24/10/2016 13:30 - Meio Ambiente
24/10/2016 13:30 - Meio Ambiente
Após decisão do Supremo Tribunal Federal que tornou inconstitucional lei do estado do Ceará que regulamentava a vaquejada como política desportiva e cultural, a Câmara realiza audiência pública em defesa da atividade. Também será realizada um ato em frente ao Congresso Nacional para criticar a decisão do Supremo. Segundo a Força Sindical, que apoia a vaquejada, o ato marcado para esta terça-feira (25) pretende trazer centenas de caminhões de boiadeiro e cerca de mil cavalos.
O deputado Fernando Monteiro, do PP de Pernambuco, que solicitou a audiência pública, defendeu a atividade.
"Sou contra os maus tratos aos animais. A vaquejada é um esporte do Nordeste, uma tradição, é cultura. As pessoas não têm noção do que é a vaquejada para o Nordeste. Gera emprego. Então, a gente precisa regulamentar."
A matéria não tem consenso no Congresso. O deputado Ricardo Izar, do PP paulista, afirmou que pretende acionar órgãos de fiscalização do governo do Distrito Federal e a Polícia Rodoviária Federal para fiscalizar o transporte dos animais e eventuais maus tratos no comboio a Brasília.
"Primeiro, que eles estão transportando os animais que vêm vindo para manifestação já demonstra os maus tratos com que eles tratam os animais. Então, estamos vendo de cenas nas estradas dos comboios, mau armazenamento dos animais, isso já mostra que vai ser um ato irregular."
No início do mês, o Supremo Tribunal Federal declarou a atividade inconstitucional. No entendimento do relator da matéria no STF, ministro Marco Aurélio Mello, a prática é considerada crime ambiental pela crueldade do ato: fraturas nas patas e rabo, ruptura de ligamentos e vasos sanguíneos, eventual arrancamento do rabo e comprometimento da medula óssea.
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