16/08/2016 18:48 - Comunicação
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A divulgação dos mecanismos de como tornar a internet acessível a todas as pessoas e não, necessariamente, a criação de leis é fundamental para garantir o acesso de deficientes à internet. A declaração é do diretor da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação. Ele participou de audiência da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados sobre o tema: a inclusão e o acesso à internet.
Segundo Paulo Sérgio Sgobbi, hoje, muitas páginas da web não são acessíveis por desconhecimento de ferramentas de acessibilidade.
"O que falta é o conhecimento. Você coloca um foto no seu site, no seu portal, e na hora que você coloca a foto ela é traduzida pela máquina como um número. Então, se uma pessoa cega, com leitor de tela, passar o mouse na foto ela vai saber o número que está por trás dessa foto. Se a pessoa que está colocando essa foto nesse site sabe como fazer, ela coloca a descrição da foto. Se é uma pessoa morena, cabelos claros. Ela coloca a descrição da pessoa e, à medida em que o mouse passa, essa foto é descrita para o cego."
Para o presidente da comissão e autor do requerimento para a audiência, deputado Professor Victório Galli (PSC-MT), as políticas públicas devem ir ao encontro da Convenção Internacional sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo Brasil em 2009.
"Há muito a internet deixou de ser um privilégio de poucos acadêmicos para se tornar um grande ambiente de relacionamento pessoal e profissional, onde praticamente tudo pode ser realizado. Quem está fora da grande rede certamente também está fora do que acontece no mundo. Esta é a razão para que buscamos uma política pública de acesso à internet que seja inclusiva e que considere, de maneira adequada, as necessidades particulares das pessoas com deficiência."
A secretária nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Rosinha da Adefal, destacou que a acessibilidade é tão importante quanto qualquer direito fundamental previsto na Constituição. Para a secretária, a acessibilidade é muito mais ampla do que a instalação de rampas, e a falta de acesso à internet prejudica o exercício de outros direitos.
Hudson Vinícius Mesquita, representante da Secretaria da Tecnologia da Informação, destacou que, desde 2007, o governo federal adota o modelo internacional de acessibilidade à internet. Segundo afirma, a secretaria tem dado apoio, promovido cursos e elaborado guias de orientação para garantir a acessibilidade e divulgar os padrões existentes.
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