24/02/2017 18:41 - Direito e Justiça
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O carnaval já tomou muitas cidades brasileiras. Mas a folia que contagia as avenidas e ruas não pode ser sinônimo de violência e assédio sexual. E é por isso mesmo que, ao vivo ou pelas redes sociais, muitas mulheres e também homens aderiram a diferentes campanhas pelo respeito às mulheres e pelo fim de atitudes como beijo forçado, passada de mão, agressões físicas e verbais durante o carnaval.
Para reforçar a atitude positiva, a revista Azmina lançou a marchinha que ouvimos há pouco. E está divulgando também a #umaminaajudaaoutra, para que, juntas, as mulheres enfrentem situações que exponham foliãs ao risco.
Na Câmara, deputadas e deputados também reforçam o apelo para que o carnaval seja motivo de alegria, mas não de abuso.
A líder do PCdoB, deputada Alice Portugal, é da Bahia, onde blocos carnavalescos costumam atrair multidões todos os anos. Ela explica a importância da campanha pela dignidade feminina e por uma folia sem assédio.
"Nós adotamos o slogan 'Respeita as mina' porque, diante da festa, não podemos permitir que ela seja um convite ao assédio, à agressão, que infelizmente as estatísticas comprovam que fazem parte do cotidiano de muitas brasileiras. Nós tivemos em 2015 a estatística com o cronômetro da violência e, segundo a qual, um estupro ocorre no Brasil a cada 11 minutos, um espancamento a cada dois minutos e um feminício a cada 90 minutos. É algo assustador.”
Além das campanhas divulgadas por coletivos de mulheres, algumas entidades públicas e de governo também lançaram peças voltadas à dignidade feminina. Em Salvador, a Câmara Municipal da cidade lançou, por exemplo, o slogan "Salvador - Carnaval da Alegria, da Música e do Respeito à Mulher".
É bom lembrar também que o Disque 180 recebe denúncias de violência contra a mulher, além de ser uma fonte de orientação às mulheres sobre seus direitos.
Então, brinque o carnaval e “respeita as mina”.
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