03/03/2016 19:31 - Trabalho
03/03/2016 19:31 - Trabalho
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão foi prorrogada por mais 30 dias. O colegiado havia pedido a prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias, mas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, concedeu apenas 30, uma vez que a CPI ainda teria até o dia 19 de março para trabalhar, prazo que já havia sido prorrogado no final do ano. O novo prazo deve ser dia 18 de abril.
O despacho do presidente ainda pode ser alterado pelo Plenário, mas os deputados de oposição dizem que vão trabalhar com esse prazo, e tentar apressar as investigações.
Eles querem mais tempo para provar que houve influência política nos investimentos que causaram prejuízos aos fundos de pensão. Contrários à CPI, deputados do PT tentaram impedir a prorrogação porque acreditam que a comissão vai se desviar do foco da investigação e se torne "palanque político".
O deputado Paulo Azi (DEM-BA), oposicionista que integra a comissão, explica que nessa fase será importante confrontar os representantes dos fundos com os dados que a CPI recolheu durante seus trabalhos.
"Hoje aprovamos vários requerimentos, entre os quais a vinda dos quatro presidentes dos fundos de pensão, que já estiveram na CPI no início dos nossos trabalhos, e agora eles serão confrontados com os fatos que foram apurados nesses quatro meses em que a CPI funciona. Eles deram declarações aqui, no início dos trabalhos, mas muitas delas estão sendo contestadas, e será fundamental ouvi-los para o esclarecimento dessas questões"
A CPI investiga as operações de quatro fundos: Funcef (Caixa), Postalis (Correios), Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil). Em 2015, esses fundos de pensão tiveram um prejuízo estimado em R$ 30 bilhões. Os empregados das estatais poderão arcar com parte disso.
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