19/08/2016 17:53 - Transportes
19/08/2016 17:53 - Transportes
Tramita na Câmara o Projeto de Lei (PL 1013/11), do deputado Áureo, do Solidariedade, do Rio de Janeiro, que autoriza a fabricação e a comercialização de veículos leves movidos a óleo diesel.
O relator, deputado Evandro Roman, do PSD do Paraná, destaca o aumento da produção de petróleo e gás natural. De 1976 pra cá, a produção nacional de petróleo saiu de 200 mil barris por dia para 2 milhões de barris por dia. No mesmo período, também houve aumento na capacidade de refino de petróleo e a produção de óleo diesel triplicou.
Mesmo assim, o deputado Bruno Covas, do PSDB de São Paulo, é contrário a proposta e foi um dos deputados a apresentar voto em separado para tentar evitar a aprovação do parecer do relator.
Covas argumenta que a liberação de carros a diesel é muito ruim para o meio ambiente por ser um poluente nocivo à natureza e para a saúde do homem. O Brasil é o quinto pais do mundo que mais contribui para o desenvolvimento ambiental do planeta, portanto, segundo o deputado, liberar carros movidos a diesel seria contrário aos interesses do país.
"O modelo de crescimento que queremos para o pais é o do crescimento sustentável, não podemos pensar apenas na quantidade de empregos que uma empresa trás, e sim o impacto ambiental de uma medida econômica. O impacto de liberar carro movido a diesel no pais é muito ruim."
Bruno Covas destaca que, em 2014, o Brasil importou mais de 12 bilhões de litros de diesel, o que corresponde a aproximadamente 9 bilhões de dólares. Ele considera a medida desnecessária para um país com enorme potencial para a ampliação da produção de etanol, e do outras energias limpas e renováveis, como o Brasil.
O autor da proposta, deputado Áureo, defende que, se aprovado, o projeto beneficiará os pequenos agricultores. Ele explica que, por ser mais barato, a autorização da fabricação de carros movidos a diesel representará uma economia para os agricultores, diminuindo o custo de produção e assim abaixando também o valor dos produtos.
Já Bruno Covas lembra que, atualmente, a Europa discute a restrição de carros movido a diesel. Então, para ele, a tendência é que o Brasil fique com o lixo tecnológico que vai ser proibido na Europa.
O projeto está aguardando votação na Comissão Especial.
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