com medo de se expor e quando ele se expõe ele tem a sua integridade física e a sua integridade moral colocada em risco. E foi isso que eu presenciei durante todo o meu ensino fundamental, foi isso que eu presenciei durante todo o meu ensino médio."
O relator da comissão, deputado Flavinho, do PSB de São Paulo, afirmou que a visão dos estudantes é muito importante na composição do relatório:
"A partir das minhas perguntas, exatamente da LDB, os debatedores trouxeram sua contribuição, foi um elemento novo que a gente conversou na audiência pública."
Também participou da audiência a jornalista e estudante Fernanda Salles, de Minas Gerais, que é de um movimento de direita, e disse que foi agredida enquanto gravava uma palestra de um dirigente do PCdoB na Universidade Federal de Minas Gerais.
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